A fim de criar um ambiente mais inclusivo, durante a comissão da Fórmula 1 realizada na última quarta-feira (14) em Genebra, Suíça, a FIA confirmou que a categoria utilizará linguagem neutra em termos de gênero em seu regulamento esportivo.
Na Fórmula 2 e Fórmula 3 não é uma novidade, a FIA fez uma alteração semelhante nas duas categorias – mudança confirmada no final de 2023. Com as mulheres ganhando mais força na base e podendo competir no automobilismo com os homens, a categoria está observando que não cabe mais em seus regulamentos usar pronomes de gênero masculino como o predominante.
O automobilismo até foi encarado por muitos anos como um esporte masculino, mas as mulheres tem cada vez mais feito parte do esporte.
“A Seção A, projetada para estabelecer uma estrutura coesa para todas as seções subsequentes, deve ser apresentada na primeira reunião do World Motor Sport Council (WMSC) em 2025”. Na Seção B, as revisões do Regulamento Esportivo incorporarão a linguagem neutra em termos de gênero, destacando o compromisso da FIA com a inclusão em todos os níveis”, foi revelado no relatório da FIA.
A linguagem neutra em inglês é completamente diferente da linguagem neutra em português. A mudança é bem sutil em termos de estrutura, mas pode ser encarada como um movimento de inclusão.
No regulamento, onde estiver, por exemplo: he (ele) será substituído por the driver, abrangendo os dois gêneros. Outras mudanças equivalentes vão acontecer no corpo do texto. Em inglês é mais fácil fazer essa transição, tornando a linguagem mais inclusiva e respeitosa, permitindo que seja possível evitar o uso de expressões que possam ser interpretados como um gênero específico.
As categorias de base deram esse passo primeiro, pois serão a porta de entrada para as mulheres na Fórmula 1, mas é importante fazer a mudança na categoria principal, para conscientizar aqueles que já estão na principal categoria do automobilismo.
A FIA e a Fórmula 1 tem pensado principalmente no crescimento das mulheres no automobilismo, medidas foram tomadas para a produção dos carros da Fórmula 2 e Fórmula 3 para se ajustar melhor ao corpo das mulheres. A F1 Academy nasceu para atuar na evolução do kart para as categorias de monopostos, pensando que era necessário criar mais oportunidades para a fortificar a carreira das pilotas.
As 10 equipes da F1 também se envolveram no projeto da F1 Academy, escolhendo apoiar uma mulher na categoria, para que elas tenham mais visibilidade.
O Boletim do Paddock é um projeto totalmente independente. É por isso que precisamos do seu apoio para continuar com as nossas publicações em todas as mídias que estamos presentes!
Conheça a nossa campanha de financiamento coletivo do Apoia.se, você pode começar a contribuir com apenas R$ 1, ajude o projeto. Faça a diferença para podermos manter as nossas publicações. Conheça também programa de membros no nosso canal do Youtube.
Neutro é detergente.