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Cassidy salta para a ponta, segura e Dennis e vence Corrida 2 em Berlim da Fórmula E

Após começar a corrida da 8ª posição, Cassidy fugiu de problemas para celebrar uma vitória neste domingo, sendo seu quarto pódio em cinco etapas

Novamente neste domingo (23) tivemos uma corrida extremamente movimentada em Berlim. Nick Cassidy que começou a prova da oitava posição, fugiu de acidentes e de algumas disputas mais intensas para vencer a Corrida 2 da Fórmula E em Berlim.

O sábado foi encerrado com problemas internos na Envision entre os pilotos. No domingo, enquanto Sébastien Buemi perdeu a chance de lutar por um resultado melhor por ter danificado a sua asa dianteira, o piloto neozelandês da Envision, saltou para a ponta, resistiu as investidas de Jake Dennis e venceu a prova em Berlim.

Depois de quatro corridas fora dos pontos, Dennis volta à zona de pontuação e faturou um pódio com a Andretti. Jean-Éric Vergne completou o pódio depois de participar da luta pela vitória.

Entre os brasileiros, Lucas di Grassi batalhou por contos, mas terminou mais uma corrida em Berlim fora da zona de pontuação, o piloto foi o décimo segundo colocado. Sergio Sette Câmara não conseguiu fazer uma boa classificação e ficou apenas com o décimo quinto lugar.

Saiba como foi a Corrida 2 da Fórmula E em Berlim

As condições climáticas mudaram neste domingo, a chuva deixou a pista molhada e foi um fator importante para mudar a ordem do grid estabelecida no sábado. Com uma nova classificação os competidores tiveram a oportunidade de batalhar mais uma vez por uma posição melhor e com isso a ABT surgiu na ponta e fechou a primeira fila.

A dupla Robin Frijns e Nico Müller surpreenderam e travaram a batalha final para definir quem seria o pole. Frijns que se machucou ainda no início da temporada e retornou no e-Prix de São Paulo, está disputando a sua terceira prova com a ABT. Essa é a primeira pole do piloto com a nova equipe.

Largada

Antes do início da prova, a temperatura na pista estava na casa dos 23°C, com 16°C no ambiente. A chance de chuva era baixa e a pista estava seca.

Entre os brasileiros, Lucas di Grassi conseguiu a décima terceira posição, enquanto Sette Câmara foi apenas o décimo nono colocado.

A posição dos pilotos da ABT geralmente não é entre os primeiros colocados, na realidade, em condições normais de classificação e corrida a dupla da ABT se encontra no final do pelotão.

Antes da largada ser autorizada, algumas pessoas invadiram a pista e o início da corrida precisou ser abortado. Foram alguns segundos antes da corrida começar que a direção de prova precisou adiar a largada da prova para realizar a remoção das pessoas.

Largada autorizada, Frinjs manteve a ponta, acompanhado por Müller. A disputa era intensa entre os competidores. Rowland que largou à frente de Di Grassi despencou no pelotão e caiu para a vigésima segunda posição. Di Grassi era o décimo quarto colocado.

Com duas voltas, Da Costa ficou com a asa dianteira do carro danificada. O piloto era o décimo colocado. Novamente os competidores estavam repetindo a estratégia do sábado – realizando a ativação do Modo de Ataque de um minuto.

No sexto giro, os dez primeiros eram: Frijns, Evans, Vergne, Müller, Buemi, Wehrlein, Da Costa, Dennis, Cassidy e Bird. As posições se alternavam conforme os pilotos buscavam o Modo Ataque. Para muitos era a necessidade de se livrar dessa potência extra, pois se a corrida fosse caótica como no sábado, o Safety Car poderia aparecer na pista.

A corrida seguiu, Evans e Vergne apareceram como líderes da corrida. Na parte de traz do grid, os pilotos também estavam fazendo a utilização da potência extra.

A ABT ainda estava se sustentando nas primeiras posições do grid com dez voltas completadas.  As batalhas no pelotão seguiram, mas a estratégia da Porsche era diferente. Wehrlein e Da Costa conservaram o seu Modo Ataque para utilizar mais à frente.

Na décima segunda volta, Frijns aparecia na décima terceira posição, enquanto Müller surgiu na liderança da corrida. Wehrlein era o segundo colocado, usando o seu Modo Ataque de um minuto, enquanto Da Costa estava eliminando três minutos da sua potência extra.

Lotterer perdeu o controle do carro e extravasou os limites de pista, o piloto alemão caiu para a vigésima segunda posição, atrás de Rowland. Foi nesse instante que Da Costa saltou para a terceira posição ao ultrapassar Buemi. O piloto da Envision fazia o possível para estar entre os três primeiros colocados e conquistar um pódio.

Na décima quarta volta, Buemi fez uma grande manobra, arriscou e surgiu na ponta. Como os primeiros colocados estavam tão próximos, pedaço de carro se soltou, por conta dos toques.

O duelo entre a dupla da Porsche e da Envision estava bem intensa, Da Costa se arriscava e dava emoção para a prova. Novamente a prova em Berlim se desenhava para uma corrida extremamente movimentada.

Mortara que tinha ganhado várias posições, ficou com a dianteira do carro danificada, o piloto da Maserati precisou recorrer aos boxes para passar por reparos.

Quando a corrida chegou na metade, os dez primeiros eram: Wehrlein, Da Costa, Vergne, Dennis, Cassidy, Buemi, Evans, Müller, Di Grassi e Vandoorne. Bird que também estava em duelos intensos pelo pelotão, precisou substituir a asa dianteira, perdendo tempo com a passagem nos boxes.

As ultrapassagens aconteciam de forma constante, na volta seguinte já era a vez de Vergne mais uma vez surgir na ponta. Nada estava definido até aquele momento da prova.

Buemi danificou a asa dianteira e na volta 22 começou a perder posições. O piloto suíço foi mais um dos competidores que precisou recorrer aos boxes e a substituição da asa dianteira. Vergne perdeu a liderança depois de errar a freada e Wehrlein retomou a ponta. O pelotão não se separava, dessa forma mais ultrapassagens eram contabilizadas. O incidente entre Vandoorne e Di Grassi foi notado pela direção de prova.

No giro 28, Evans e Wehrlein, duelavam pela quinta posição. Dennis era instruído para manter a pressão em Cassidy mais deixar os ataques para a reta final da prova.

Adentrando nas últimas dez voltas, os dez primeiros eram: Cassidy, Dennis, Da Costa, Evans, Vergne, Wehrlein, Günther, Vandoorne, Di Grassi e Ticktum.

A corrida esteve mais movimentada no começo da prova, mas os pilotos tentavam perseguir um resultado melhor. Di Grassi partiu para ativar o último Modo Ataque na volta 32, contando com 3 minutos de potência extra. O piloto precisou abandonar o Top-10, para buscar cumprir o regulamento.

Günther que conseguiu entrar na disputa e buscava mais pontos, aproveitou um deslize de Wehrlein para assumir o sexto lugar. Deixando o piloto da Porsche para trás depois de ter brigado com os primeiros colocados.

Restando apenas quatro voltas para o final, Cassidy, Dennis, Vergne, Evans, Da Costa, Günther, Wehrlein, Vandoorne, Müller e Ticktum.

Cassidy recebeu a bandeira quadriculada na primeira posição, mesmo lidando com a pressão de Dennis até o final da corrida.

 

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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