Max Verstappen surpreendeu no sábado ao faturar a pole, conseguindo superar a dupla da McLaren após um fim de semana dominante. O neerlandês apresentou um bom ritmo ao longo da prova no domingo e conseguiu obter uma vitória, a 64ª da carreira.
Ao longo desse novo regulamento da Fórmula 1, o piloto da Red Bull dominou todas as corridas disputadas nesta pista.
A McLaren deixou a etapa faturando mais um pódio duplo com Lando Norris em segundo e Oscar Piastri em terceiro, somando pontos importantes para o time.
Sobre a prova
A chuva, que era esperada para o domingo, caiu antes da prova ser disputada. O asfalto teve tempo suficiente para secar e não permitir se quer que os pilotos iniciassem a prova com os pneus de pista molhada. Ao longo da corrida, até surgiu uma ameaça de chuva, mas ela não se concretizou, portanto, as estratégias foram seguidas à risca.
Para a prova no Japão, a Pirelli forneceu a gama dura de pneus, sendo a melhor combinação para lidar com as exigências da pista sinuosa. No entanto, ao longo do fim de semana as equipes se prepararam para realizar uma corrida com apenas uma troca de pneus.

Ao longo dos treinos livres eles consumiram os pneus médios e duros, deixando basicamente cada um dos pilotos limitado a um jogo de médios e outro de duros. Eram poucos os competidores que contavam com dois pneus de faixa amarela, sendo eles: Charles Leclerc, Lewis Hamilton, Max Verstappen, Yuki Tsunoda, George Russell e Jack Doohan. Lando Norris era o único que foi para a corrida com dois jogos de pneus duros disponíveis.
A forma como as equipes lidaram com o fim de semana, assim como foi o desenvolvimento da prova, tornou os duelos estratégicos limitados.

Quando a prova foi iniciada, grande parte do grid optou pelos pneus médios. A tática da Ferrari de adotar os pneus duros para Lewis Hamilton chamou a atenção, já que facilmente o britânico ficaria um tanto vulnerável por conta da escolha de pneus. No entanto, basicamente da forma que os pilotos largaram, permaneceram. Algum duelo foi avistado fora do top-10.
No final do grid, Esteban Ocon e Gabriel Bortoleto escolheram os pneus duros; o brasileiro, que iniciou a corrida ocupando a décima sétima posição, mas foi rapidamente superado por Jack Doohan e Lance Stroll, que começaram a prova com os pneus macios e contavam com mais aderência.
Os pneus da gama dura mostraram uma boa duração, sem granular, desta forma, as equipes se limitaram a fazer apenas uma troca de pneus. A duração foi tão boa, que permitiu que Andrea Kimi Antonelli liderasse as suas primeiras voltas em uma corrida na Fórmula 1, o italiano só foi realizar a sua parada obrigatória no giro 31.
Carlos Sainz e Liam Lawson também permaneceram por bastante tempo com os pneus médios, avançando até o giro 33, para instalar os pneus macios e tentar algumas ultrapassagens. Para o espanhol, o final da prova foi interessante, mas em termos de resultado, a tática não foi tão efetiva, já que ele tinha largado da décima quinta posição e terminou apenas em décimo quarto, superando Jack Doohan ao final da prova.
Algo semelhante aconteceu com Andrea Kimi Antonelli, a Mercedes que tinha prolongado a sua estádia na pista com os pneus médios, optou pelos compostos duros para o final da corrida. No entanto, no momento da parada do italiano, ele retornou atrás de George Russell e assim permaneceu até o final da prova.
Lewis Hamilton fez o caminho inverso, largando com aqueles pneus duros, superou apenas Isack Hadjar com a escolha da Ferrari, ficando com a sétima posição – ao invés do oitavo lugar que tinha no momento da largada.

A McLaren tentou surpreender a Red Bull com a troca de pneus, fingiu um blefe no rádio, totalmente descarado, mas sinalizando que Norris poderia apertar um pouco mais o passo, para se aproximar de Verstappen. No fim, Oscar Piastri foi chamado para a troca de pneus antes que o companheiro de equipe, saltando aos boxes no giro 20, mas na sequência Verstappen e Norris foram aos boxes – mantendo novamente a ordem da largada, sema acontecer o undercut.
Norris tentou derrotar o adversário nos boxes, com uma manobra de ultrapassagem no pit-lane. Mesmo cm os dois pilotos liberados praticamente juntos, a tática não deu certo, mesmo com Norris tentando acelerar para saltar na frente. Verstappen e Norris ralharam no rádio tentando buscar alguma punição para o adversário, mas a manobra nem foi levada em consideração pelos comissários.
Se a prova do Japão no ano passado foi bem movimentada, com as duas paradas e as equipes usando combinações de pneus diferentes para finalizar a prova, desta vez eles ficaram na cartilha de segurança da Pirelli e pouco impressionaram.
No entanto, todos os pneus participaram da prova de alguma forma.
Lance Stroll para concluir a corrida, precisou de duas paradas, dessa forma encerrou o evento na última posição.
Ao longo da corrida, a McLaren tentou fazer alguma aproximação em Verstappen, mas um confronto mesmo não aconteceu. Mais próximo do final da corrida, Oscar Piastri tentou sinalizar para a equipe que poderia andar mais que o companheiro de equipe, mas evitando maiores problemas, as posições foram mantidas.
Diferente do caótico fim de semana, com várias bandeiras vermelhas, provocadas por focos de incêndio, o domingo não teve nem paralisação, nem neutralização da prova com a presença do Safety Car.
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