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António Félix da Costa brilha novamente em atuação exemplar e conquista a segunda vitória em Berlim

A ensolarada tarde de sol em Berlim coroou Antonio Felix da Costa, o português venceu mais uma vez e chegou a impressionantes 125 pontos. A maré de sorte do piloto da Techeetah conta com o fraco de seus adversários, Mitch Evans terminou a prova em 12º e Max Guenther abandonou a corrida nos minutos finais. Sebastien Buemi foi o segundo, após ameaçar a liderança de da Costa em alguns momentos. Lucas di Grassi chegou em terceiro após largar em sexto e agora é o segundo colocado no campeonato de pilotos. 

Robin Frijns tentou tirar a terceira posição de Lucas, mas acabou em 4º e Stoffel Vandoorne chegou em quinto, além de fazer a volta mais rápida da corrida, o belga agora é o terceiro na tabela geral dos pilotos. Sam Bird ganhou algumas posições e apareceu mesmo na prova nas últimas voltas, ficou com o 6º lugar. Oliver Rowland fez corrida discreta, mas conseguiu manter o 7º lugar de onde largou. Edoardo Mortara, Andre Lotterer e Jean-Eric Vergne travaram disputas intensas durante toda a corrida, eles completaram o top 10.

SAIBA COMO FOI A CORRIDA

Rene Rast e Alexander Sims largaram dos boxes. Sims perdeu 20 posições no grid após trocar a bateria depois do quali, como ele se classificou em 15º, teve que iniciar a corrida dos boxes mesmo e ainda teve um drive through como complemento da punição. Rast já seria o último do grid, mas também precisou mexer no carro.

Na largada Félix da Costa manteve a posição e Buemi foi pressionado por Lynn, mas foi de Vries quem forçou a ultrapassagem por fora e ganhou o 3º lugar da Mahindra. Frijns se manteve em 5º, mas sendo atacado por di Grassi ainda nas primeiras curvas. Massa subiu para 18º e Sette Câmara permaneceu em 21º.

Ao ultrapassar Lynn, Frijns fez a volta mais rápida da corrida, 1:09.739. Da Costa e Buemi se distanciaram de Nyck de Vries, com vantagem de 3.3 segundos, o líder ainda manteve um segundo de distância para o carro de trás. Na parte final do grid, Sette Câmara perdeu posições para Calado e Abt ao ativar o Modo Ataque, o brasileiro foi o primeiro do grid a usar a energia extra.

Buscando o pódio, Frijns ultrapassou De Vries e Lynn caiu para 7º ao perder mais uma posição, dessa vez para Rowland.

Max Guenther trocou o bico do carro, o alemão caiu para último e deve ter danificado em disputa por posição com o companheiro de equipe. James Calado foi punido com um drive through por uso excessivo de energia no regen.

Buemi foi o primeiro entre os líderes a ativar o Modo Ataque, mas em um momento muito ruim, já que uma bandeira amarela total foi acionada para a retirada de pedaços de carro na pista. A bandeira verde foi rapidamente acionada de novo e na volta Lucas di Grassi ultrapassou de Nyck de Vries após bobeada no holandês.

A Full Course Yellow foi ativada novamente poucas voltas depois pelo mesmo motivo, e assim como da primeira vez, foi durou apenas alguns segundos. Justamente por isso, não houve redução de energia dos carros. Vergne e D’Ambrosio aproveitaram a retomada para ativar o Modo Ataque sem perder posições.

Fazendo uso do Modo Ataque, Vandoorne fez a volta mais rápida da corrida: 1:08.141, mas foi superado por Evans logo em seguida: 1:08.912.

Di Grassi ultrapassou Frijns quando o holandês pegou o Modo Ataque e chegou ao 3º lugar. Vandoorne já era o 8º enquanto Lynn continuava a perder posições, o estreante da Mahindra chegou a ser 11º. 

Felipe Massa entrou em investigação por velocidade excessiva durante a bandeira amarela total. Quem também tomou sua dose de azar do dia foi Nyck de Vries, seu Mercedes ficou lento na pista e ele acabou abandonando a prova, causando nova Full Course Yellow. O próprio de Vries empurrou o carro para uma zona segura, mas também entrou em investigação por sair do carro sem a autorização do diretor de prova. 

Durante a nova bandeira amarela total, os dez primeiros eram da Costa, Buemi, di Grassi, Frijns, Rowland, Bird, Vandoorne, Mortara, Vergne, Lynn. Massa ocupava a 15ª posição e Sette Câmara era o 20º. Dessa vez houve redução de 2 kW nas baterias.

Na relargada, Vandoorne fez a volta mais rápida, 1:08.843. Da Costa ativou o Modo Ataque na volta seguinte ao fim da Full Course Yellow  e quase perdeu a posição para Buemi, mas se manteve à frente. A passagem do piloto da Techeetah foi controversa e semelhante a de ontem, Antonio não entrou corretamente na zona de ativação, mas ainda assim conseguiu acionar a energia extra. Antes da corrida começar, a transmissão oficial da Fórmula E informou que o sensor está localizado no meio do espaço em que os pilotos precisam passar, por isso Félix da Costa não teve problemas. 

Com 35 kW a mais de potência, da Costa fez a volta mais rápida, 1:08.778

Vandoorne foi de 7º a 5º após passar por Bird e Rowland em excelente manobra – os três ficaram lado a lado na reta e o belga levou a melhor. Além de fazer a ultrapassagem mais bonita da corrida, Stoffel ainda fez nova volta rápida, 1:08.635. Vandoorne também manteve o 100% de aproveitamento no Fanboost, ele o mais votado junto com da Costa, Abt, de Vries e Evans.

Ainda na liderança, da Costa chegou a abrir 4.2 para Buemi e aproveitou a diferença para ativar o Modo Ataque e manter a posição. Frijns, no fim do uso do Modo Ataque, pressionou di Grassi do jeito que pode, mas o brasileiro conseguiu se defender e permaneceu com o 3º lugar. Poucos lugares atrás, Mortara, Vergne e Rowland travavam boas disputas de posição. 

Assim como Massa que chegou ao 13º lugar após ultrapassar D’Ambrosio, o brasileiro estava com Modo Ataque ativado. Sette Câmara ainda era o 20º.

Após resistir às pressões de Frijns, di Grassi acabou perdendo a terceira posição para Frijns após passar pela zona de ativação do Modo Ataque. Com mais energia, o brasileiro partiu para a retomada, ele era o único com a potência extra e não tinha tempo a perder. Di Grassi conseguiu seu terceiro lugar de volta após ultrapassar Frijns por fora no fim da reta. 

Brigas intensas no meio do pelotão, Felipe Massa chegou à 12ª posição enquanto Evans era apenas o 13º, segundo lugar no campeonato de pilotos, o piloto da Jaguar continua sem marcar pontos. A disputa pela 8ª posição também era forte entre Vergne, Mortara e Lotterer.

Faltando 5 minutos para o fim da prova, Guenther abandonou a corrida.

Quando Mortara ultrapassou Vergne na última volta, o francês também perdeu a posição para Lotterer. Na parte da frente do grid, di Grassi continuava sua defesa aos ataques incessantes de Frijns, para completar, Vandoorne também chegou na disputa. Tardiamente, pois Lucas resistiu e ficou com o pódio. 

Antonio Félix da Costa venceu pela segunda em Berlim, a terceira na temporada e Sebastien Buemi conquistou mais um pódio. Felipe Massa ficou sem bateria e terminou em último. Sérgio Sette Câmara cruzou a linha de chegada no 18º lugar.

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