A Ferrari 499P número 50, que havia cruzado a linha de chegada na quarta posição nas 24 Horas de Le Mans de 2025, foi desclassificada após as verificações técnicas pós-corrida. A decisão foi anunciada pelos comissários da FIA através do documento oficial, que apontou uma infração técnica relacionada à asa traseira.
De acordo com o relatório, quatro parafusos estavam ausentes no suporte central da asa traseira do carro. A irregularidade foi detectada após o último pit stop, realizado às 15h23 (horário local) do domingo (15), quando um dos mecânicos da equipe Ferrari – AF Corse percebeu a falta de um dos parafusos. Nos minutos finais da corrida, os demais parafusos também se soltaram, mas, segundo os comissários, isso não comprometeu a segurança do carro nem ofereceu qualquer vantagem de desempenho à equipe.
A desclassificação ocorre, pela falta dos parafusos faltando, em comparação com a versão homologada do carro. Além disso, também ocorreu “uma deflexão da asa traseira de 52 mm registrada durante o teste pós-corrida, enquanto o Artigo 3.8.7 do Regulamento Técnico da LMH define a deflexão máxima permitida em 15 mm”.

Mesmo com o esclarecimento técnico de que o elemento ausente não afetou o rendimento do protótipo, a direção de prova optou pela desclassificação da Ferrari #50, guiada por Antonio Fuoco, Miguel Molina e Nicklas Nielsen ao longo da prova e no campeonato de endurance.
“Dado o design do elemento, a ausência de um ou mais desses componentes não comprometeu de forma alguma a segurança do carro. A perda subsequente dos parafusos restantes durante os 37 minutos finais da corrida não proporcionou nenhuma vantagem em termos de desempenho ou na classificação final”, esclareceu o time.
A Ferrari lamentou a decisão, principalmente após a vitória obtida com o carro #83 e o pódio do #51. Em nota oficial, a escuderia destacou que, apesar do episódio não ter trazido ganhos competitivos nem colocado em risco a segurança dos pilotos ou adversários, segue focada no restante da temporada.
Apesar da desclassificação, a Ferrari permanece na liderança do campeonato de Construtores, somando 172 pontos. No Mundial de Pilotos, o trio Alessandro Pier Guidi, James Calado e Antonio Giovinazzi lidera com 105 pontos. Em segundo lugar aparecem Robert Kubica, Yifei Ye e Phil Hanson com 89, seguidos justamente por conta da desclassificação de Fuoco, Molina e Nielsen, com 57 pontos.
A próxima etapa do WEC acontece em 13 julho, em São Paulo, no Autódromo de Interlagos marcando o retorno da principal categoria de endurance ao Brasil.
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