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Ferrari adapta volante para atender às preferências de Lewis Hamilton

Se aproximando do que foi desenvolvido pela Mercedes, Hamilton trouxe vários elementos do volante usado na equipe alemã para o volante da Ferrari. Foram feitas alterações tanto no hardware quanto no software

A Ferrari tem se moldado para conseguir fornecer o melhor cenário para Lewis Hamilton possa obter bons resultados com a equipe. O time italiano, além de trazer várias pessoas para amparar o heptacampeão mundial, também acatou uma solicitação referente ao volante usado pelo competidor.

Na última live do Boletim do Paddock discutimos essa situação, pois Lewis Hamilton tinha acabado de conquistar uma pole e vitória em uma prova Sprint com a Ferrari – feito que a equipe ainda não tinha, desde que esse modelo de evento foi implementado. No entanto, no domingo, a equipe lidou com a desclassificação dos seus dois pilotos.

Nesta segunda-feira a Motorsport.it da Itália trouxe mais algumas informação bem interessante com relação ao volante de Hamilton. Primeiramente, a Ferrari sempre tentou atender aos seus pilotos quanto ao melhor formato do volante, além do desenvolvimento do software.

O volante usado pelos competidores é uma central, que possibilita que o piloto faça vários ajustes, desde a unidade de potência, como informações de gerenciamento de corrida, que viabiliza que o piloto possa ter atitudes mais conscientes. Obviamente times com mais dinheiro, podem investir em volantes melhores e no aperfeiçoamento do hardware e do software – o que é o caso da Ferrari.

Quando Sebastian Vettel guiou pelo time de Maranello, foi mencionado as suas indicações que levaram a diversas mudanças para melhorar a sua performance, o mesmo aconteceu na sua ida para a Aston Martin. O volante de Hamilton, neste ano, nasceu de um projeto criado a partir da contribuição do alemão, mas que sofreu algumas mudanças no layout do painel de botões e nas duas alavancas do câmbio e embreagem.

Os volantes de Lewis e Charles Leclerc tem algumas mudanças na parte traseira, pois a Ferrari permitiu que algumas coisas que funcionavam para o inglês na Mercedes, fossem implementadas pelo time italiano.

Por exemplo, a alavanca de câmbio passou por uma reformulação completa, adotando um novo formato. Agora, as alavancas estão mais finas e posicionadas mais acima, seguindo um design semelhante ao que já havia sido aprovado por ele na Mercedes. Além disso, a extremidade externa conta com um revestimento de material diferente, proporcionando melhor aderência.

Por outro lado, Leclerc optou por manter o layout que utiliza desde sua estreia na Ferrari em 2019. Suas alavancas são maiores e posicionadas mais abaixo, ficando quase totalmente ocultas atrás dos raios do volante.

Quanto a alavanca da embreagem, também foi realizada um grande trabalho. Hamilton que desde 2019 está acostumado a operar a embreagem com um único balancim e também trouxe essa configuração para a Ferrari. A ideia foi trazer aquilo que ele já está acostumado e que facilitaria a sua adaptação.

A parte dianteira do volante usado por Leclerc e Hamilton é a mesma, mas o que muda entre eles é o layout dos botões e rotores, nos quais o heptacampeão também optou por mudar por estar mais acostumado. Hamilton deu preferência para rearranjar alguns dos botões e manter o botão do DRS na frente do volante, assim como o K1, para o acionamento do motor. Do lado direito ele deixou o botão de confirmação do pit, e botão de navegação para os submenus do volante, assim como o limitador de velocidade do pit-lane e botão do rádio.

Em níveis de software, o texto da Motorsport.it, além dos indicadores clássicos que são comuns, como velocidade, marcha, tempo e o delta, Hamilton também deu preferência para ter os indicadores do mapeamento do motor, na parte superior esquerda da tela.

Volante de Lewis Hamilton na Mercedes – Foto: divilgação Mercedes

Na publicação original, foi explicado que a Mercedes, gerenciava a unidade de potência com um único botão (STRAT) na parte inferior do volante, do lado esquerdo. Nesta parte reuniam-se informações em três elementos. Mas a Ferrari conta com um gerenciamento diferente, com vários desses elementos divididos, como a configuração a parte híbrida e do motor.

Os pilotos que guiaram pela Ferrari nos últimos anos, optaram por manter a alavanca da parte híbrida mais alta, próximo da tela, mas Hamilton optou por deixar na parte inferior, já que foi realizado um trabalho na parte superior para se adequar as preferências do inglês.

Hamilton também solicitou que o modo do motor e a parte híbrida estivessem disponíveis na tela, para saber qual é a configuração que está sendo usada. Hamilton também conta com informações como as que envolvem a temperatura dos líquidos, que são adicionais ao que são vistos por Leclerc.

Uma diferença entre o volante dele na Mercedes e o da Ferrari, é que na equipe alemã ele tinha as informações mais concentradas que ficavam em três mostradores, metade do que é encontrado no volante da nova equipe.

Em comparativo entre os novos companheiros de equipe, Hamilton gosta da possibilidade de transitar entre os modos, deixando-o situado em tempo real com o que está acontecendo, enquanto Leclerc prefere ter menos dados ao longo de uma volta.

Por conta do trabalho minucioso realizado na Mercedes e da quantidade de informações que estavam a sua disposição, Hamilton optou por ter isso a seu alcance na Ferrari, e que deve colaborar em seu processo de adaptação.

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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