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Boletim Estratégico: Grande Prêmio da Espanha de 2017

Era por isso que nós estávamos esperando, certo? Uma batalha roda com roda entre os dois melhores pilotos e equipes do grid pela vitória.

Foi exatamente isso que aconteceu no GP da Espanha de 2017, terminando com a vitória de Lewis Hamilton, superando seu rival alemão após diversas batalhas durante a prova. Essa foi a 55ª vitória do inglês, sua segunda do ano.

A corrida proporcionou diversos ingredientes interessantes, desde batalhas e ultrapassagens até polêmicas e acidentes. Todavia, a estratégia também foi um fator decisivo para o resultado do GP. Eis alguns dos pontos estratégicos mais importantes do Grande Prêmio da Espanha.

Fonte: racingnews365.nl

Como Hamilton venceu?

Alguns pontos estratégicos ajudaram Hamilton a vencer essa prova. Após perder a liderança na curva 1, a Mercedes optou por estender muito mais o primeiro stint do inglês, sacrificando a diferença momentânea para Sebastian Vettel com o objetivo de otimizar a estratégia no fim do GP.

A equipe buscou maximizar o tempo de pista calçando os pneus macios no começo e no fim da prova, o que deu ao tricampeão uma vantagem em relação à Vettel no stint final. Lewis ainda foi auxiliado por um timing perfeito na última parada da corrida, se aproveitando do Safety car virtual.

Isso fez com que a Ferrari chamasse Vettel na volta seguinte, quando o VSC já havia terminado. Isso colocou Hamilton de volta na briga pela vitória e usando pneus macios, vantagem suficiente para o inglês pular para a liderança e vencer a prova.

Como Vettel perdeu a prova

A Ferrari tentou usar o undercut com Vettel, e mesmo que essa estratégia tenha rendido alguns segundos, o alemão perdeu um certo tempo atrás de Daniel Ricciardo inicialmente. Algumas voltas depois, Valtteri Bottas também o segurou bastante, trazendo Hamilton para a briga após a janela de pit-stops.

O Safety car virtual realmente acabou com a corrida do tetracampeão, visto que parar com bandeiras verdes custou segundos preciosos. Além disso, Vettel voltou dos pits com os pneus médios para a parte final da prova, enquanto os macios ainda tinham a capacidade de ir até o fim do GP.

Macios dominando a prova

Tal qual a estratégia escolhida por Lewis Hamilton, os macios foram os pneus mais usados durante o GP da Espanha, enquanto as equipes tentavam se livrar o mais rápido possível dos médios. Esse foi o caso graças à aderência, performance e durabilidade dos amarelos.

Pascal Wehrlein foi o piloto que mais rodou com os macios, completando 33 voltas, enquanto Hulkenberg, Ericsson e o próprio Pascal fecharam 32 com os médios. Os pneus duros só apareceram no começo do FP1 e não foram vistos novamente.

Felipe Massa falou que o pneu era uma piada e Esteban Ocon afirmou que o composto era terrível, além de não ter aderência nenhuma. A escolha da Pirelli para o GP da Espanha pareceu ser muito conservadora, entretanto, temos que considerar a telemetria limitada que os italianos possuíam quando essa escolha foi feita.

Fonte: Gettyimages.com

Pascal brilha com a estratégia alternativa

Wehrlein foi o único piloto a completar a prova com apenas uma passagem pelos boxes, especialmente graças à durabilidade dos pneus. A Sauber pareceu ser bem gentil com a borracha em seus bólidos, uma vez que o alemão conseguiu completar 33 voltas com os macios antes de calçar os médios.

O stint de abertura mais longo e os incidentes na parte da frente do grid o ajudaram a escalar o pelotão com mais facilidade. Pascal cruzou a linha de chegada em 7º, contando também com a pista estreita de Barcelona, já que Sainz ficou preso atrás da Sauber durante boa parte do último stint.

Sua única parada foi perfeitamente executada durante o VSC, entretanto, a chamada foi feita tarde demais, forçando o piloto a cortar por fora da marcação de entrada dos pits. Essa manobra custou uma punição de 5 segundos e o derrubou para oitavo na classificação final, marcando os primeiros pontos da Sauber no campeonato.

Kvyat basicamente faz uma parada

O piloto da Toro Rosso basicamente fez uma estratégia de uma parada. Largando da última fila, o russo optou por parar na volta 1 e se livrar dos pneus médios logo de cara, dessa forma, Daniil teve a possibilidade de passar o resto do GP com os macios, estratégia que o ajudou a fatiar o grid e terminar a prova em uma respeitável 9ª colocação.

Todas as paradas

Alguns pilotos se beneficiaram dos incidentes e abandonos da primeira volta, causando corridas solitárias. Daniel Ricciardo espelhou a estratégia de duas paradas de Lewis Hamilton e terminou a prova em um distante 3º lugar.

As Force Indias de Sérgio Perez e Esteban Ocon optaram pela estratégia de macios-macios-médios, cruzando a linha de chegada em 4º e 5º, a frente de Nico Hulkenberg, que fez a mesma escolha estratégica. Ainda sim, todos esses pilotos se beneficiaram dos acontecimentos da primeira volta.

Fonte: Grandprix247.com

Oportunidades perdidas?

Felipe Massa perdeu um potencial 4º lugar devido à um furo de pneu após a colisão com Fernando Alonso anda na primeira curva, enquanto os dois tentavam escapar do incidente envolvendo Kimi Raikkonen e Max Verstappen. As manobras evasivas prejudicaram ambos os pilotos, Alonso perdeu algumas posições enquanto Massa caiu para último. Um furo de pneu durante a briga com Daniil Kvyat na parte final da prova também custou caro para Kevin Magnussen, que poderia ter terminado em nono mas foi forçado a fazer outra parada.

Texto original

Stints mais longos

  • Macios: Wehrlein (33 voltas)
  • Médios: Wehrlein, Hulkenberg, Ericsson (32 voltas)

Fonte

Fonte: Pirelli Motorsport
Fonte: Pirelli Motorsport
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