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Contra o racismo, Mercedes adota pintura preta para o W11

A Mercedes anunciou nesta segunda-feira (29) que para apoiar a campanha contra o racismo, vai mudar as cores do seu carro durante toda a temporada, o prata tradicional vai dar vez ao preto.

Além desta mudança nas cores do carro, Lewis Hamilton e Valtteri Bottas vão utilizar macacões pretos durante a temporada de 2020. Os dois pilotos também vão adaptar o layout do design dos capacetes.

Acompanhando a campanha #WeRaceAsOn da Fórmula 1, a equipe alemã vai dar destaque ao ‘End Racism’ [Fim do Racismo], no halo dos seus carros, enquanto a da categoria será vista nos retrovisores do W11. A equipe está abraçando a causa por tomar ciência da sua importância.

“Queremos construir um legado que vá além do esporte”, disse o hexacampeão Lewis Hamilton. “E se pudermos ser os líderes e começar a conseguir mais diversidade em nossa própria equipe, isso enviará uma mensagem tão forte e dará a outros a confiança necessária para iniciar uma diálogo sobre como eles podem  mudar.”

 

O anúncio ocorreu após os protestos que estão ocorrendo em todo o mundo, apoiando o movimento Black Lives Matter [vidas negras importam]. A equipe Richard Petty Motorsports na Nascar, mudou a cor do carro de Bubba Wallace para a prova em Martinsville a fim de apoiar a mesma causa.

Lewis Hamilton mostra cada vez mais apoio a causas, criou uma comissão para apoiar a diversidade no automobilismo, foi nomeado embaixador dos Objetivos Gerais da ONU e é uma grande inspiração para as lutas.

O chefe de equipe, Toto Wolff, disse: “O racismo e a discriminação não têm lugar em nossa sociedade, esporte ou equipe, mas acreditar e ter está mentalidade não é suficiente se permanecermos em silêncio.”

“Desejamos usar nossa voz e a plataforma global [das corridas] para defender o respeito e a igualdade. A flechas de prata vão utilizar a cor preta durante toda a temporada 2020 para mostrar nosso compromisso com uma maior diversidade dentro de nossa equipe e esporte”.

A importância de lutar pela causa, veio com um olhar para dentro, a equipe que tem diversos funcionários notou que apenas 3% dos seus funcionários, pertencem a grupos étnicos minoritários e apenas 12% são mulheres.

Olhar para essa falta de diversidade dentro da sua equipe, mostrou que eles precisam de uma nova abordagem, para que possa trazer mais talentos, desta forma a equipe se compromete a criar um programa de inclusão e diversidade antes do final desta temporada.

“Não vamos fugir de nossas falhas nesta área, nem do progresso que ainda devemos fazer, é nossa promessa pública de tomar ações positivas”, continuou Wolff. “Pretendemos encontrar e atrair os melhores talentos da mais ampla variedade de origens e criar caminhos possíveis e criativos para que eles cheguem ao nosso esporte, a fim de formar uma equipe mais forte e diversificada no futuro.”

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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