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Fórmula E: Günther vence e-Prix de Jeddah com ultrapassagem impressionante em Rowland

Günther saltou para a primeira posição nos últimos metros, para fazer valer a pole conquistada nesta sexta-feira

O e-Prix da Arábia Saudita mudou de destino para ser disputado em Jeddah. A primeira corrida da Fórmula E neste traçado foi bem alucinante, com várias trocas de posição. Max Günther soube gerenciar toda a sua corrida, depois de conseguir a pole fez o possível para reverter o resultado em uma vitória com a DS Penske.

Oliver Rowland liderou parte da corrida, mas por ter a pista livre por mais tempo, pagou o preço no final da prova, já que tinha pouca energia disponível para fazer a defesa da posição. Günther se aproximou vertiginosamente do adversário nos últimos giros, deixando para mergulhar para a liderança, na última chicane do circuito.

O alemão conseguiu converter a pole em vitória, depois de uma corrida marcada pelas estratégias. Os pilotos e equipes tiveram que, pela primeira vez, lidar com uma parada obrigatória nos boxes, por conta da introdução do pit-boost.

O sistema também ajudou a movimentar a prova, pois as equipes tiveram que fazer diferentes escolhas para lidar com a dinâmica da prova, já que não é possível parar dois pilotos de uma mesma equipe para cumprir o pit-stop.

Se as provas da categoria já têm a fama de serem movimentadas, com esse sistema, abre um leque maior de possibilidades.

A prova também foi marcada pelo duelo travado entre Taylor Barnard (McLaren), Nyck de Vries (Mahindra) e Jake Hughes. Os três competidores travaram um duelo intenso pelo terceiro lugar, mas o jovem piloto da McLaren fez a ultrapassagem decisiva para faturar o pódio.

A Fórmula E retorna neste sábado para a conclusão da etapa em Jeddah, com a segunda corrida do fim de semana sendo disputada às 14h05 pelo horário de Brasília. Uma nova classificação acontecerá às 09h20, com Günther tendo a oportunidade de buscar uma segunda pole.

Saiba como foi o e-Prix de Jeddah

Max Günther e Pascal Wehrlein disputaram a pole, mas o piloto da DS Penske levou a melhor no duelo.

Após a realização da classificação, Zane Maloney e Lucas di Grassi foram punidos com a perda de 20 posições no grid, por conta da quebra do selo de seus respectivos MGUs, depois que a Lola Yamaha ABT solicitou a permissão para realizar verificações e resolver um problema técnico identificado na corrida 2.

Os pilotos se prepararam para o duelo desta sexta-feira, correndo pela primeira vez neste circuito. O traçado é parte da pista usada pela Fórmula 1 na sua disputa do GP da Arábia Saudita.

A prova marca a estria do pit-boost, sistema de recarregamento rápido, que permitirá os pilotos contarem com mais potência em um trecho da prova. Depois de diversos testes, essa é a primeira vez que o sistema será usado em competição.

Com a largada autorizada, Günther se manteve na dianteira, fazendo a defesa de Wehrlein, que se viu em duelo com Rowland e Barnard. Metros depois, o piloto alemão da Porsche caiu para a quarta posição.

Sam Bird que largou no meio do pelotão e se envolveu em um incidente. O piloto da McLaren viu o mundo ao contrário, precisando esperar o pelotão passar por ele, para reposicionar o carro no traçado.

Wehrlein e Mitch Evans tinham se tocado no início da prova, o carro do neozelandês ficou com a dianteira danificada. O piloto alemão precisou recorrer aos boxes.

Também foram para o pit, Di Grassi, Maloney e Müller. O piloto da Andretti foi acertado metros depois da largada, danificando o carro e na sequência foi necessário abandonar a prova.

Além do pit-boost, o Modo Ataque também estão presentes nessa prova, colaborando para movimentar ainda mais as estratégias da corrida. A recarga rápida precisará ser usada quando o nível da bateria estiver entre 60% e 40%.

Com cinco voltas, os dez primeiros eram: Günther, Rowland, Barnard, De Vries, Hughes, Ticktum, Cassidy, Da Costa e Evans. Alguns duelos aconteciam pelo traçado, Barnard era atacado por Rowland, que tentava buscar o piloto da McLaren. Foi também nesse giro que a direção de imagens identificou que existia uma quebra da asa traseira do carro de Da Costa.

No giro seguinte, Evans se lançou aos boxes, pois o carro estava com parte da asa dianteira se soltando, portanto, era necessário fazer o reparo, para ele retornar ao traçado. No entanto, a corrida do neozelandês ficava comprometida.

Foi no sétimo giro que o Safety Car pintou em pista, por conta de peças de carros que estavam pelo traçado. Se o pelotão já estava embolado, esse momento de neutralização colaborou para unir o grupo mais uma vez.

Os dez primeiros eram: Günther, Rowland, Barnard, De Vries, Hughes, Vergene, Ticktum, Da Costa, Cassidy e Nato. Nenhum dos pilotos tinha acionado o modo ataque, esperando a corrida avançar um pouco mais.

A prova retomou o ritmo normal durante o oitavo giro, com Günther ainda preservando a primeira posição. Rowland e Barnard faziam o trabalho de ataque.

Na décima volta, De Vries, fez a manobra para saltar ao terceiro lugar. Hüghes e Barnard se tocaram, mas o piloto da Maserati levou a melhor, avançando para o quarto lugar. Na sequência, Nato foi punido com um drive through, por uma infração técnica, desta forma o piloto da Nissan deixou o décimo lugar para cumprir a punição.

Dennis foi o primeiro piloto a ativar o Modo Ataque, nesta etapa foram 8 minutos de utilização, podendo ser trabalhado em duas ativações de 4 minutos cada, como o escolhido pelo time do britânico.

Na volta 14, Rowland também fez o acionamento do Modo Ataque. Vários pilotos já estavam entrando na janela de paradas. Mergulharam aos boxes, Hugues, Barnard e Da Costa foram logo cumprir o pit-boost, enquanto na pista os duelos eram intensificados.

A Fórmula E aproveitou a estreia do pit-boost para introduzir novos gráficos, para facilitar a identificação da utilização dos diferentes sistemas que fazem parte da prova.

Na volta 17, uma leva entre os primeiros colocados, acabavam de trabalhar a sua primeira ativação de Modo Ataque.

De Vries e Barnard duelavam pela décima quarta posição, com o piloto da McLaren levando a melhor em uma manobra arriscada para superar os adversários.

O grid se movimentava por conta das paradas nos boxes, combinados a utilização do Modo Ataque.

Quando a prova chegou na vigésima volta, os dez primeiros eram: Rowland, Hughes, Barnard, De Vries, Vergne, Da Costa, Dennis, Günther, Vandoorne e Cassidy.

Com 22 voltas, Buemi e Bird eram os únicos pilotos que já tinham eliminado a utilização do Modo Ataque, o restante do pelotão ainda contava com mais alguns minutos de potência extra.

Rowland administrava a liderança da prova com mais de 3s8 de vantagem para De Vries. Barnard por sua vez, era instruído para atacar Hughes e buscar a recuperação do pódio.

No giro 26, De Vries e Günther se lançaram juntos para obter a nova ativação de Modo Ataque. Permitindo que Rowland conseguisse ampliar ainda mais a distância para os adversários, antes de fazer a sua última ativação.

Instantes depois, os sete primeiros colocados, estavam todos com o Modo Ataque ativado, na tentativa de manter o duelo entre eles mantido até o final. Rowland liderava, Günther era o segundo colocado, seguido por De Vries, Barnard, Mortara, Hughes, Dennis, Vergne, Da Costa e Bird.

Os últimos instantes eram de uma prova eletrizante, Com Günther se aproximando vertiginosamente de Rowland. Barnard por sua vez, concluiu a ultrapassagem na antepenúltima volta para faturar a terceira posição.

Quando Rowland abriu a última volta, o piloto estava nos últimos respiros da bateria, enquanto precisava controlar a prova na ponta dos dedos, fazendo o máximo para recuperar um pouco de energia e não ficar pelo caminho.

O piloto da Nissan perdeu a liderança da corrida na última chicane do circuito, conseguindo reverter a pole em vitória em Jeddah. Barnard se defendeu de De Vries, para ficar com a terceira posição. Apesar da corrida atrapalhada no início da prova, Sam Bird ficou com o oitavo lugar, recuperando posições importantes por conta de uma corrida extremamente movimentada.

Programação do e-Prix de Jeddah – Prova da Fórmula E na Arábia Saudita – Foto: Ale Ranieri / Boletim do Paddock

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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