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Zhou Guanyu supera Max Verstappen e lidera segundo dia de testes no Bahrein

Equipes mais uma vez concentram dia de testes na coleta de dados, testes de configuração e verificação de pneus médios e duros

O segundo dia de testes foi concluído no Bahrein, a atividade desta sexta-feira (24) mais uma vez ajudou os times a coletar dados, testar configurações diferentes e adquirir quilometragem.

Zhou Guanyu aproveitou os últimos 30 minutos de atividade para trabalhar com os pneus macios e aferir uma volta rápida no traçado para encerrar o dia como líder da atividade. O piloto da Alfa Romeo anotou 1m31s610 para ficar com a liderança. Zhou era uma exceção na pista trabalhando com os pneus macios. Os competidores estavam em programas distintos, principalmente quando o final da atividade foi se aproximando.

Max Verstappen ficou encarregado de guiar o carro da Red Bull nesta tarde e novamente o piloto holandês dominou a atividade. Max anotou 1m31s650, tampo obtido ainda quando a pista estava quente e o piloto trabalhava com os pneus médios. O holandês encerrou a sessão na segunda posição, usando compostos médios que já estavam degradados.

Fernando Alonso surgiu mais uma vez entre os primeiros colocados, ficando com o terceiro lugar, o espanhol foi seguido por Nyck De Vries e Nico Hülkenberg que completaram o top-5. Enquanto Carlos Sainz liderou a sessão da manhã, o espanhol foi empurrado para o sexto lugar, Charles Leclerc que realizou os testes vespertinos, ficou com a oitava posição. Novamente é importante lembrar que os tempos não são os mais importantes e sim a quilometragem ou o fato dos times evitarem quebras dos carros.

E por falar em quilometragem, Logan Sargeant completou 154 voltas com a Williams, enquanto Fernando Alonso obteve 130 giros com o carro da Aston Martin. Zhou Guanyu que foi o líder da atividade, completou 133 giros, depois de uma manhã bem fraca em número de voltas. Enquanto esses pilotos conseguiram fazer várias voltas, a Mercedes encerra o dia com menos de 100 voltas completadas.

O foco segue na obtenção de quilometragem, enquanto as equipes avaliam diversas configurações e realizam ajustes nos seus equipamentos.

Novamente os competidores deram mais atenção aos pneus médios e duros, tentando se preparar para o próximo fim de semana. Muita simulação de corrida foi realizada durante todo o dia, mas novamente os pilotos se dedicaram aos stints mais longos quando o cair da noite foi ditando o final do segundo dia de testes.

George Russell foi o único piloto neste segundo dia de testes que provocou o acionamento de uma bandeira vermelha. O piloto da Mercedes conseguiu completar apenas 26 voltas, antes do W14 apresentar um problema hidráulico e impedir que o britânico realizasse mais testes.

Tarde

Os pilotos que guiaram a tarde, contavam com 4h15 de atividade. Algumas equipes como Red Bull, AlphaTauri, Ferrari, Alpine, Haas, Mercedes e McLaren optaram revezar os seus pilotos neste segundo dia de atividades, desta forma, estavam preparando os carros para que o outro piloto titular pudesse realizar os testes no Sakhir.

Zhou Guanyu que completou poucas voltas pela manhã, rapidamente entrou na pista para dar continuidade ao cronograma de testes estipulado pela Alfa Romeo.

“Como piloto de testes, o que você precisa é entender o que está acontecendo com o carro, sentir o carro e entender também para quem você está trabalhando; você não está trabalhando para você”, disse o embaixador da Aston Martin, Pedro de la Rosa.

“Você está trabalhando para dois pilotos, eles são os pilotos oficiais da corrida, e ambos podem ter estilos de direção diferentes, então você precisa se adaptar às necessidades deles, sabendo o que cada um deles gostaria dos diferentes itens durante o teste”, seguiu.

Embora os pilotos reservas não estejam participando dos testes do Bahrein guiando os carros, os competidores realizaram várias simulações dos carros nos últimos dias, ajudando na coleta de dados e também no aperfeiçoamento de peças para os equipamentos que estão em pista nesta semana.

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Max Verstappen assumiu o RB19 nesta tarde, o holandês foi para a pista com os pneus protótipos e rapidamente anotou 1m32s519, para ocupar o segundo lugar na tabela de tempos. Piastri estava no circuito usando pneus médios, enquanto realizava testes aerodinâmicos para a McLaren com o uso do flow-vis.

Com meia hora de atividade, Verstappen saltou para a ponta anotando 1m31s863 com um jogo de pneus médios novos. O piloto seguia da onde parou na quinta-feira, guiando de forma confortável o RB19. O holandês também realizou alguns testes aerodinâmicos para a Red Bull, com o flow-vis sendo escolhido para as avaliações.

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Depois dos testes feitos por Norris pela manhã, Piastri foi escalado para guiar o MCL60 e melhorar a quilometragem da McLaren, após um dia complicado para a equipe de Woking. Claro que ver os pilotos da McLaren no final da tabela de tempos chama a atenção, mas os competidores e seus times parecem focados na coleta de dados e ainda em testes aerodinâmicos.

Restando ainda três horas de testes, Leclerc saltou para o quarto lugar anotando 1m32s725 com um novo jogo de pneus médios. O monegasco estava separado por mais de 1 segundo de Verstappen.

A Red Bull chama a atenção em desempenho e confiabilidade, todos acreditam que a equipe está muito forte para esse início de temporada. Algumas declarações por parte da Mercedes, afirmam que o W14 é um carro melhor que o W13, mas os alemães não acreditam que vão disputar o título de 2023 com Red Bull e Ferrari.

“Você definitivamente entra na temporada acreditando [que pode vencer o campeonato]. Sempre acreditei, mas você precisa ter uma visão racional quando chegar à pista e aprender. Acho que definitivamente acreditamos que eventualmente teremos um carro capaz de entrar nessa luta. Se teremos o próximo fim de semana no Bahrein, acho que pode ser um pouco difícil. [Red Bull] parece muito forte, eles parecem muito estáveis, o carro parece muito bom e, obviamente, Max [Verstappen] está se saindo muito bem. Acho que, realisticamente, será um trecho para a próxima semana, mas não há razão para que eventualmente não possamos chegar lá em algum momento deste ano. E sempre vimos a força da Mercedes e seu ritmo de desenvolvimento”, afirma George Russell.

Na pista, o carro de Leclerc começou a apresentar algumas faíscas por conta do piso que estava raspando no traçado. As imagens indicam uma alteração da Ferrari na altura do carro, bem como uma mudança de configuração.

Sargeant foi o primeiro piloto a ultrapassar as 100 voltas, seguido por Alonso, enquanto a AlphaTauri foi a primeira equipe a quebrar a barreira dos 100 giros no circuito do Sahkir.

Restando duas horas para o encerramento do segundo dia de testes, os dez primeiros eram: Verstappen, Hülkeberg, Sainz, Sargeant, Leclerc, Alonso, Zhou, Piastri, Gasly e Magnussen. A pista estava mais vazia, com apenas Sargeant e Zhou completando alguns giros com os pneus duros.

Meia hora depois foi a vez de George Russell provocar uma bandeira vermelha. O carro do piloto apresentou um problema eletrônico, deixando o britânico lento na pista depois que o carro ficou travado na quarta marcha e não ganhava potência. Rapidamente a equipe de pista entrou no traçado para realizar a remoção do W14, mas tiveram que esperar os mecânicos da Mercedes para que eles protegessem o carro, evitando fotos detalhadas do modelo.

Não tinha muito tempo que Russell havia retornado ao seu carro, o piloto completava voltas com os pneus médios. Enquanto Hamilton obteve 72 voltas com o W14 pela manhã, Russell só tinha 26 quando o carro apresentou problemas.

Assim que atividade foi retomada os pilotos não perderam tempo e seguiram para a pista. Foi possível notar Leclerc perseguindo Alonso avaliando o carro em interação com outros equipamentos. De Vries passou a usar os pneus macios, enquanto o restante apostava em pneus médios. Com o uso dos compostos macios o piloto da AlphaTauri saltou para a segunda posição ao anotar 1m32s403. A noite no Bahrein já tinha caído.

Ao adentrar na última hora de atividade, os dez primeiros eram: Verstappen, De Vries, Alonso, Hülkenberg, Sainz, Sargeant, Leclerc, Zhou, Piastri e Gasly.

A Mercedes tampou a entrada dos boxes para verificar o carro de Russell, mas a ação acontecia de forma tão devagar. O time identificou um problema hidráulico, desta forma a participação da Mercedes nos testes desta sexta-feira foram encerrados.

Zhou Guanyu surgiu no terceiro lugar, trabalhando com os pneus macios, o piloto chinês anotou 1m32s214, enquanto os outros competidores estavam dando atenção aos pneus médios ou duros. Com a sessão sendo realizada em condições semelhantes as que os times vão enfrentar na próxima semana, muitas equipes aproveitaram esse momento para testar configurações que podem auxiliar na disputa da primeira corrida da temporada.

Instantes depois o piloto da Alfa Romeo assumiu a liderança da atividade ao anotar 1m31s610 e superar o tempo estabelecido por Max Verstappen.

“Testar é exatamente isso – trata-se de testar absolutamente tudo. Processos, regulamentos, peças do carro, aptidão do piloto, se as pistolas de roda funcionam, sinais, feedback, análise de dados… Há tanto trabalho acontecendo nos bastidores que você só vê uma fração no dia da corrida, e é por isso que o os pilotos sempre se lembram de agradecer aos bastidores e ao pessoal da fábrica quando vencem”, afirmou Pat Symonds, diretor técnico da Fórmula 1.

Os últimos quinze minutos mais uma vez foram reservados para a FIA realizar testes, além das bandeiras amarelas e o Virtual Safety Car, também operaram o regime de bandeira vermelha. Foi nesse momento em que procedimentos eram testados que o carro de Zhou Guanyu apresentou um problema e não estava entrando no modo de corrida, para ser liberado mais uma vez ao traçado. Na sequência Logan Sargeant ficou com as luzes acessas, apontando uma falha no sistema de recuperação de energia.

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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