Após a primeira manhã de testes de pré-temporada, a Mercedes dominou a atividade com Andrea Kimi Antonelli. O italiano registrou o melhor tempo, além de atingir a marca das 78 voltas com o W16.
Para a sessão vespertina, é esperado que as equipes atinjam a marca das 100 voltas.
Max Verstappen, Lando Norris, Gabriel Bortoleto, Isack Hadjar, Pierre Gasly, Charles Leclerc, Lance Stroll, Esteban Ocon, Carlos Sainz e George Russell, foram escalados para participar da sessão da tarde.
Os primeiros minutos de cronômetro disparado, marcavam a agitação nos boxes, com as equipes realizando os ajustes necessários no carro, para que o outro piloto da equipe assumisse o equipamento.
Nos testes de pré-temporada, as equipes só podem utilizar um carro, desta forma é necessário fazer os ajustes dos pedais, troca de bancos e das peças de identificação que sinalizam qual é o piloto ocupando o carro.
Após 20 minutos de regressiva, Hadjar foi o primeiro piloto a invadir a pista, o piloto trabalhava com um conjunto de pneus já usado por Yuki Tsunoda pela manhã. Ocon acompanhou o piloto francês.
Com a sessão avançando, Max Verstappen logo assumiu a segunda posição na tabela de tempos com 1m31s444, superando Liam Lawson. O competidor da Red Bull usava um conjunto de pneus duros novos, para o primeiro stint de simulação de corrida.
Em seu ano de estreia, Hadjar iniciava os testes, rodando com o equipamento da Racing Bulls, mas o piloto não prejudicou a sessão com uma paralisação, pois conseguiu retornar para o sentido correto da pista.
Com vários novatos no grid, é esperado que eles cometam erros, pois estão aprendendo a lidar com os carros de Fórmula 1. Na sessão da tarde, Hadjar e Bortoleto eram os novatos que participaram da atividade.
Just Isack Hadjar throwing a 360 😅#F1Testing #F1 pic.twitter.com/SV8WJpM2d3
— Formula 1 (@F1) February 26, 2025
Para conduzir os testes aerodinâmicos, o flow-vis era novamente usado. A Williams, por conta das mudanças para a temporada 2025, precisava fazer o uso dessa tinta, em várias peças do seu equipamento.
Após uma hora de pista liberada, Bottas, Stroll e Norris continuavam sem registrar nenhuma volta na tabela de tempos. O britânico da McLaren, se quer, tinha deixado os boxes.
Os dez primeiros eram: Antonelli, Gasly, Verstappen, Lawson, Albon, Tsunoda, Haas, Doohan, Alonso e Piastri.
Com o uso dos pneus médios (C3) novos, Russell saltou para a ponta com a marca de 1m31s082, o piloto aproveitou a pista quase livre, para estabelecer uma boa marca. O britânico contava com sete voltas, quando estabeleceu o melhor tempo.
Para a sessão vespertina, obviamente as equipes precisavam dar continuidade aos testes aerodinâmicos, portanto, o flow-vis era mais uma vez utilizado pelas equipes, para a coleta de dados. Ao longo das sessões, os times instalavam diferentes peças, para fazer uma coleta de dados mais precisa, gerando mais dados.
Com a sessão em andamento, Charles Leclerc pulou para a liderança com a marca de 1m30s878, usando pneus médios novos. A tabela de tempos passou por uma mudança, com Russell separado do líder por 0s204, enquanto Norris era o terceiro colocado com 1m31s251. Gasly era o quarto colocado, colaborando para superar os tempos obtidos pela manhã.
A expectativa era de chuva para o final do primeiro dia de testes, mas como não é muito comum a Fórmula 1 pegar uma sessão chuvosa no Bahrein, a maioria das equipes trocou os seus pneus de chuva, para compostos de pista seca. Apenas Aston Martin e Haas solicitaram para a fornecedora de pneus, compostos de pista molhada.

Restando duas horas para o término do primeiro dia de testes de pré-temporada, a pista do Bahrein passou por um apagão. A sessão precisou ser interrompida, levando todos os carros aos boxes, por motivos de segurança, até conseguirem reestabelecer a atividade.
Aconteceu um apagão durante os testes do Bahrein! #F1noBP #F1
— BP • Boletim do Paddock (@diznoboletimque) February 26, 2025
Neste momento de paralisação, apenas o brasileiro Gabriel Bortoleto não tinha nenhum tempo aferido, embora tenha completado cerca de 17 voltas no circuito, fazendo apenas voltas de instalação.
Em termos de quilometragem, Charles Leclerc tinha completado 32 voltas, contra 31 de Verstappen (na sexta posição). No entanto, apesar de ser o segundo colocado na tabela de tempos, Norris estava limitado as 12 voltas completadas no circuito, antes da paralisação.
O entardecer começava a se aproximar do Bahrein, desta forma, a iluminação se fazia ainda mais necessária. A energia voltou a ser reestabelecida pelo circuito, mas levou um certo tempo para estabilizar os refletores que iluminam o traçado.
A Ferrari atingiu as 100 voltas, com os 70 giros de Hamilton, mais os 32 obtidos por Leclerc, antes da interrupção da sessão. A Racing Bulls e a Haas foram mais uma das equipes a chegar na marca das 100 voltas, enquanto a Mercedes ficou perto, com os seus 98 giros.
Embora a Haas faça uma sessão bem discreta em termos de tempo, a confiabilidade do carro tem chamado a atenção.
O primeiro dia de testes é importante por conta das “correlações”, para compreender se o projeto trabalhado durante o inverno está se comportando da forma esperada em pista.
A pista foi liberada quando restavam 50 minutos para o final do primeiro dia de testes. Foi neste momento que rapidamente Lando Norris e Pierre Gasly invadiram a pista, apostando no uso de novos jogos de pneus médios. Max Verstappen, por sua vez, apostava na utilização do pneu duro (C2) assim como Esteban Ocon.
Com a pista liberada, Verstappen e Bortoleto se enfrentavam ao deixar os boxes, disputando espaço para retomar a coleta de dados para as suas equipes. O carro do piloto holandês contava com um pouco de flow-vis espalhado no final do assoalho e lateral esquerda – então ele aproveitou o momento para perseguir o brasileiro de perto. Como Norris tinha pouca quilometragem, a McLaren tratou de devolver o britânico para o traçado, com capacidade de realizar um stint mais longo.
A primeira volta cronometrada de Bortoleto foi na casa de 1m32s718.
Para compensar o momento de apagão, a FIA conversou com as equipes, que aceitaram estender a sessão em uma hora. Esse foi o período estimado de paralisação, quando a energia do circuito caiu. Mesmo com a chegada da noite, a iluminação artificial viabiliza a continuidade da sessão.
This afternoon’s F1 Testing session in Bahrain will be extended by one hour to compensate for the time lost under red flag due to a power outage#FIA #F1Testing pic.twitter.com/WKt5Koay7d
— FIA (@fia) February 26, 2025
Norris então aproveitou o tempo extra de contato com o carro, para melhorar a sua marca, anotando 1m30s430, superando a marca de Leclerc em 0s448. O grid de certa forma estava próximo, embora cada um estivesse encarregado de lidar com o seu programa individual.
Carlos Sainz, que conduzia os testes para a Williams a tarde, estava andando com o carro bem baixo, contribuindo para que algumas fagulhas fossem observadas, com a passagem do FW47 por algumas partes do circuito.
Sparking away! ✨@Carlossainz55‘s Williams is creating quite the show out on track 👀#F1Testing #F1 pic.twitter.com/gsdurzpWj2
— Formula 1 (@F1) February 26, 2025
Com a sessão se aproximando do final, os pilotos se concentraram nas simulações de corrida, tentando completar voltas pelo circuito, bem semelhantes.
Chegando ao final do primeiro dia de testes, a McLaren, com Lando Norris, liderou a sessão com a marca de 1m30s430 e 52 voltas. A equipe começou os testes de pré-temporada de uma forma bem tímida, mas o britânico conseguiu imprimir um bom ritmo durante a hora adicional fornecida pela FIA, para compensar o momento de apagão enfrentado no circuito.
George Russell ficou com a segunda posição, depois de Andrea Kimi Antonelli liderar pela manhã. O piloto da Mercedes fechou o dia separado por apenas 0s157 do líder, com 70 pontos na conta. Embora a sessão deste primeiro dia, não seja focada em voltas rápidas, é interessante analisar que os pilotos já estão bem próximos do tempo da pole de Max Verstappen de 2024 (1m29s179).
As equipes não usaram pneus macios nesta quarta-feira, também não foi trabalhado a simulação de classificação, pois a prioridade foi verificar o desempenho do carro em modo-corrida.
Max Verstappen ficou com a terceira posição, com Red Bull, o holandês obteve o tempo de 1m30s674 e 74 voltas. Charles Leclerc também superou os tempos obtidos pela manhã por Lewis Hamilton, desta forma o monegasco ocupou o quarto lugar, com a marca de 71 voltas. Carlos Sainz encaixou a Williams na quinta posição e 68 giros, acompanhado por Pierre Gasly que fez 72 voltas com a Alpine. Antonelli de líder pela manhã, foi empurrado para a sétima posição, assim como aconteceu com Liam Lawson (8º), Alexander Albon (9°) e Yuki Tsunoda completaram o top-10.
Em termos de marca, Tsunoda e Hadjar ficaram muito perto, o japonês obteve um tempo na casa de 1m31s610, contra 1m31s690 do francês.
A McLaren fechou a atividade, com o carro quase todo encoberto com o flow-vis, para mais alguns testes aerodinâmicos, antes do dia ser encerrado. Como uma grande área do carro estava coberta com o flow-vis, a McLaren tentou deter os fotógrafos, fazendo uma barreira, entorno do MCL39, para evitar que os rivais possam coletar dados do seu carro, para estudo.
Na pré-temporada, é bem comum ter fotógrafos que fazem registros técnicos dos carros, para servir de estudos para as equipes. O momento mais crítico é esse retorno aos boxes, principalmente quando o flow-vis está espalhado pelo carro, em peças valiosas que definem a leitura que as equipes tiveram do regulamento mais atual.
Quite a lot of flow-vis on Lando Norris’ McLaren! 🤯#F1Testing #F1 pic.twitter.com/aowzyoapXP
— Formula 1 (@F1) February 26, 2025
Gabriel Bortoleto em sua estreia na Fórmula 1, foi o décimo segundo colocado no primeiro dia de testes da pré-temporada. O piloto completou um programa com 59 voltas, ficando separado por mais de 1s26 o líder. O brasileiro assumiu o carro da equipe na sessão vespertina.

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