O GP de Singapura será disputado neste fim de semana, correspondendo a 17ª etapa da temporada 2022. A prova marca o retorno da Fórmula 1 à Marina Bay, depois da pandemia de Covid-19 que impossibilitou a visita da categoria em 2020 e 2021.
O traçado de Singapura é conhecido por diversos pilotos no grid, pois é uma prova que está presente no calendário desde 2008, porém, desta vez eles vão enfrentar o traçado com novos carros e os novos pneus de 18 polegadas, para correr mais uma vez em um circuito de rua.
Para a prova em questão a Pirelli selecionou a sua gama de pneus mais macia, desta forma os times vão trabalhar com os pneus: C3 (duro – faixa branca), C4 (médio – faixa amarela) e C5 (macio – faixa vermelha). Esses compostos trabalham bem com as características e exigências do traçado e também ajudam a fornecer a aderência mecânica.

Os pilotos também vão enfrentar um novo asfalto, feito pela empresa italiana Dromo. O asfalto não é tão macio como o escolhido para os circuitos permanentes, mas é adequado para um traçado de rua, por conta da sua funcionalidade pós-prova.
Como normalmente acontece em circuitos assim, a pista vai evoluindo ao longo do fim de semana, fornecendo mais aderência aos pilotos, mas com a possibilidade de chuva ao longo do fim de semana, as equipes podem pegar ‘pista verde’ antes de sessões decisivas.
Uma outra questão em Singapura, são as tampas de bueiros e as faixas que delimitam a pista para o tráfego normal de carro, algo que os pilotos precisam realizar um reconhecimento antes de buscar as suas melhores voltas.
A prova noturna em nada impede o desafio físico que é correr em Singapura, pois as temperaturas costumam ser bem elevadas e com a umidade, o efeito de ‘sauna’ é sentido pelos pilotos. Ao longo da corrida os competidores podem perder cerca de 3 kg apenas pela transpiração. Mesmo com o cair da noite as temperaturas sofrem pouca alteração.
Para os carros também é uma corrida complicada, pois estamos em uma situação extrema de altas temperaturas, então é normal alguns carros até abandonarem a prova. Nas últimas corridas vários times aproveitaram para realizar a troca dos motores dos seus carros, tentando se preparar da melhor forma para essa reta final do calendário.
Se classificar bem em Singapura também é bem importante, ao longo do fim de semana os pilotos vão ganhando mais confiança para passar próximo ao muro de contenção. Esse é um dos pit-lanes mais lentos da temporada, então é importante estar atento as estratégias e ao que está acontecendo na pista, por conta da aparição de um Safety Car.
Em 2019 quando a última prova foi realizada em Singapura, as equipes principais, realizaram apenas uma parada, largando com os pneu macios e fechando a prova com os compostos duros.
The #F1NightRace pit guide! #Fit4F1 🇸🇬 #SingaporeGP pic.twitter.com/4PYuxfwWPR
— Pirelli Motorsport (@pirellisport) September 22, 2019
As temperaturas elevadas são esperadas ao longo do fim de semana, mas a chuva deixa as equipes em alerta, tanto pela condição física de todos os membros, mas também dos carros e possíveis incidentes.
“Sentimos falta da ação noturna espetacular das ruas de Cingapura! Com pneus de 18 polegadas que têm um composto e estrutura completamente diferentes dos usadoshá três anos – além de asfalto novo este ano – é quase como uma corrida totalmente nova. Cingapura tem tudo a ver com curvas lentas – todas as 23 delas – e maximizar a tração. Temos os três compostos mais macios para máxima velocidade e aderência, mas cuidar dos pneus traseiros para garantir a dirigibilidade necessária será fundamental. Com a tendência de os carros mais recentes saírem de frente, será ainda mais importante encontrar o equilíbrio de configuração certo para garantir uma dianteira forte sem comprometer a aceleração na traseira”, disse Mario Isola.
