Neste fim de semana a Fórmula 1 disputa a última etapa antes das férias da Fórmula 1. A corrida acontece no lendário circuito de Spa-Francorchamps.
Essa é geralmente aquela corrida que as equipes querem impressionar, para que bons comentários sejam realizados por suas performances ou pelo progresso apresentado. Até o momento só se fala sobre a crescente da McLaren e como o time tem se posicionado em pista para duelar pelo título do Mundial de Construtores.
O time britânico tem pontuado de forma constante com os dois pilotos, participado constantemente de pódios. Na Hungria a McLaren conquistou a sua segunda vitória, além da primeira dobradinha, em um momento que Max Verstappen terminou a prova apenas na quinta posição, após bater um Lewis Hamilton quando tentava concluir uma ultrapassagem no britânico.
Na prova anterior, a Red Bull implementou um novo pacote de atualizações, mas Max Verstappen não se sentiu confortável com as alterações. O competidor passou o fim de semana reclamando do carro, principalmente na corrida, quando também não estava de acordo com as instruções do engenheiro ou a escolha estratégica. O holandês cometeu uma sequência de erros, durante a corrida, nos dois momentos que tentou ultrapassar Hamilton.
A disputa pelo campeonato tem se tornando mais interessante, conforme a McLaren avança no grid e alimenta a esperança de pressionar a Red Bull até o final da temporada.
Verstappen começa o fim de semana na Bélgica lidando com uma punição por troca de motor, a Red Bull deve substituir o motor de combustão interna (ICE) desta forma perderá dez posições no grid de largada, tornando a sua luta ainda mais intensa, já que o carro não tem performado como antes
O GP da Bélgica e o Circuito
A prova na Bélgica já foi aquela etapa que marcava o retorno da Fórmula 1 das férias de verão, agora é a Holanda que recebe a categoria depois da breve pausa. No entanto, é uma corrida que não perdeu o seu brilho, Spa-Francorchamps é uma pista muito querida por vários competidores.
Spa é aquela pista icônica: a palavra desafio está acompanhada do seu nome.
O traçado é um dos mais longos do calendário, com os seus 7.004 km, além de contar com o menor número de voltas (44) por conta da sua extensão e tempo de volta. Spa não é desafiadora apenas pelas suas curvas as mudanças de inclinação, essa também é uma pista exigente para o motor, pois os pilotos passam cerca de 80% da volta em aceleração plena.
A primeira prova disputada em Spa pela Fórmula 1 aconteceu em 1950, mas este é um espaço que conta com relato de provas que antecedem a categoria. O circuito que hoje é grande, já foi muito maior quando recebeu a F1 no início, contando com 14,1 km, no entanto, o traçado passou por alterações ao longo dos anos, para se tornar o traçado que conhecemos hoje.
Entre a saída de La Source até a zona de frenagem na Les Combes, os pilotos passam impressionantes 23 segundos em aceleração.
Cometer um erro no início da volta durante uma classificação é bem ruim para o piloto, pois ele terá que percorrer um longo trecho antes de abrir uma nova volta. A Eau Rouge e Raidillon, o trecho passou por mudanças em 2022 por questões de segurança, mas segue sendo uma das partes mais complicadas da pista.
Este é um traçado difícil para encontrar a configuração ideal, pois ao trabalhar com uma asa maior, o carro ganha mais desempenho no miolo, mas perde muito nas retas. Por outro lado, ao usar uma asa menor, o carro trabalha bem nas retas, mas perde nas curvas.
A Fórmula 1 optou por não disputar uma Sprint em 2024, como fez em 2023, mas o evento terá esse formato mais uma vez no próximo ano. As condições climáticas variáveis são interessantes para realizar uma sprint neste circuito, ainda mais no atual sistema que permite a mudança das configurações dos carros entre a sessão sprint e as atividades para a corrida principal.
A prova mudou de data no calendário, sendo antecipada em cerca de um mês, já que era realizada no final de agosto, marcando o retorno da categoria após as férias de verão. No entanto, a Fórmula 1 não conseguiu fugir da chuva, em 2023 ela marcou presença na sexta-feira e no sábado, a região colabora muito para a instabilidade climática. Podemos novamente ter um fim de semana molhado em Spa.
Ainda falando sobre a dificuldade de correr nesse traçado, também é necessário falar sobre o consumo de combustível. Spa também é um desafio para as equipes em questão de gerenciamento de combustível, frear e retomar a aceleração, colabora para acentuar o consumo. A Hungria, país que a F1 acabou de visitar, tem um alto consumo de combustível, justamente pela combinação do traçado.
PNEUS
Neste fim de semana, a Pirelli mais uma vez fornecerá a gama intermediária de pneus: C2 (duro – faixa branca), C3 (médio – faixa amarela) e C4 (macio – faixa vermelha).
Spa adicionar um desafio para as estratégias, por ser um circuito longo, não é muito difícil uma parte do traçado ficar molhada e outros trechos não, os times precisam ficar atentos se a chuva se aproximar, para realizar a troca no melhor momento. Pois o piloto pode permanecer muito tempo no traçado, perdendo tempo de volta se não estiver com os compostos ideais.
O clima pode mudar em instantes e isso gera um impacto que é grandioso, por conta de sua extensão.
Cometer um erro na volta rápida, significa prejudicar um jogo de pneus. O competidor necessita ser preciso em volta rápida, preservando os compostos, do contrário, um erro implica em completar toda uma volta, antes de ter a chance de abrir uma nova volta rápida.
O circuito de Spa-Francorchamps também é extremamente exigente para os pneus, que enfrentam altas cargas laterais em diversos pontos ao longo de uma volta. Isso é especialmente notável na complexa Eau Rouge-Raidillon, onde os carros não apenas lidam com o downforce, mas também com as intensas forças laterais e verticais enquanto percorrem as curvas que formam o traçado.
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