A Ferrari enfrenta um início de ano desafiador. Frédéric Vasseur admitiu que não é o começo ideal. Apesar da pole e vitória de Lewis Hamilton na prova Sprint, os outros resultados chamam a atenção.
Na Austrália a equipe enfrentou problemas por conta de uma classificação ruim, e das escolhas realizadas na corrida principal. Na China, apesar do resultado de Hamilton na Sprint, a classificação e a corrida principal, não foram boas, por conta de ajustes na configuração do carro, por fim, os dois pilotos foram desclassificados.
Chegando no Japão, era espera uma recuperação da equipe, talvez a participação em um pódio, mas a Ferrari ficou completamente apagada no evento. O quarto lugar de Charles Leclerc no evento deste fim de semana, é o melhor resultado em corrida principal da Ferrari. Atualmente Leclerc ocupa a 6ª posição no campeonato de pilotos, com 20 pontos em seu nome, enquanto Lewis Hamilton é o oitavo, com 15.
A Ferrari, de vice-líder do campeonato em 2024, agora ocupa a quarta posição, com 35 pontos, ficando atrás de McLaren, Mercedes e Ferrari. O início do último campeonato também foi um pouco conturbado, mas a equipe estava duelando por pódios. A primeira vitória aconteceu com Carlos Sainz na Austrália e Charles Leclerc venceu Mônaco.
O time aguarda novamente o momento de virada: “Estou acostumado, porque nos últimos dois anos começamos assim”, brincou Frédéric Vasseur, quando perguntado sobre esse início de temporada desafiadora.
“Com certeza não é o ideal e eu preferiria vencer primeiro. Mas não precisamos mudar a abordagem do ano passado, pois estamos quase na mesma situação, talvez um pouco pior em termos de ritmo, e a reação da equipe foi muito, muito forte. Trabalhamos em equipe, demos pequenos passos e temos que manter exatamente a abordagem, mas com certeza não é o ideal.”
O time busca progredir nas próximas etapas e ainda estão seguros de que é possível melhorar ao longo do campeonato.
“Se no ano passado demos um bom passo à frente do início da temporada para o meio da temporada ou algo assim, não foi porque encontramos uma solução mágica, nunca encontraríamos algo no carro que valesse 0s3 ou 0s4 décimos”, disse ele.
“É porque você está juntando uma área com outras duas ou três, o equilíbrio, o piloto tirando o melhor do carro. Acho que ontem não estávamos muito longe, mas foi muito difícil para nós, mas o mesmo pode ser dito para a McLaren, foi muito difícil juntar uma volta”, seguiu Vasseur.
“Se você olhar para Charles, ele perdeu um décimo e meio na última chicane, e então ele perdeu um décimo na primeira curva [na classificação]. Não é uma desculpa e não estou tentando dizer que tínhamos o melhor carro, mas é exatamente o mesmo para Piastri, e o mesmo para todos. Foi difícil tirar o melhor do carro e precisamos melhorar a dirigibilidade, como chamamos, para tirar o melhor proveito do pacote.”
A Ferrari optou para a temporada 2025 fazer um carro novo. Após três etapas, já é comentado que o carro conta com alguns problemas específicos relacionados a andar com o carro mais rente ao solo, e isso estaria comprometendo o ritmo.
Com a desclassificação dupla na China, mas a de Lewis Hamilton relacionada especificamente ao desgaste da prancha do carro, essa questão inevitavelmente surgiu.
“Todos nós queremos correr com o carro mais baixo, todos nós teríamos mais downforce na situação, para todos, mas há um limite”, explicou Vasseur. “O limite é o fundo do assoalho e o limite são os regulamentos.”
“Estamos todos passando o fim de semana pensando onde está o limite e onde podemos rodar o carro um pouco mais baixo e aí você está muito baixo. É o mesmo para todos e todos nós sabemos que com esse tipo de carro, o desempenho está muito ligado à altura do carro.”
“É verdade para nós, é verdade para todos, é verdade hoje, mas foi verdade nos últimos dois anos. Fomos desclassificados em Austin em 2023 com a Mercedes, porque estávamos tentando chegar ao mesmo ponto. Não é a característica do carro deste ano ou a característica da Ferrari, é verdade para todo o grid.”
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