A pré-temporada 2025 foi encerrada com o último dia de testes no Bahrein. Depois de três intensos, George Russell completou a sexta-feira (28) na liderança, com o melhor tempo da atividade obtido próximo do encerramento da sessão.
O curioso, é que mesmo as equipes dando alguma atenção para a simulação de classificação no último dia de atividades, foi o tempo registrado por Carlos Sainz no segundo dia, que fica como a melhor marca.
Os 20 pilotos titulares participaram das ações em pista e juntos totalização 3.896 voltas, nos três dias de testes, equivalente a 21.090.564 quilômetros. O GP do Bahrein é disputado em 57 voltas só para se ter uma ideia.
Russell faturou a liderança da sessão com a marca de 1m29s545, seguido por Max Verstappen, separados por apenas 0s021, em tempo obtido com os pneus C3. Alexander Albon fez a Williams figurar mais uma vez na ponta, mas não alcançou a mesma marca do seu companheiro de equipe – o tailandês anotou o tempo de 1m29s650 com o pneu C4.
Para um dia que era esperado ver os pilotos testarem as voltas de classificação, as simulações foram um tanto tímidas. Acreditava-se que ao menos o pneu C4 entraria em ação, mas as equipes mais uma vez ficaram focados no uso do pneu C3 – que será fornecido para o GP do Bahrein.
Com relação aos pneus C5 e C6, contavam com eles, apenas Ferrari e Williams e eles não foram os focos desses times, por conta do nível de desgaste do asfalto do Bahrein, desta forma, nem foram trabalhados na pré-temporada. Também não foram todos os times que solicitaram pneus C4, Aston Martin e Alpine deram preferência pelos jogos de pneu C3, mas também optaram por mais alguns pneus duros (C1 e C2).
Carlos Sainz fechou como o grande destaque da pré-temporada 2025, faturando o melhor tempo – 1m29s348. O espanhol repetiu o desempenho do ano passado, quando ainda estava na Ferrari.
“Tivemos três dias de testes bastante incomuns aqui no Bahrein”, comentou o diretor de automobilismo da Pirelli, Mario Isola. “Há anos, a Fórmula 1 escolhe este circuito para o único teste de pré-temporada porque o clima geralmente é muito favorável, mas não foi o caso esta semana, especialmente nos dois primeiros dias. Baixas temperaturas, consideravelmente mais baixas do que nesta época do ano em anos anteriores, e ventos fortes, afetaram o trabalho das equipes e tornaram ainda mais difícil do que o normal interpretar os resultados, sem pontos de referência anteriores nesta pista em temperaturas tão baixas.”
O Bahrein tem se tornado atrativo para a pré-temporada da Fórmula 1 por conta do clima, mas neste ano ele realmente não favoreceu. O primeiro dia foi marcado pelas baixas temperaturas e elas se repetiram no segundo dia de testes, mas combinada com a chuva.
Embora seja conhecido como testes de inverno, as equipes preferem dias mais quentes para fazer as suas avaliações.
“Do nosso lado, a maioria dos dados veio do C3 e do C2 e, um pouco menos, do C1 – isso era totalmente esperado, dado que esses são os compostos geralmente escolhidos para o Grande Prêmio do Bahrein. Apenas algumas voltas foram completadas com o C4, enquanto o C5 e o C6 nunca apareceram na pista, o que era esperado, pois apenas a Ferrari e a Williams optaram por incluí-los em sua alocação. Pelo que pudemos ver, o C2 se comportou como esperado, confirmando que estava mais longe do C1 do que no ano passado e, portanto, mais perto do C3. O composto mais duro lutou um pouco nessas temperaturas, enquanto o C3 provou ser o mais versátil da gama.
Algumas equipes fizeram stints mais longos, mas não tinham uma performance real. Até para os times está um tanto difícil prever o que acontecerá na Austrália.
Quanto a degradação dos três pneus mais duros da gama, ficou claro para a Pirelli que por conta das baixas temperaturas, o desgaste era mínimo – mesmo com as temperaturas subindo um pouco nesta sexta-feira.
No último dia a Pirelli não divulgou quantas voltas foram completadas com cada um dos pneus utilizados pelos competidores, mas o C3 ainda foi o pneu mais popular nos testes.
Max Verstappen e Alexander Albon tiveram um dia completo em contato com os seus carros. O holandês fez apenas 81 voltas, mas testou várias configurações diferentes, já o tailandês chamou a atenção por ter realizado um programa completo com 137 voltas.
A Aston Martin tinha planejado colocar Lance Stroll no carro pela manhã, mas como o piloto não estava se sentindo bem, Fernando Alonso assumiu o AMR25. O canadense completou apenas 34 voltas com o equipamento, precisando acionar Alonso para finalizar os testes de pré-temporada, já que o time não progrediu muito em quilometragem ao longo dos três dias de testes.
Voltas completadas por cada um dos times no terceiro dia de testes
- Haas – 162 voltas
- Racing Bulls – 160 voltas
- Mercedes – 152 voltas
- Alpine – 145 voltas
- McLaren – 142 voltas
- Williams – 137 voltas
- Aston Martin – 116
- Ferrari – 113 voltas
- Sauber – 104 voltas
- Red Bull – 81 voltas
Voltas completadas ao longo de toda a pré-temporada pelas equipes
- Mercedes – 458
- Haas – 457
- Racing Bulls – 454
- Alpine – 405
- Williams – 395
- Ferrari – 382
- McLaren – 381
- Sauber – 354
- Aston Martin – 306
- Red Bull – 304
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