Com o crescimento da McLaren e a reação da Mercedes em algumas etapas, Red Bull e Ferrari passaram a questionar o design da asa dianteira adotada pelas equipes rivais. No entanto, após algumas verificações, a FIA divulgou que todas as asas dianteiras usadas pelas equipes em 2024, estão atualmente legais e em conformidade com os testes realizados.
A Mercedes atribui parte da melhora do seu desempenho, a mudança realizada na asa dianteira. Enquanto a McLaren teve um ganho de desempenho a partir de Miami, quando um grande pacote de atualizações foi introduzido no MCL28, quando o carro ganhou uma nova asa dianteira.
No entanto, esse progresso foi muito notado, as equipes rivais passaram a suspeitar de alguma possível ilegalidade. Ainda em julho, a FIA comunicou aos times a realização de alguns testes na Bélgica, para identificar se as asas dianteiras estavam flexionando além do permitido.
Desde antes das férias a FIA iniciou o processo de monitoramento, instalando câmeras voltadas para as asas dianteiras para identificar se as equipes estavam trabalhando com “asas flexíveis” e se era necessário mudar os processos de testagem.
Os engenheiros na Fórmula 1 estão frequentemente buscando meios de extrair mais desempenho do carro, enquanto exploram áreas cinzentas dos regulamentos. A asa traseira também passou por um processo de análise da FIA e conta até mesmo com marcações para que a flexão possa ser observada ao longo de várias das sessões.
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Por meio da declaração a Federação Internacional de Automonilismo disse: “A FIA está examinando as asas dianteiras em todos os eventos com inúmeras verificações (conformidade das superfícies, conformidade das deflexões) com relação ao Regulamento Técnico da F1 relevante. Todas as asas dianteiras estão atualmente em conformidade com os regulamentos de 2024.”
“Desde o Grande Prêmio da Bélgica, a FIA adquiriu dados adicionais durante as sessões de TL1 e TL2 para avaliar comportamentos dinâmicos por meio de uma câmera de vídeo exigida pela FIA, que captura áreas da asa dianteira que não são visíveis pelas câmeras oficiais da FOM.
“Este exercício continuará pelo menos até Singapura para garantir que todas as equipes tenham usado a câmera obrigatória da FIA em diferentes tipos de pistas (downforce baixo, médio, alto e muito alto).
“Isso garantirá um grande banco de dados permitindo à FIA traçar o quadro mais objetivo da situação e quantificar as diferenças entre os vários padrões dinâmicos observados na pista.”
“Outras áreas do carro – incluindo a asa traseira e as bordas do assoalho – têm padrões de carga aerodinâmica muito mais consistentes em toda a grade, proporcionando um teste de deflexão de carga mais universal.”
“A FIA tem o direito de introduzir novos testes se houver suspeita de irregularidades. Não há planos para medidas de curto prazo, mas estamos avaliando a situação com o médio e longo prazo em mente.”
“Na regra atual, é definido que as asas usadas não podem flexionar “mais do 5mm, quando medidas ao longo do eixo da carga, quando uma carga pontual de 60 N é aplicada normal ao flap.”
Não existe um plano de ação imediato para gerar mudanças, o regulamento não será alterado com apenas 8 etapas restantes para a conclusão do calendário, mas a situação é avaliada com a visão de médio e longo prazo.
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