O GP da França era aguardado, mas neste ano com as disputas que estão se desenvolvendo no grid, sempre a próxima corrida se torna a mais esperada. A corrida em Paul Ricard poderia ser monótona, mas ela foi bem disputada, tivemos ultrapassagem e este se tornou mais um capítulo que fez diferença para a trajetória.
Red Bull 215 x 178 Mercedes
A vitória de Max Verstappen somado ao terceiro lugar conquistado por Sergio Pérez, são a peças-chave para a ampliação da liderança da Red Bull no campeonato de construtores. Aos poucos a equipe que já se encontrou no campeonato, vai executando o trabalho necessário para obter os seus pontos.
É indiscutível, quando a Red Bull se acerta e ganha confiança eles funcionam como um relógio. Conseguiram combinar nesta temporada dois pilotos velozes que estão colaborando para os resultados da equipe. Algo que está faltando para a Mercedes. A Red Bull no GP da França deixou a Mercedes sem reação.
Para não sobrar dúvidas após as últimas corridas complicadas, a Mercedes realizou a troca de chassis dos seus pilotos. Valtteri Bottas recebeu aquele que era usado por Lewis Hamilton, enquanto o inglês guiou nesta corrida com um novo. No início das atividades, o inglês encontrou dificuldade para estabelecer o acerto do carro, mas na classificação teve condições de brigar com Max Verstappen. Por outro lado, o finlandês teve uma boa performance nos treinos livres, mas teve que se contentar com o terceiro lugar.
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Passando para a corrida, o objetivo era a dupla da Mercedes superar Max Verstappen. O piloto da Red Bull até cometeu um erro na largada e perdeu a liderança, mas rapidamente o time austríaco começou a correr atrás do prejuízo, estabelecendo uma estratégia para recuperar a ponta. Após a primeira parada da Red Bull, Max retomou a ponta, mas o time não se sentia seguro.
De fato, mais uma vez nesta disputa Mercedes e Red Bull, a pauta estratégia ganha seu destaque, afinal, foi exatamente com ela que o time austríaco derrotou os rivais. Realizando as suas paradas antes, tiveram como evitar uma reação do time alemão.
Quando começaram a perder performance com os pneus, a Red Bull se lançou para uma estratégia de duas paradas, deixando de ser a caça, para se tornar o caçador. A Mercedes não respondeu e ficou esperando a aproximação de Verstappen. O holandês que abandonou os pneus duros e colocou os médios, saiu dos boxes rasgando e foi diminuindo a diferença. No fim ultrapassou com facilidade Bottas e depois caçou Hamilton. E reassumiu a liderança.
Brilharam quando a Mercedes optou por não responder está segunda parada e bobearam ao ficar sem pneus para tentar barrar um ataque de Verstappen.
O campeonato vai se moldando justamente neste jogo de erros e acertos. A Mercedes ainda quer recuperar os pontos perdidos e ganhar mais um campeonato. Mas olhando de fora, parece que a casa está até um pouco bagunçada, as escolhas não estão funcionando, principalmente por conta da aproximação de Mercedes e Red Bull.
Os problemas com Bottas acabam se escancarando e aquele segundo piloto que cumpria o seu papel, deixa um pouco a desejar. Ainda que neste final de semana a Mercedes tenha deixado ele completamente vendido.
Certamente é está disputa que todos querem ver até o final do ano. Que ela se arraste ao longo do ano e que toda ‘certeza’ se quebre com uma nova largada.
McLaren 110 x 94 Ferrari
A Ferrari tinha certeza de que neste fim de semana sua atuação não seria das melhores, mas a equipe desempenhou um bom trabalho nos treinos livres e até mesmo na classificação quando superou os pilotos da McLaren. Carlos Sainz que se encontrou no carro da Ferrari, largou da quinta posição, enquanto Charles Leclerc era o sétimo colocado.
Mas a Ferrari não foi capaz de se sustentar em ritmo de corrida, perderam desempenho durante a prova. Os pneus foram o grande problema da Ferrari, o consumo exacerbado fez com que a equipe optasse por realizar duas paradas com Leclerc, desta forma o monegasco ficou com a décima sexta posição.
A Ferrari deixou o GP da França sem pontuar, com isso a McLaren teve passe livre para retomar a terceira posição dos construtores e abrir uma vantagem. A equipe de Woking conseguiu um bom ritmo e tanto Lando Norris, quanto Daniel Ricciardo realizaram uma boa prova, dominando o quinto e o sexto lugar, logo atrás de Red Bull e Mercedes, representando justamente o terceiro lugar dos Construtores.
Nesta corrida ficou mais claro a falta de ritmo da Ferrari, o carro ainda passa por problemas, mas neste restante de temporada, os italianos vão deixar de lado o desenvolvimento do carro para focar no modelo de 2021. Os problemas do SF21 podem dar uma certa vantagem para a McLaren neste momento. Mas não passa tranquilidade para a Ferrari, principalmente por conta da disputa que está acontecendo pelo quinto lugar dos Construtores.
AlphaTauri 47 x 40 Aston Martin x 29 Alpine
Estes três times se beneficiaram com a falta de rendimento da Ferrari, para obter mais alguns pontos nesta rodada. Os resultados obtidos por Pierre Gasly, Fernando Alonso e a dupla da Aston Martin também são um destaque nesta prova em Paul Ricard.
Correndo em casa, Pierre Gasly teve uma boa performance e pontuou mais uma vez, mesmo largando da sexta posição e terminando a corrida em sétimo, é possível dizer que ele teve uma boa performance. O resultado contribui mais uma vez para o campeonato da AphaTauri. Infelizmente Yuki Tsunoda não teve a mesma sorte, com uma batida na classificação o piloto que largou do pit-lane após diversas trocas de peças, realizou uma corrida de recuperação, mas não pontuou.
Na França Fernando Alonso voltou a aparecer na zona de pontuação, com o oitavo lugar e em uma batalha interna, o espanhol superou o companheiro de equipe mais uma vez. O desempenho de Alonso também é uma pauta nesta jornada, pois o ideal é a Alpine obter pontos e tanto ela como a Aston Martin, estão sempre orbitando nas últimas posições que ajudam na conquista por pontos.
Alonso conseguiu extrair um ritmo melhor com os pneus e a estratégia adotada deu a ele mais goma para o final da corrida.
Ocon era um piloto a ser observado na França, principalmente após a Alpine renovar o contrato com o francês por mais três anos. Mas no domingo o piloto que largou com os pneus duros, não encontrou o mesmo ritmo que a dupla da Aston Martin e perdeu espaço na pista. Com a falta de ritmo foi impossível desempenhar um trabalho menor.
Agora passando pela Aston Martin, vale destacar que uso de uma estratégia diferente da feita pelos seus adversários, vem trazendo bons resultados. Após o desastre na classificação de Lance Stroll, o piloto conseguiu se recuperar e terminar a prova na décima posição. Enquanto Sebastian Vettel que largou de décimo segundo, terminou em nono. Como a competição está acirrada nesta parte do grid, alinhar a conservação dos pneus, com o ritmo, ajuda na conquista por pontos.
Depois da França, Aston Martin e AlphaTauri terminaram mais próximas, enquanto a Alpine deu uma distanciada delas, mesmo com o resultado de Alonso. A Alpine também está precisando se focar nas largadas, para obter alguma vantagem.
Alfa Romeo 2 pontos
O mesmo que aconteceu com a Ferrari, foi um reflexo na Alfa Romeo. A equipe até se encontrou na classificação, quando Antonio Giovinazzi avançou para o Q2 e largou da décima terceira posição. Mas a equipe não se encontrou em ritmo de corrida, justamente por conta dos pneus. A corrida foi crítica e não conseguiram pontos.
O trânsito também não contribuiu para um desempenho melhor da Alfa Romeo. Durante os treinos livres a equipe até conseguiu figurar entre os dez primeiros em alguns momentos, levantando esperanças, assim como a Ferrari.
Williams 0 x 0 Haas
A Williams conseguiu uma performance interessante na França, não é novidade ver George Russell avançando para o Q2. No início da prova Russell perdeu espaço, mas foi se recuperando conforme a prova avançou, para cruzar a linha de chegada na décima segunda posição. O resultado obtido pelo britânico aumenta as esperanças de que em algum momento da temporada, a Williams poderá finalmente chegar aos pontos.
Nicholas Latifi também informou que encontrou ritmo após uma parte da prova ser realizada, mesmo terminando na décima oitava posição. Para a Williams também é complicado travar batalhas com a Alfa Romeo.
No entanto, a Haas seguiu o seu curso ocupando as últimas posições, restou para Mick Schumacher e Nikita Mazepin alternar posições entre o décimo no e o vigésimo lugar – já que todos os pilotos concluíram a corrida.
O que a Haas vive neste momento é a aproximação entre Schumacher e Mazepin, pilotos que estão se enfrentando em pista, lidando com toques – que até é um problema para o time. O aprendizado é muito importante, mas eles não conseguem obter um resultado além disso.
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— Formula 1 (@F1) June 21, 2021
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