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Adversários da Mercedes colocam equipe alemã em situação confortável após Melbourne

A Mercedes deixou Melbourne como a segunda colocada do Campeonato de Construtores. Como falei no meu texto de Raio-X da etapa, o time alemão segue comendo pelas beiradas, pontuando mais do que era esperado e aproveitando todos os momentos de sorte que se depara em na pista.

Os times estão enfrentando algumas dificuldades logísticas para atualizar os seus carros. Os fretes estão cada vez mais caros e a Fórmula 1 está adicionando mais etapas ao seu calendário. Este é um ano muito delicado, onde os times têm a oportunidade de desenvolver os seus carros, mas estão limitados aos tetos orçamentários, túnel de vento e aos fretes.

Para o GP da Austrália, os times foram bem contidos ao levar atualizações, pois agora começa a fase europeia e as coisas se tornam um pouco mais fáceis. As fábricas estão perto, a logística funciona melhor, mesmo com rodadas duplas acontecendo com mais frequência e o cronograma ficando mais apertado. Quanto mais distantes da Europa, mais as atualizações ficam difíceis de serem trabalhadas.

A Mercedes não teve as atualizações que desejavam em Melbourne, mas traçou um cronograma de mudanças que estão por vir, podendo se tornar mais competitivos em algumas etapas. Só que mesmo quando ainda não estão lidando com a sua melhor performance, o time conquistou pontos valiosos nestas três etapas que já foram realizadas.

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O porpoising ainda é algo que está pegando as equipes e é um ponto que faz a Mercedes ter vários problemas. Lewis Hamilton ainda realizou testes na Austrália com o W13, vários sensores foram presos ao carro, tornando-o mais pesado, mas fizeram uso de equipamentos que são necessários e que podem ajudar a equipe a compreender o que é possível melhorar na sua aerodinâmica.

Mercedes usa sensores no GP da Austrália para fazer um monitoramento melhor do carro – Foto: reprodução Mercedes

Trabalharam nessa pista também o ajuste fino do carro e com o ‘pouco’ que fizeram, George Russell e Lewis Hamilton somaram para a Mercedes juntos 27 pontos. Max Verstappen abandonou em mais uma corrida, portanto o segundo lugar de Pérez rendeu apenas 18 pontos ao time austríaco. Neste momento são 10 pontos à frente da Red Bull.

“Estamos deixando Melbourne em um estado melhor do que quando chegamos, foram mais lições aprendidas, mais dados para analisar e mais pontos. Claramente, ainda não temos ritmo para desafiar Ferrari e Red Bull, mas sabemos onde precisamos buscar desempenho”, disse Toto Wolff.

Hamilton largou muito bem e depois duelou com Sergio Pérez, enquanto George Russell estava no melhor ponto da pista quando o Safety Car provocado pelo abandono de Sebastian Vettel aconteceu. Após o abandono de Verstappen, Russell recuperou o pódio, enquanto Hamilton ficou com a quarta posição. Em duas ocasiões neste ano, a Mercedes foi ao pódio por conta de um abandono da Red Bull.

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“Ver Lewis e George se apresentarem em um nível excepcionalmente alto hoje com um equipamento que claramente não está no ritmo dos líderes é outro exemplo do espírito desta equipe. Estamos otimistas, mas realistas sobre o cronograma desenvolvimento e a vantagem que nossos concorrentes têm, mas o P3 e o P4 nos ajudam a deixar a Austrália com uma boa sensação”, seguiu Wolff.

No podcast desta semana até mencionamos que os adversários estão deixando a Mercedes sonhar e progredir. Obviamente a classificação ruim de Carlos Sainz e o seu abandono também contribuíram para o resultado da Mercedes neste domingo.

Russell garantiu o seu primeiro pódio com a Mercedes durante o GP da Austrália, se aproveitando do abandono de Sainz e Verstappen – Foto: reprodução

Com um calendário tão extenso onde apenas três provas foram disputadas, a Mercedes ainda está em jogo, principalmente quando se coloca como segunda colocada no Campeonato. É claro que enquanto eles tentam recuperar o seu desempenho, os seus adversários estão progredindo com os seus projetos, então a caçada da Mercedes é ainda mais intensa.

Em Ímola é onde os times pretendem levar um bom pacote de atualizações, desta forma é esperado que alguns times como Mercedes e McLaren possam progredir.

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“Um fator que me deixa muito otimista para o futuro é a mentalidade e a força da equipe. Todos no Reino Unido, em Stuttgart e da equipe de corrida estão reunindo todos os esforços que temos para enfrentar as lacunas de desempenho com determinação e muita garra”, disse Wolff.

A Mercedes tem uma ótima dupla em 2022, onde vemos que Sir Lewis Hamilton e George Russell trabalham muito bem. Russell está sendo muito mais habilidoso do que foi Bottas, se mantendo em uma linha muito próxima do companheiro de equipe e estão pensando no coletivo, podemos esperar mais da Mercedes neste ano.

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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