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Zak Brown fala sobre a implementação de votos secretos e parcerias que influenciam na tomada de decisões

O CEO da McLaren, Zak Brown levantou uma preocupação importante em uma coluna no site da McLaren, ele alertou sobre as parcerias políticas entre os times e como isso acaba afetando as votações, desta forma ele sugeriu que durante as reuniões feitas pela Comissão da Fórmula 1, o ideal seria a introdução de ‘votos secretos’.

“Não desejo ver o número de equipes na F1 reduzir, mas as parcerias entre equipe continuam sendo um problema porque não promovem igualdade de condições. É aqui que outras mudanças precisam ser feitas na governança da Fórmula 1”, disse Brown.

“Sempre houve conflitos de interesse na Fórmula 1 e é improvável que mude tão cedo, por isso é ainda mais importante que a F1 e a FIA, que não têm outro objetivo além do sucesso do esporte como um todo, decidam pelos melhores interesses na F1 e que eles não sejam bloqueados ou retardados”.

Grid F1 – Foto: McLaren

O alerta de Brown faz sentido, as equipes que são clientes no grid, muitas vezes apoiam as equipes maiores por estarem ligadas nesta parceria (recebimento de motores e peças), podendo sofrer sanções das equipes maiores. Em alguns casos eles acabam mudando os seus votos, só para apoiar as grandes pois se sentem pressionadas. Na Fórmula 1 existe muita política, mesmo quando algumas pessoas se recusam a ver ou falar sobre elas.

“Já houve casos em que uma equipe cliente, para satisfazer seu parceiro, votou a favor de uma clara desvantagem para si mesma. Isso não é esporte. Isso não é colocar os fãs em primeiro lugar. É uma situação que deve ser resolvida e por isso pedimos que a votação secreta seja implementada em todas as reuniões da Comissão F1 com efeito imediato.”

A coluna de Brown foi publicada no dia 29 de abril, em uma semana em que surgem vários questionamentos, principalmente sobre a Sprint Qualifying que não deve trazer muitos benefícios para as equipes menores – e onde elas correm até mais riscos como quebras – mas após votação unânime dos dez times foi aprovada para ser testada em três eventos de 2021.

“Em outros esportes, o órgão regulador tem o poder de governança porque sempre se concentra no que é melhor para o esporte em geral, o que deve ser a consideração-chave na Fórmula 1.”

“Com uma mudança nos procedimentos de votação, isso poderia levar a uma tomada mais ágil de decisões que acabaria por beneficiar os interesses dos fãs e, ao fazê-lo, o esporte em geral, incluindo os participantes.”

Em seu texto Brown ressalta: “Um dos princípios fundamentais da Fórmula 1, ao contrário de outras categorias monomarcas, é uma competição aberta entre construtores.”

Ao longo dos anos vemos algumas equipes abrindo protestos contra outras, cobrando explicações onde outras equipes acabam entrando na brigada. Neste cenário muitas vezes fica claro de quem os times recebem apoio, ou causa um movimento inverso onde acabam se retirando daquele questionamento, é só notar onde estão os maiores e o que aquela disputa representa para eles.

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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