O novo chefe de equipe da Sauber, Jonathan Wheatley, afirmou que pretende liderar o time “à sua maneira”, iniciando uma nova etapa em sua carreira após quase duas décadas na Red Bull. Wheatley assumiu oficialmente o cargo no dia 1º de abril e fez sua estreia como chefe de equipe no Grande Prêmio do Japão.
Com experiência acumulada ao longo de 34 anos na Fórmula 1 — iniciando como mecânico na Benetton em 1991 — o britânico agora encabeça a gestão da Sauber Motorsport AG ao lado de Mattia Binotto, que atua como diretor técnico e de operações. A estrutura está sendo preparada para se transformar na equipe oficial da Audi a partir de 2026, o que demanda mudanças profundas na organização e cultura da equipe.
“Quero ser meu próprio chefe de equipe. Quero liderar a equipe, junto com o Mattia, à minha maneira. Sempre tive bastante certeza dos meus próprios pensamentos e das minhas próprias visões. Tenho um plano para como podemos iniciar essa jornada de transformação e dar continuidade a esse impulso. E continuarei me referindo a ele, mas o foco está nas pessoas – nas pessoas da equipe. Esse é o meu foco”, afirmou Wheatley.
Após 19 anos trabalhando com a Red Bull, ele tem um novo desafio pela frente, por conta dessa transição da Sauber para a Audi. Quando perguntado sobre o que aprendeu com Horner, nesses últimos anos, ele disse: “Acho que aprendi com todos com quem trabalhei neste esporte nos últimos 34 anos.”
“Eu não me concentraria em um indivíduo específico, porque há um exercício de aprendizado neste trabalho todos os dias. Tenho estado aberto a aprender, aberto a ouvir, a observar como as pessoas reagem. Pessoas que você respeita, pessoas com quem trabalha há muito tempo – trabalhei na última equipe por 19 anos.”
A mudança de time também provocou uma alteração na vida, já que Wheatley e sua família foram para a Suíça. Ele disse estar “se sentindo muito em casa na Sauber”.
Wheatley chega à Sauber em um momento de transição, mas afirmou se sentir motivado e revigorado com o novo desafio. “Há uma energia na empresa com esse projeto da Audi. Para ser sincero, sinto que estou no lugar certo”, disse.
O primeiro grande resultado da equipe em 2025 veio na Austrália, com Nico Hülkenberg cruzando a linha de chegada em sétimo e garantindo os únicos pontos do time até agora. No entanto, o foco de Wheatley está mais voltado ao médio e longo prazo, com a reestruturação visando 2026.
Um dos grandes desafios será integrar três polos estratégicos: a sede da equipe na Suíça, o centro de motores da Audi na Alemanha e a nova base técnica que será inaugurada no Reino Unido ainda este ano. Para o novo chefe de equipe, essa integração cultural exige um processo constante de adaptação.
“Como equipe, precisamos nos acostumar com o desconforto, porque a mudança está chegando”, afirmou Wheatley. “Precisamos estar à frente disso e com um roteiro claro de onde queremos chegar — e acredito que estamos trilhando esse caminho.”
Mesmo diante de uma tarefa complexa, Wheatley acredita que o espírito colaborativo da equipe será um trunfo. “O que descobri é que, no momento, não vejo nenhum problema em termos de linguagem — a linguagem da equipe, a maneira como as pessoas estão se relacionando”, explicou Wheatley.
“Há uma abertura para aprender. Vou tentar aprender alemão – mas não quero que ninguém me teste nisso a curto prazo, por favor! Faz parte do desafio da função e, como você sabe, estamos buscando expandir um pouco nossos horizontes.”
A Sauber com a chegada da Audi está migrando para se tornar uma equipe completa de Fórmula 1, um time de fábrica. Existem várias mudanças que precisam acontecer até a transição finalizar, mas o mais importante deste projeto é unir as pessoas.
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