A sexta-feira em Zandvoort foi marcada por dois problemas no motor Mercedes, o primeiro ocorreu durante o TL1 quando Sebastian Vettel apresentou falta de potência na unidade de potência, o outro ocorreu no TL2, prejudicando a sessão de Lewis Hamilton.
Vettel já tinha reclamado da falta de potência do motor, mas depois de deixar os boxes mais uma vez, ficou parado na Curva 1. Uma nuvem de fumaça estava saindo do seu carro, assim como alguns fluidos que ficaram espalhados pelo traçado.
A Aston Martin não revelou as causas que provocaram o problema no motor, mas todos foram prejudicados no TL1, pois a bandeira vermelha tomou grande parte da sessão.
No TL2, Hamilton também sentiu uma falha no motor e foi alertado pelo rádio para encostar o carro. Outra bandeira vermelha foi provocada no TL2, mas que acabou sendo resolvida rapidamente. O inglês foi questionado se sabia da origem do problema, mas respondeu:
“Ainda não. Eu estava lá [nos boxes], acabei perdendo potência, então eles me disseram para parar, mas não é o fim do mundo.”
No entanto, o problema que Vettel e Hamilton tiveram provavelmente não deve ter ligação, ou se quer foi algo provocado pelo circuito.
Com um calendário tão extenso, grande parte do grid está na sua terceira unidade de potência. Algumas equipes realizaram trocas de componentes para correr o GP da Holanda, mas alguns estão perto de tomar uma punição.
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A Mercedes é a que apresenta o motor mais confiável, mas de qualquer forma tanto a dupla da Mercedes quanto Sebastian Vettel da Aston Martin estão a um passo de receber uma punição.
Unidades de potência que tem mais quilometragem costumam ser usadas as sextas-feiras, para que seja possível contar com um motor melhor para o restante do fim de semana, principalmente durante a classificação e corrida. Ainda vale lembrar que neste ano os trenos livres realizados na sexta-feira perderam meia hora de prática.
Com os novos ajustes realizados pela Fórmula 1 no calendário, a categoria tem 11 provas programadas até o final da temporada. Alguns times como Red Bull e Ferrari estão analisando o melhor momento para realizar a troca do motor, mas querem fazê-la em uma pista onde seja possível realizar ultrapassagens.
É comum dizer que os times têm três motores por temporada, mas o que faz uma unidade de potência na Fórmula 1 é o conjunto de sete elementos. Todos eles têm um limite de utilização por ano: cada piloto pode usar 3 motores de combustão interna (ICE), 3 turbocompressores (TC), 3 MGU-H, 3 MGU-K, 2 sistemas de armazenamento de energia (ES), 2 centrais eletrônicas (CE) e 8 exaustores. Ao exceder a sua utilização os pilotos são penalizados com a perda de posições no grid.
A situação dos times está desta forma durante o GP da Holanda:
Piloto | Equipe | ICE | TC | MGU – H | MGU-K | ES | CE | EX |
Lewis Hamilton | Mercedes | 3 | 3 | 3 | 3 | 2 | 2 | 3 |
Valtteri Bottas | Mercedes | 3 | 3 | 3 | 3 | 2 | 2 | 3 |
Max Verstappen | Red Bull | 3 | 3 | 3 | 3 | 2 | 2 | 5 |
Sergio Pérez | Red Bull | 3 | 3 | 3 | 3 | 3 | 3 | 5 |
Daniel Ricciardo | McLaren | 3 | 3 | 3 | 2 | 2 | 2 | 3 |
Lando Norris | McLaren | 3 | 3 | 3 | 3 | 2 | 2 | 3 |
Lance Stroll | Aston Martin | 3 | 3 | 3 | 2 | 2 | 2 | 3 |
Sebastian Vettel | Aston Martin | 3 | 3 | 3 | 3 | 2 | 2 | 3 |
Fernando Alonso | Alpine | 3 | 3 | 3 | 3 | 2 | 2 | 6 |
Esteban Ocon | Alpine | 3 | 3 | 3 | 3 | 2 | 2 | 8 |
Charles Leclerc | Ferrari | 3 | 3 | 3 | 2 | 2 | 2 | 5 |
Carlos Sainz | Ferrari | 3 | 3 | 3 | 2 | 2 | 2 | 5 |
Yuki Tsunoda | AlphaTauri | 3 | 2 | 2 | 3 | 3 | 3 | 5 |
Pierre Gasly | AlphaTauri | 3 | 3 | 3 | 3 | 2 | 2 | 5 |
Kimi Raikkonen | Alfa Romeo | 2 | 2 | 2 | 2 | 2 | 2 | 5 |
Antonio Giovinazzi | Alfa Romeo | 2 | 2 | 2 | 2 | 2 | 2 | 5 |
Nikita Mazepin | Haas | 2 | 2 | 2 | 2 | 1 | 2 | 4 |
Mick Schumacher | Haas | 2 | 2 | 2 | 2 | 2 | 2 | 4 |
George Russell | Williams | 3 | 3 | 3 | 2 | 2 | 2 | 3 |
Nicholas Latifi | Williams | 3 | 3 | 3 | 2 | 2 | 2 | 3 |
As equipes clientes da Ferrari ainda estão na segunda utilização da unidade de potência, possivelmente aguardando a atualização do novo motor, para não sofrer penalizações.
As punições acontecem quando o elemento é excedido e são cumulativas – se o time optar pela troca de mais de um elemento – algo que é muito comum, pois as punições para a troca destes elementos é severa. Se a punição acumular mais do que quinze posições no grid, o piloto larga do final do pelotão, desta forma é muito comum as equipes optarem por uma troca geral, podendo contar com este elemento para realizar o revezamento em outras provas.
Na primeira vez que o elemento adicional é usado, o piloto perde 10 posições no grid, mas se ela ocorrer outras vezes, a troca do mesmo elemento vai gerar a perda de cinco posições no grid de largada.
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