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Pirelli faz alteração na gama de pneus do GP de Miami, em busca de uma prova mais movimentada

Assim como foi tentado em Jeddah, a Pirelli fornecerá a gama macia de pneus, em busca de uma corrida em que as equipes possam trabalham com a segunda troca de pneus

Neste fim de semana a Fórmula 1 disputará o GP de Miami, o primeiro evento nos Estados Unidos – dos três programados para a temporada 2025.

A etapa da Flórida marca presença no calendário da Fórmula 1 desde 2022. A prova em questão é disputada em um circuito ao retor do Hard Rock Stadium, casa do time de futebol americano Miami Dolphins.

Neste fim de semana a categoria aproveita o momento para disputar a segunda prova sprint da temporada 2025.

Os pneus escolhidos para a etapa, são os compostos: C3 (duro – faixa branca), C4 (médio – faixa amarela) e o C5 (macio – faixa vermelha), sendo a mesma escolha realizada para o evento em Jeddah há duas semanas.

Pneus da Pirelli para o GP de Miami de 2025 – Foto: Pirelli divulgação

Foi realizada uma mudança para o evento deste ano, depois de trabalhar com a gama intermediária no último evento, a Pirelli optou por usar os pneus da gama macia na corrida deste ano, pois tanto a prova em Miami como em Ímola no ano passado, se basearam na estratégia de apenas uma parada.

O mesmo ajuste aconteceu para a corrida em Jeddah, mas as equipes conseguiram contornar a segunda parada de pneus, por conta da durabilidade apresentada pelos compostos ao longo do evento. Neste fim de semana as equipes não têm como fazer uma verificação mais ampla por conta da Sprint, mas a corrida do sábado ajudará os times a definirem o nível de degradação dos compostos depois dessa alteração.

“Estamos cientes de que equipes e pilotos se tornaram muito hábeis em gerenciar e cuidar de seus pneus para obter o melhor resultado possível na corrida, e que os pilotos sempre querem ir ao limite para experimentar as emoções que só um carro de Fórmula 1 pode oferecer”, comentou Mario Isola, diretor de automobilismo da Pirelli.

As corridas do início do campeonato foram pouco movimentadas por conta da escolha das equipes de não realizar a segunda troca de pneus. Mesmo que os pilotos gostem de andar no limite, os times estão indo pelo lado da estratégia mais conservadora. Até agora o maior problema tem girado ao entorno do superaquecimento dos pneus, pois afetam o gerenciamento dos compostos em alguns carros.

É nesse ponto eu a degradação térmica será novamente um fator para ditar o ritmo do evento. As temperaturas previstas para o evento são muito altas, visto que a temperatura da pista no ano passado ultrapassou os 55 °C.

A superfície da pista foi refeita em 2023, e assim como os eventos em outros circuitos de rua, é esperado que a pista apresente uma grande evolução ao longo das sessões. A Fórmula 1 conta com a presença da F1 Academy e da Porsche Cerrera Cup North America, ao longo do evento para o desenvolvimento da pista.

Até o momento, o Grande Prêmio de Miami tem sido caracterizado por estratégias de apenas uma parada, como visto na edição anterior. Na ocasião, a maioria dos pilotos — 15 dos 20 — iniciou a prova com pneus médios, realizando a troca majoritariamente para o composto duro, enquanto poucos apostaram nos macios, que apresentaram uma degradação surpreendentemente baixa. A diferença de desempenho entre os compostos C2, C3 e C4 foi bastante discreta. Além disso, fatores externos, como a entrada do Safety Car Virtual e, posteriormente, do Safety Car real, influenciaram o momento das paradas.

Novamente antes do evento se desenrolar, a Pirelli acredita que a corrida deste ano pode ser baseada na estratégia de duas paradas.

Está é uma pista que os três setores são bem distintos, proporcionando um giro que o competidor se depara com um pouco de tudo.

  • A primeira parte é formada por uma série com oito curvas de alta velocidade;
  • O segundo setor tem uma longa reta e algumas curvas de baixa velocidade;
  • A parte final do traçado até a linha de chegada consiste em uma reta e três curvas fluídas;

A prova principal é disputada em 57 voltas, em circuito que tem 5.412 km, sendo formado por 19 curvas, 7 à direita e 12 à esquerda. Nesta pista os pilotos também têm disponível a utilização de três zonas de DRS, enquanto as melhores chances de ultrapassagem acontecem nas curvas 1, 11 e 17. A combinação do vácuo e uso do DRS colaboram para os carros atingiram as velocidades mais altas: como no ano passado, quando Lance Stroll obteve a marca de 355 km/h durante a corrida.

Foi mantida a regra da utilização obrigatória dos pneus médios no SQ1 e SQ2 da Sprint Qualy, assim como o uso obrigatório dos pneus macios no SQ3. Para a prova Sprint, as equipes podem definir qualquer pneu para a disputa da corrida, pois não existe obrigatoriedade de parada.

Nos eventos Sprint a Pirelli realiza uma pequena modificação no fornecimento dos compostos, no fim de semana padrão são fornecidos para cada piloto, dois pneus duros, três médios e oito macios; na sprint são dois pneus duros, quatro médios e seis macios, totalizando doze compostos em vez dos 13 habituais.

Horários do GP de Miami – Foto: Ale Ranieri / Boletim do Paddock

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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