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Definir os momentos de atualização do carro, pode garantir uma Ferrari mais competitiva até o final

A grande dúvida que surge com esse início de temporada forte da Ferrari, é se realmente o time italiano conseguirá mante o nível de desenvolvimento ao longo do ano. Quando a Ferrari começou forte, não conseguiu acompanhar o ritmo da Mercedes, foram três anos (2017, 2018 e 2019) desafiando o time alemão. Em 2017 Sebastian Vettel fechou a temporada como vice-campeão de Lewis Hamilton.

Para 2022, a Ferrari espera ter um carro competitivo até o final para ser campeã no Mundial de Construtores e no de pilotos, algo que não acontece desde 2008.

“Manter o nível em uma longa temporada é um desafio, não apenas para nós, mas para todas as equipes. É verdade que nossos concorrentes têm um desenvolvimento muito forte. Em 2017 e 2018 perdemos um pouco do terreno”, disse Mattia Binotto.

Começar o campeonato forte não é um indicativo que o time vencerá ao final da temporada. São muitas corridas em 2022, os times precisam dar continuidade ao seu desenvolvimento e também evitar quebras, principalmente no último trecho do campeonato – quando as peças já estão mais gastas e os motores possuem muita quilometragem. Qualquer detalhe faz a diferença, principalmente se a competição for carregada para as ultras provas.

Scuderia Ferrari está se programando para fornecer as atualizações necessários para o F1-75 – Foto: reprodução

“Desde então, melhoramos o design do carro, nosso túnel de vento, tecnologias, processos e simulações e hoje estamos muito mais preparados do que no passado para fazer um bom trabalho de desenvolvimento. Nós temos um teto orçamentário que afetará a taxa de desenvolvimento precisamos ter certeza de que temos a política certa sobre isso, pois pode ser um divisor de águas na luta pelo desenvolvimento”, afirma Binotto.

Uma parte do desenvolvimento da Ferrari parece satisfatório, a unidade de potência que equipa o seu carro é realmente forte. Alfa Romeo e Haas também estão usufruindo do mesmo motor e conseguiram ganhar um pouco mais de espaço no grid.

“No ano passado, tivemos uma desvantagem e tentamos recuperar o atraso e agora estamos mais preparados. Nas duas primeiras corridas, até agora parece que a diferença é muito pequena, e estamos chegando a uma convergência. Onde [o motor] foi uma desvantagem para nós no ano passado, mas não é mais”.

A Ferrari também precisa acompanhar o desenvolvimento de outros times, principalmente o da Red Bull. O time austríaco sempre foi muito famoso por retornar após as férias, ainda mais forte.

Ainda que as equipes possam realizar atualizações ao longo da temporada, eles precisam pensar estrategicamente quando as implementar e isso também tem total relação com o teto orçamentário, já que ele controla os gastos dos times e determina de certa forma, até onde as suas atualizações podem ir.

Observando o potencial evolutivo dos seus carros, os times identificam em quais pistas eles podem obter um desempenho melhor, programam as atualizações para ter alguns ganhos e ficam na expectativa de angariar a maior quantidade de pontos na etapa. Mesmo com mais horas de túnel de vento do que a Red Bull, os dois times estão dentro do mesmo teto orçamentário e limitados pela mesma força.

Para a Austrália a Ferrari informou que não levará grandes atualizações, mas está programando o seu novo pacote e assim que definir em qual pista vai utilizá-lo, informará aos jornalistas.

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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