A Alpine chega para o GP da Emilia-Romagna como o centro das atenções após as mudanças que aconteceram desde o GP de Miami. Flávio Briatore está no comando da equipe, mas pela FIA ele não é visto como chefe de equipe.
Na última semana, a equipe francesa anunciou a saída repentina de Oliver Oakes, que deixou o cargo por conta de “razões pessoais”. Mais tarde na mesma semana, tornou-se público o motivo, Oakes renunciou o cargo, pois o seu irmão William Oakes foi preso.
Enquanto ajeitavam as coisas para o próximo evento do ano, foi confirmado que Briatore estaria à frente do time, para lidar com as obrigações deixadas pelo outro chefe de equipe. No entanto, a coisa não é bem assim, como foi esclarecido pela BBC.
Briatore ainda é o consultor executivo da Alpine, ele foi contratado para encarregar essa função, mas não é considerado como um membro da equipe. Além disso, o italiano não conta com uma licença de Fórmula 1, algo que é exigido para pessoas que ocupam o cargo de chefia na categoria.
Por conta da ausência de um chefe de equipe durante a prova em Ímola, Dave Greenwood é a pessoa encarregada da Alpine neste evento, a informação foi confirmada pela BBC. Greenwood acumula experiência do seu tempo trabalhado com a Ferrari, Manor/Marussia e Renault, além de ter chegado na Alpine em janeiro, vindo da equipe Hitech.
“Flávio entrou para a equipe como consultor executivo e continua como consultor. Não há mais nada a acrescentar, nem nada que possa interpretar”, falou um porta-voz da FIA.
“A Alpine cumpriu todos os requisitos regulatórios relacionados à saída do Sr. Oakes e enviou seu registro de equipe atualizado.”
“Acreditamos que cabe à Alpine fornecer uma atualização sobre sua estrutura de gestão, portanto não comentaremos sobre nenhuma pessoa específica que possua um certificado de registro.”
Flavio Briatore continua sendo o nome de maior influência na Alpine F1. Apesar de não ocupar um cargo oficial de liderança na estrutura tradicional da equipe, o italiano de 75 anos atua com autoridade plena sob o comando direto de Luca de Meo, CEO do Grupo Renault.
Contratado no ano passado para reverter a fase difícil da equipe, Briatore retornou à Fórmula 1 em meio a controvérsias. Ele tem um histórico vitorioso à frente de equipes — conquistando dois títulos mundiais com a Benetton (1994-1995) ao lado de Michael Schumacher e mais dois com a Renault (2005-2006) com Fernando Alonso.
No entanto, seu nome também está ligado ao escândalo do Singapuragate, quando foi revelado que Nelson Piquet Jr. bateu propositalmente no GP de Singapura de 2008 para beneficiar Alonso, que venceu a corrida. A revelação veio um ano depois e resultou em uma suspensão indefinida de Briatore pela FIA, revertida por um tribunal francês em 2010.
Conheça nossa página na Amazon com produtos de automobilismo!
O Boletim do Paddock é um projeto totalmente independente. É por isso que precisamos do seu apoio para continuar com as nossas publicações em todas as mídias que estamos presentes!
Conheça a nossa campanha de financiamento coletivo do Apoia.se, você pode começar a contribuir com apenas R$ 1, ajude o projeto. Faça a diferença para podermos manter as nossas publicações. Conheça também programa de membros no nosso canal do Youtube.