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Oscar Piastri lidera TL2 marcado por sequência de bandeiras vermelhas

Caos comanda TL2 em Suzuka e restringe tempo de coleta de dados das equipes no Japão

O TL2 foi bem limitado em tempo de pista livre, pois a sessão foi interrompida quatro vezes, provocando o regime de bandeira vermelha. A falta de ação prejudica muito as equipes na coleta de dados e na preparação para o restante do fim de semana.

A primeira bandeira vermelha foi provocada pela batida de Jack Doohan, esse incidente roubou cerca de 20 minutos da sessão. Quando a pista foi liberada uma segunda vez, Fernando Alonso ficou atolado na brita, desta forma foi necessário fazer o resgate do carro antes de viabilizar a utilização do traçado.

Por fim, focos de incêndio atrapalharam a sessão, por conta do gramado extremamente seco, combinado com as fagulhas que os carros soltam pelo assoalho estar rente ao solo. Apenas os dados do TL1 vai ajudar as equipes nas análises deste início de fim de semana.

Aproveitando para tentar alguma volta rápida, Oscar Piastri assumiu a liderança da sessão, acompanhado por Lando Norris, em uma diferença de apenas 0s049 entre os companheiros de equipe.

Quando os pilotos retornaram para a pista pela segunda vez, a temperatura na pista estava na casa dos 34 °C, com 14 °C no ambiente. O destaque do início da sessão era novamente as fortes rajadas de vento.

Com a pista liberada, os pilotos se dividiam na utilização dos pneus médios e duros para começar a fase de simulação de corrida. Jack Doohan retornou ao seu carro, após disponibilizar o equipamento para o teste de Ryo Hirakawa.

A Red Bull trabalhou durante todo o TL1 com os pneus macios, desta forma, Yuki Tsunoda e Max Verstappen começaram a segunda atividade do dia usando os pneus médios – de faixa amarela. Lewis Hamilton surgiu brevemente na liderança da tabela de tempo, com a marca de 1m29s950, mas foi superado por George Russell, que anotou 1m29s666 na sequência.

A sessão não atingiu os dez minutos de pista livre, pois Doohan bateu na curva 1 ao perder o controle do carro. O piloto entrou na curva 1 e ao tentar virar o carro, rodou, indo direto para a barreira de pneus. Em um primeiro momento, acreditava-se que o DRS não fechou quando ele fez a entrada na curva.

O equipamento usado pelo piloto ficou completamente danificado, desde a lateral, até a traseira. O australiano demorou para deixar o carro e precisou de ajuda dos fiscais, sendo encaminhado na sequência para o centro médico, para enfrentar algumas avaliações. A Alpine aguardava o retorno do competidor aos boxes, para analisar o acidente.

Após a batida, imediatamente o segundo treino livre foi encaminhado para o regime de bandeira vermelha, o maquinário mais pesado precisou entrar em pista para a remoção do carro e reposicionamento da barreira de pneus.

A sessão retornou apenas às 3h30 – horário de Brasília, prejudicando as equipes na coleta de dados. Quando a pista foi liberada mais uma vez, a grande parte do grid optou por usar os pneus macios.

No entanto, instantes depois da liberação do traçado, a sessão foi mais uma vez encaminhada para o regime de bandeira vermelha. Desta vez foi Fernando Alonso que perdeu o controle do carro na entrada da curva ao pegar a grama e ficou preso na brita da curva 9. O espanhol tentou salvar o equipamento e evitar uma nova paralisação, mas o carro ficou atolado.

Restavam apenas 20 minutos para o término da sessão, quando a pista foi mais uma vez liberada. Sem querer perder tempo atrás de outros competidores, George Russell tentou passar os adversários na saída dos boxes, além de negociar espaço com Max Verstappen para tentar abrir uma volta rápida.

Lando Norris assumiu a liderança, com a marca de 1m28s163. Isack Hadjar pintou na segunda posição, mas separado por 0s355 do líder. Oscar Piastri se estabeleceu na terceira posição, com a marca de 1m28s543. Lewis Hamilton foi empurrado para a quarta posição com a marca de 1m28s544.

Apesar de pouco tempo de pista livre, os tempos estavam caindo gradualmente como era esperado, por conta dos carros mais velozes de das novas características da pista. Os dez primeiros eram: Norris, Hadjar, Piastri, Hamilton, Lawson, Russell, Leclerc, Verstappen, Gasly e Hülkenberg. Nesta saída, Tsunoda permaneceu com os pneus médios, sendo o diferente da tabela.

E para a surpresa de ninguém, aconteceu a terceira bandeira vermelha do dia, desta vez motivada por um princípio de incêndio na pista, provavelmente gerada pelas fagulhas dos carros em contato direto com o solo.

Nos últimos sete minutos de pista livre, os pilotos tentavam fazer alguma coisa com o tempo que restou. As equipes basicamente desistiram os pneus macios e optaram por trabalhar com os pneus do início da sessão.

Alguns tempos melhoraram, colaborando para mudar a ordem da tabela de tempos. Oscar Piastri tomou a liderança de Norris, com a marca de 1m28s114, superando Norris em 0s049. Leclerc permaneceu na sétima posição, mas melhorou o seu tempo para 1m28s586.

A sessão terminou em regime de bandeira vermelha, marcando um treino livre completamente caótico e impedindo que os pilotos realizassem o teste de largada.

Por conta do gramado extremamente seco, surgiu mais um foco de incêndio que começou a se alastrar rapidamente.

Horários da Fórmula 1 do GP do Japão – Foto: Ale Ranieri / Boletim do Paddock

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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