O GP de Miami acontecerá neste fim de semana, para a primeira passagem da Fórmula 1 pelos Estados Unidos em 2025. O evento contará com Sprint, para apimentar ainda mais a disputa pelo campeonato.
O fim da rodada tripla marcou o início da liderança de Oscar Piastri na tabela, o piloto australiano alcançou os 99 pontos, faturando duas vitórias seguidas e a terceira do campeonatoda temporada.
Lando Norris é o segundo colocado com 89 pontos, o fato de só ter vencido a prova de abertura do campeonato, combinado a algumas classificações ruins, fizeram o britânico ser superado pelo companheiro de equipe.
A próxima corrida acontece no circuito onde Lando Norris obteve a sua primeira vitória na Fórmula 1, podendo ser um fator motivacional para o piloto obter um bom resultado e gerenciar o campeonato.
Mesmo reclamando constantemente do carro, Max Verstappen aparece na terceira posição, com 87 pontos. Apesar dos problemas enfrentados com o RB21, o neerlandês tem extraído o máximo do seu equipamento, chamando a atenção pelos resultados obtidos e a mínima diferença que existe entre ele e Lando Norris.
As participações no pódio de George Russell têm contribuído para o britânico estar entre os líderes com os seus 73 pontos conquistados.
Do GP de Miami para a frente, é quando as equipes devem começar a instalar pacotes de atualização mais completos. A prova do ano passado representou o momento de virada da McLaren e a sua crescente, ganhando cada vez mais força na competição.
Ferrari e Red Bull estão planejando ajustes importantes para essa fase, pois as duas equipes precisam melhorar o seu ritmo de corrida, a ideia é reduzir a diferença para a McLaren e intensificar o duelo tanto pelo campeonato de pilotos, como o mundial de construtores.
O Circuito de Miami
O primeiro GP de Miami foi disputado em 2022, a corrida foi incorporada ao calendário como a segunda prova anual nos Estados Unidos, com o intuito de aumentar a visibilidade da Fórmula 1 no país. No ano seguinte, o GP de Las Vegas foi definido como a terceiro evento, após a já consolidada prova em Austin.
Miami “se tornou” um evento equiparável ao GP de Mônaco, em um circuito não europeu. O prova neste traçado é mais uma alternativa para as equipes contarem com convidados, que podem se tornar futuros investidores ou melhorar o relacionamento com os patrocinadores, aproveitando o momento para usar pinturas especiais para agradar. A corrida em Mônaco era o momento em que as equipes mais visavam fazer esse networking, mas com a expansão constante do calendário, foi necessário pensar em outras formas de estar ainda mais presente.
O glamour de Mônaco sempre foi um ponto atrativo, porém, com a mudança do formato do fim de semana as coisas ficaram um pouco mais complicadas.
Até agora as corridas neste traçado não emplacaram, principalmente por ser uma corrida que é geralmente resolvida com apenas uma parada. A Pirelli está tentando uma mudança nesse quesito para o evento de 2025, fornecendo a gama macia de pneus – formada pelos compostos: C3 (duro – faixa branca), C4 (médio – faixa amarela) e C5 (macio – faixa vermelha).

A fornecedora de pneus está buscando uma alternativa para tornar a prova mais movimentada, sendo uma forma de tentar implementar a segunda parada de pneus. No entanto, essa mesma tática foi aplicada no GP da Arábia Saudita, mas as equipes conseguiram contornar e concluir a prova com apenas uma troca de pneus, pois o desgaste dos compostos não foi tão acentuado.
O que difere a corrida no Circuito de Jeddah, é que neste fim de semana as equipes vão enfrentar um evento sprint e a distribuição dos pneus sofre uma alteração, os times vão trabalhar com apenas 12 jogos de pneus, diferente dos 13 habituais.
A Sprint contribuirá para que os times compreendam a operação dos pneus, entendendo quando será o melhor momento para realizar as suas paradas. As trocas também podem ser influenciadas pela entrada do Safety Car ou pelo Virtual Safety Car. Por ser um circuito de rua, é normal que alguns pilotos passem um pouco do limite e alguns incidentes aconteçam.
A maior dificuldade que as equipes devem enfrentar neste ano, são as altas temperaturas, que colaboram para gerar o desgaste térmico dos pneus. As temperaturas no asfalto podem superar os 50 °C e isso tem um impacto direto no comportamento dos pneus.
A pista, por sua vez, tem um asfalto liso, desta forma é mostrado um rápido avanço na evolução dos tempos, conforme os carros permanecem mais tempo em contato com o asfalto.
O traçado é um grande desafio, a pista é extremamente veloz, mas também conta com uma combinação de curvas de baixa e alta velocidade. Os três setores do traçado são bem diferentes, portanto, em cada uma dessas partes os carros têm comportamentos distintos, o melhor será aquele que obter o melhor equilíbrio. O circuito de Miami compartilha com Barcelona algumas características do traçado espanhol. As curvas de alta velocidade no início da volta, as longas retas que esfriam os pneus, a dificuldade para manter os compostos trabalhando em uma temperatura ideal.

Os engenheiros ainda falam que esse traçado é a combinação de outros tantos circuitos da F1, como as retas comparadas ao estilo de Baku, as curvas de alta de Silverstone e o setor três lembra a parte que os pilotos enfrentam no autódromo Hermano Rodriguez. Referências é o que não faltam. Neste fim de semana os pilotos vão completar 57 voltas.
O nível de downforce é o médio, enquanto os carros conseguem se beneficiar de uma combinação de DRS e vácuo, para produzir velocidades muito altas: como no ano passado quando Lance Stroll, guiando o seu Aston Martin atingiu 355 km/h na corrida.
O DRS é liberado para uso em três partes do circuito, tentando mais uma vez ser uma alternativa para contribuir com as ultrapassagens.
Por ser um traçado de rua as equipes precisam ficar atentas as estratégias, pois o acionamento do DRS pode mudar a dinâmica da prova.
Baku e Miami são circuitos com maior sensibilidade ao arrasto. É necessário otimizar o carro para a reta de 1,28 km entre as curvas 16 e 17. A pista tem 5.412 km, mas foram produzidos 75 circuitos diferentes, enquanto 36 foram simulados antes que a fosse definida a versão oficial do traçado.
Neste traçado é importante se classificar bem, pois as ultrapassagens não foram tão efetivas durante a primeira edição. Mas o novo asfalto implementado em 2023 promete fornecer mais aderência, desta forma os competidores podem ter a chance de se arriscar mais.
Como funciona o evento Sprint?
A Sprint
Desde o ano passado a prova em Miami é disputada como um evento Sprint, na tentativa de melhorar a ação do fim de semana como um todo. As equipes vão enfrentar duas classificações e duas corridas, mas em sessões combinadas.
A ideia é que os times possam trabalhar alterando a configuração dos carros, por conta de o evento contar com dois sistemas de parque fechado.
- Na sexta-feira o dia começará com um TL1 (de 60 minutos), está será a única atividade avaliativa e preparatória para os competidores;
- No final do primeiro dia será definido o grid de largada da prova Sprint;
- O sábado por sua vez começa com a Sprint (prova de 100 km);
- Com a conclusão da primeira fase do fim de semana, os pilotos vão retornar ao traçado mais uma vez no sábado, agora para definir o grid de largada da corrida principal;
- O domingo fica com a prova principal como tem acontecido desde a implementação deste formato.
Classificação Sprint
Na classificação para a prova Sprint, volta a obrigatoriedade do uso dos pneus.
- Q1 e Q2, os competidores são obrigados a usar um conjunto de pneus médios novos – C4;
- Q3 pneus macios – C5;

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