| Débora Santos Almeida – publicado em 09/11/2015 às 13:24.
Mas uma mulher está desistindo do seu sonho, hoje Susie Wolff anunciou que vai se aposentar das pistas e deixar o seu sonho para trás, mesmo sendo grata pela Williams ter concedido o lugar de piloto de teste, mas ela não conseguiu ganhar o seu espaço nesse meio.
Ela é uma piloto britânica, Susie começou no Kart e coleciona varias vitórias e por três anos consecutivos ela foi nomeada na categoria British Woman Kart Racing Driver como melhor piloto do ano, depois foi para a Formula Renault e depois Formula Três. No ano de 2012 ela assinou com a Williams para ser piloto de desenvolvimento e depois piloto de teste a primeira mulher a fazer parte de evento oficial depois de Giovanna Amati. No final do novembro vai participar da corrida dos campeões.
Mas um exemplo de mulher na F1 é Monisha Kaltenborn que se tornou chefe de equipe da Sauber e Claire Williams vice-chefe foi responsavel por trazer Felipe Massa para a equipe e assinar contrato a marca de bebidas famosas Martini e fez um acordo com a Mercedes na troca dos motores V8 para os V6.
” Minhas amigas vão me criticar, mas um carro de F1 com o seu nome, sua nacionalidade, feito sob medida e com as cores da equipe é para um piloto o que para quase todas as mulheres é seu vestido de noiva.” Foi dessa forma que Maria de Villota resumil a sua emoção ao ter o primeiro contato com a principal categoria do automobilismo, ela foi piloto de teste daMarrusia, ela veio de uma família tradicional na categoria, seu pai Emili de Villota, participou de dois grandes prêmios em 1970 (” Desde muito pequena eu queria ser como ele. Mas passei a levar isso mais a serio por causa do meu irmão, também Emílio. Começamos a correr de kart e todos os dias havia competição entre nós”.)
A F1 não é só medida na capacidade da pessoa entra também o fator patrocínio que muitas vezes acarreta no final de carreiras que nem começaram, as vezes é melhor apostar em um menino muito jovem do que em uma mulher, mulheres podem competir com homens? Ao meu ver sim, mulheres podem fazer o que quiserem, porém algumas vezes essa opinião fica meio mascarada, veja posso explicar, no começo do ano acharam que seria melhor criar uma categoria só para mulheres, então essas meninas que tem o desejo de um dia se tornarem pilotas teriam a sua ”própria F1” pois mulheres competindo com mulheres não causa desigualdade ou pode ser para não haver pena ou será que nós realmente não somos capazes de competir com homens?
Milhares de sonhos acabam antes de começar, muitas vezes quando nós somos meninas e gostamos de carro ou pedimos para os nossos pais nos colocarem em uma aula de kart, somos drasticamente desencorajadas muitos afirmam que isso não é para meninas e que mesmo que nós possuímos algum talento sempre vai ter um menino que vai ser a primeira opção, que a partir do momento que a gente é uma mulher já não temos chances de correr e nossos sonhos acabam ai.
Algumas vezes vejo alguns rapazes falarem, gostaria que minha namorada gostasse de F1 ou gostaria de conhecer uma mulher que gosta, mas algumas vezes nós ficamos escondidas nas sombras porque a partir do momento que demostramos o nosso interesse somos taxadas, escutamos: -Ela só gosta de F1 porque tem homens bonitos. -Mulher não entende nada de corrida só torcem para o quem está vencendo.” e quando nós começamos entender mais do esporte e comentar as nossas opiniões há sempre um que fala ”para de falar essas besteiras”, se afastam da gente ou como meu pai que perdeu o interesse quando eu manifestei e comecei a me aprofundar no esporte, sofremos preconceito, quando vamos nos autódromos ousomos assediadas ou escutamos o que está fazendo aqui? Você deveria estar em casa.
Alguns homens ainda agem com essa mentalidade, tenho vários amigos que gostam de F1 que são homens e que me respeitam, mas vejo varias dessas manifestações e discursos de ódio, hoje mesmo quando a noticia da Susie saiu vi vários comentários maldosos e medindo a sua capacidade só pelo fato dela ser mulher, isso é muito triste.
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