Os planos do retorno dos motores V10 foram adiados pela Fórmula 1. A categoria dará seguimento para a utilização dos regulamentos de 2026, pois a eletrificação ainda é uma parte muito importante para manter algumas montadoras na competição.
Os rumores relacionados ao retorno dos motores V10, circularam nas últimas semanas. A ideia da FIA era contar com unidades de potência menores, viabilizando uma alteração significativa nos carros, considerando o tamanho dos carros, barulho dos motores e custos de produção. Aparentemente a ideia inicial que permeava o retorno dos motores V10 era reduzir o tempo de atuação do novo regulamento (2026) ou saltar diretamente para os V10, prolongando o regulamento atual.
Na última sexta-feira (12) aconteceu uma reunião organizada pela FIA, para conversar formalmente com os fabricantes de motores, sobre a proposta.
No relatório divulgado pela federação, foi reforçado o compromisso com a sustentabilidade no esporte, a longo prazo. A FIA também está comprometida com o regulamento desenvolvido para 2026, pois essa mudança contribuiu para a chegada de novos fabricantes de unidades de potência.
De acordo com o site The Race, a ideia dos motores aspirados, com o uso de combustíveis sustentáveis, é uma ideia que ficará em stand-by. Outras possibilidades para os motores podem ser discutias por volta de 2029 ou 2030.
“Todas as partes concordaram em continuar as discussões sobre a futura direção técnica do esporte. Um nível de eletrificação sempre fará parte de quaisquer considerações futuras”, comentou a FIA no relatório.
Para uma parte das fornecedoras de motores, como a Honda e a Audi, é muito importante que a Fórmula 1 continue dando ênfase para a eletrificação. Para empresas como Ferrari e Cadillac, os V10 eram uma opção melhor para o desenvolvimento dos seus motores – e dos ganhos esperados.
A utilização dos motores V10 ou V8, seriam uma saída para a FIA, se algumas montadoras optarem por deixar a categoria de uma vez. O debate envolvendo esses motores, também gira ao entorno de alguém que está sendo discutido atualmente pelo mundo, o que fazer com tantos carros que usam motores a combustão? O combustível sustentável é a chave para prolongar o seu uso?
O automobilismo, tem como foco aplicar as tecnologias desenvolvidas em pista, nos carros de rua. O sistema usado atualmente pela Fórmula 1 é muito caro e complexo, por isso foram pensadas outras formas para agir em 2026.
Os motores de 2026 seguem sendo V6, mas terão uma ênfase maior na eletrificação em até 50%, usando combustíveis 100% sustentáveis.
Enquanto a introdução dos novos regulamentos se aproxima, algumas equipes demonstram um certo receio de vivenciar um novo momento de domínio na categoria, como aquele que aconteceu em 2014 – que marcou o domínio da Mercedes. A Fórmula 1 tem medo da competição ser pautada por motores e não pela aerodinâmica e desenvolvimento dos carros.
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