Foto: Media Williams
Nesta sexta-feira (29) a Williams anunciou o fim do acordo de patrocínio da ROKiT empresa de tecnologia, como o obtido da ROK Drinks, empresa do seguimento de bebidas.
A Williams havia conseguido o patrocínio em fevereiro de 2019 da empresa de telecomunicações, atuando como seu patrocinador master, mas no comunicado oficial da equipe foi a Williams que optou por realizar o encerramento do contrato com as empresas.
O anúncio veio no mesmo dia em que o grupo Williams Grand Prix Holding, revelou os números desfavoráveis para a empresa. A receita de 2018 era de £ 176,5 milhões que foi para £ 160,2 milhões no ano passado. Na operação da F1, a equipe caiu de £ 130,7 milhões para £ 95,4 milhões em 2019. Os lucros também caíram, a perda de £ 13 milhões, ficou abaixo dos lucros de £ 16 milhões no ano anterior.
Os números apontam que a empresa de telecomunicações está devendo uma quantia significativa para a Williams – o que beira os 10 milhões de libras – pelo período de 2019 e como os resultados de 2020 ainda não foram revelados a empresa deve estar devendo algo proporcional a este período. Por conta disso haveria ocorrido a quebra de contrato, pois a ROKiT havia estendido o patrocínio até 2023.
Quando a equipe passou a perder mais espaço no grid a cada ano, foi iniciado um plano de reestruturação, mas os resultados foram cobrados rapidamente e com o orçamento reduzindo a cada temporada, era mais difícil obter um resultado satisfatório. Nas duas últimas temporadas a Williams obteve apenas o décimo lugar no grid.
Eles não escondem a necessidade de obter uma participação minoritária ou majoritária, mesmo que isso possa afetar o nome da equipe e até mesmo que ele possa desaparecer. Por anos eles foram relutantes em se tornar uma equipe B e perder a sua identidade, mas com o novo regulamento sendo introduzido em 2021, agora pode ser o momento de tomar medidas drásticas para tentar melhorar a sua posição no pelotão.
A Williams sabe que poderá utilizar mais o túnel de vento com o novo regulamento. Com mais horas disponíveis para formar o novo carro, aliado a um time de peso trabalhando nele, o desenvolvimento nas pistas tem chances de melhorar, principalmente por ser um momento novo para todos do pelotão. Apesar de estarem considerando o que fazer com a equipe nos últimos meses, a notícia da Fórmula 1 nesta semana, pode favorecer eles nos próximos campeonatos e por isso eles estariam arriscando agora.
A quebra de contrato com a ROKiT pode facilitar as negociações futuras, onde não seria necessário levar em consideração as demandas e pedidos da patrocinadora. Agora eles iniciam uma nova fase, lidando com as cartas que eles ainda possuem.
O conselho sabe que pode não receber propostas, mas está otimista com o futuro. Dentro do time muita coisa já foi reestruturada, novas contratações como a de Simon Roberts e agora eles acreditam que voltar para as pistas será possível, encontrando um pouco mais de tempo para lidar com a situação.
Agora eles entendem que se a venda for necessária para salvar quem trabalha com o time, ela será realizada, mas se for possível encontrar um método que faça eles permanecer sem necessitar esta forma mais drástica, assim será feito. Durante os próximos meses o que aparecer será considerado.