Chegamos a reta final de um campeonato dominado pela dupla da Mercedes, Lewis Hamilton conseguindo conquistar o hexacampeonato – palavra tão poderosa que casa bem com o time – também com a marca de seis títulos de construtores.
O britânico chegou nos Estados Unidos, precisando apenas de uma oitava colocação, mas mesmo assim fez uma corrida onde lutou pela vitória e não se importou de dividir espaço na pista e acabar fora da etapa. Hamilton fez a lição de casa, terminando na segunda posição executando a estratégia de uma parada.
Valtteri Bottas foi igualmente brilhante, pois quando ele se sente a vontade com o carro e o final de semana, o finlandês passa a ser irredutível. Na estratégia de duas paradas, foi necessário buscar o companheiro de equipe quando instalou o segundo jogo de pneus, não foi tão difícil a aproximação, bem como a ultrapassagem e pouco depois ele retomou a liderança.
Max Verstappen teve um pouco mais de dificuldade e com a segunda rodada de pit-stops, precisou mirar na posição de Hamilton e nas voltas finais, foi exatamente está disputa que colocou lenha na fogueira e até a última curva; o inglês teve um holandês colado, esperando algum deslize, no entanto a bandeira amarela provocada por Kevin Magnussen reduziu um pouco as chances de concluir a ultrapassagem.
Para a Ferrari o final de semana não foi nada bom, o carro proporcionou uma boa volta de classificação, deixando o alemão separado por apenas 0s012 do pole. Mas na corrida o carro não tinha ritmo algum e foi logo na largada que Vettel passou a perder posições. Na volta 8, a suspensão do SF90 quebrou, deixando o piloto fora da disputa.
Charles Leclerc, também não teve o melhor desempenho e cruzou a linha de chegada separado por 52 segundos do líder. A equipe italiana contribuiu para este fato, quando enfrentou dificuldades na parada do monegasco, somado ao problema de instabilidade do carro, a prova não foi nada satisfatória.
A Haas seguiu o seu dilema em casa, não pontuando com nenhum dos carros e vendo Magnussen abandonar nos últimos minutos, por problema no freio. Romain Grosjean também não teve chances e com isso a equipe segue em uma das piores performances já vistas, quase próximo ao asfalto cheio de bumps e problemas encontrado no final de semana.
Por outro lado a McLaren pontuou com os dois carros, em uma boa performance de Lando Norris e Carlos Sainz, ainda que o espanhol tenha sido prejudicado por Alexander Albon durante a largada. Com isso a equipe reforçou o seu quarto lugar no campeonato de construtores, mantendo uma boa distância da Renault.
Albon vem mostrando uma boa maturidade e performance, pois desde a troca para a Red Bull, não tem resultados abaixo da sexta colocação. Mesmo com o sanduíche da largada e perda de posições por conta da parada realizada, o tailandês foi escalando o grid. A equipe forneceu três paradas nos boxes e de pneus novos aproveitou para explorar ainda mais as ultrapassagens e terminar a prova na quinta colocação.
Na Toro Rosso foi mais um golpe baixo, os dois carros terminaram fora da zona de pontuação por conta de disputas com Sergio Pérez da Racing Point. Pierre Gasly se encontrou com o mexicano na curva sete e com isso a suspensão do carro do francês ficou danificada, forcando o abandono do piloto. Já no embate com Daniil Kvyat, o russo acabou punido, penalizado após cruzar a linha de chegada na décima posição e com isso ambos perderam posições no campeonato de pilotos.
Para o Brasil a disputa vai ser mais livre para os líderes, apesar da busca por vencer mais uma vez antes do término da temporada, não existe mais a “cobrança” pelo título portanto é possível uma boa disputa. Mas ainda existem disputas no mundial de construtores, como a luta pela terceira posição do campeonato e outras. A Ferrari precisa se recuperar dos problemas enfrentados nos EUA, para em menos de duas semanas lutar mais uma vez.