Chegamos as férias da Fórmula 1, após a décima segunda rodada ser realizada e mesmo com o circuito travado da Hungria, a prova foi emocionante e disputada. Lewis Hamilton venceu pela sétima vez no circuito em uma estratégia com duas paradas. Está corrida já foi comentada na íntegra no BPCast, mas agora trago alguns detalhes sobre a prova:
lll Red Bull
Após Max Verstappen conquistar a primeira pole da carreira no sábado, a vitória no domingo para a Red Bull não era certa, mas ainda assim muito provável. Uma boa colocação para o início da prova era indiscutível. Max se manteve na liderança, após bloquear Hamilton, quando lançou o carro da Red Bull para a direita, desta forma o holandês deixou o inglês e o companheiro de equipe disputarem a segunda posição.
Os chassis da Red Bull foram os responsáveis pelo bom desempenho nesta prova, mas mesmo assim Chistian Horner e Max Verstappen não foram rápidos o suficiente para evitar os ataques da Mercedes. Obviamente a Honda não atingiu o topo com o motor, mas está no caminho certo.
O segundo lugar para a equipe, pode ser considerado uma vitória, dado o crescimento do time desde o início da temporada, onde eles pareciam de fato, mais distantes da Ferrari e da própria Mercedes. No entanto hoje o holandês já luta pelo vice-campeonato, com Bottas. O amadurecimento de Verstappen é nítido e agora sim ele mostra capacidade para obter um feito maior na sua carreira, como um primeiro título.
É difícil falar do time, pois ainda assim não podemos trata ele como um todo, Verstappen é o responsável pelo melhor desempenho pois Pierre Gasly segue distante do companheiro de equipe, principalmente quando as duas vitórias são do holandês e ele esteve perto de um pódio (questões numéricas) no Grande Prêmio da Inglaterra. Só sabemos que o francês tem apenas nove provas pela frente, para mostrar um bom trabalho.
lll Mercedes
Lewis Hamilton travou uma batalha emocionante com Max Verstappen até conquistar a vitória na Hungria, seguindo mais uma vez para as férias seguro de que um bom trabalho foi realizado. É uma característica da Mercedes identificar o que deu errado (como o GP da Alemanha) e trabalhar duro para que no próximo final, as coisas de fato ocorram como o planejado.
Desde o primeiro treino livre, o time alemão se posicionou a frente, além de buscar voltas rápidas e mostrar o ritmo forte. Durante o domingo a Mercedes trabalhou na base da estratégia e acreditando plenamente no piloto que estava na segunda posição. Realizaram mais um pit-stop, deixando a Red Bull sem chances de responder e sabendo que de pneus novos, Hamilton poderia tirar a vantagem que havia se criando entre Max e ele (cerca de 19s); passaram a atuar no modo ‘’Hammertime’’.
Após cruzar a linha de chegada, Hamilton conquistou a oitava vitória do ano, em doze provas disputadas.
Valtteri Bottas ainda comete alguns deslizes, voltando para o GP da Alemanha, o finlandês perdeu a chance de tirar alguns pontos do companheiro, quando bateu. Na Hungria, em disputa com Hamilton e depois com Leclerc, acabou quebrando a asa dianteira, caindo para a última posição, após se dirigir aos boxes para trocá-la, novamente pontos preciosos foram perdidos.
A disputa do finlandês passou a ser com Verstappen, que por muito pouco não seguiu para as férias como vice-líder do campeonato.
lll McLaren
Neste final de semana ficou claro o papel de quarta força da McLaren no campeonato, mas ainda é um passo grande até as três maiores equipes atualmente. Carlos Sainz se mostra constante e desde o Canadá quando foi apenas o décimo primeiro, o piloto espanhol se recuperou, pontuando em todas as últimas provas; e também é necessário mostrar que apesar das variáveis do GP da Alemanha, este foi o segundo quinto lugar consecutivo.
Sainz de mostra um leão de largada, enquanto Lando Norris trabalha muito bem durante as provas de classificação. A McLaren segue mostrando a sua evolução constante, abrindo vantagem para a Renault, quinta colocada do campeonato e atual fornecedora de motores do time de Woking.
lll Ferrari
Mais de um minuto atrás… Foi assim que a dupla da Ferrari cruzou a linha de chegada. A distância parece bizarra até porque Carlos Sainz dono da quinta posição, tomou uma volta do líder e a equipe italiana por pouco não escapou do mesmo.
Os treinos livres não mostraram o quanto a Ferrari estava distante e ainda que na classificação a Red Bull marcou presença a sua frente com a pole de Max, mais uma vez eles não se mostravam tão distantes, mas bastou poucas voltas para que Charles Leclerc e Sebastian Vettel, se distanciassem dos líderes e passassem a realizar uma prova apenas deles. A McLaren ainda os ameaçou na largada e foi algo inesperado.
A Ferrari parte para as férias, com várias questões e atestando que o carro não tem um chassi compatível com pistas de baixa. Vocês devem se lembrar que no começo da pré-temporada foi muito falado sobre o quanto os projetos deles se distanciava da Mercedes, mas poderia ser uma boa aposta. Mas agora com doze corridas percorridas, somado a todos erros, o que falta é estrutura, organização e um projeto bem nascido. O time italiano está atrás concertando erros, enquanto a própria Red Bull vem trabalhando em cima de um projeto em ascendência.
Na disputa interna que restou neste final de semana, Vettel levou a melhor em cima de Leclerc. O alemão mestre em conservar os pneus, pode permanecer mais tempo na pista, utilizando os pneus macios, contra os duros do monegasco. A caçada começou um pouco antes dos trabalhos de Hamilton para cima de Max, mas foi igualmente eficiente, sendo assim Vettel foi ao pódio ao ultrapassar o companheiro.
Eles certamente tem muito para ver e rever nesta breve pausa.
lll Williams
O primeiro ponto da equipe, foi conquistado após identificarem uma irregularidade nos carros da Alfa Romeo. Robert Kubica é o dono deste ponto, mas George Russell não desistiu de ir em busca de algo melhor pela equipe.
O piloto britânico teve um ótimo desempenho durante a classificação, superando dois carros da Racing Point, assim como a Renault com Daniel Ricciardo e o companheiro de equipe. Russell esteve perto de levar a equipe para o Q2, mas como alguns pilotos fecharam as suas voltas depois dele, a Williams foi empurrada para a décima quinta posição.
Na corrida o desempenho permaneceu bom dentro do possível e ele conseguiu chegar em décimo sexto, superando Stroll e Giovinazzi, terminou duas voltas atrás, enquanto Kubica fechou com três voltas atrás.
Fica a expectativa pela melhora do carro, após a volta da Fórmula 1, principalmente do crescimento da equipe, deixando de ocupar os últimos lugares no grid sempre.
lll Renault
Nico Hulkenberg largou na décima primeira posição, enquanto Daniel Ricciardo foi apenas o décimo oitavo colocado. As escolhas dos dois pilotos pelos pneus eram livres, o alemão largou com os macios e o australiano com os duros, pois a caminhada dele seria ‘’teoricamente’’ maior.
O motor foi o responsável pelo desempenho ruim no carro de Hulkenberg, o mapeamento na unidade de potência, colocou o mesmo em modo de segurança. Por isso encaixotado atrás do décimo, com os pilotos que vinham atrás pressionando-o, o alemão não teve chances de crescer e ainda terminou uma posição atrás da sua original. A Renault até cogitou abandonar a prova, mas permaneceu em pista.
Ricciardo conseguiu ganhar algumas posições, terminando em décimo quarto, mas muito longe do que se espera de uma equipe que é a sexta colocada no campeonato de construtores.
lll Haas
A equipe americana ficou mais uma vez fora dos pontos e o responsável é o pacote aerodinâmico, aliado a imprevisibilidade dos pneus. Mesmo que na Hungria a classificação, não tenha sido um completo desastre, pois Romain Grosjean chegou ao Q3, no domingo durante a prova, o desempenho foi caindo gradativamente.
A equipe é a atual nona força do campeonato, mais ainda disputa espaço principalmente com a Renault (sexta força), podendo pensar um pouco mais a frente na Toro Rosso, atual quinta colocada.
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