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Norris bate Leclerc em simulação de classificação e lidera único treino livre em Xangai

Parte da sessão foi usada para trabalhar o ritmo de corrida com os pneus médios, mas ao final da sessão os pilotos foram liberados para completar algumas voltas em modo de classificação

Uma semana após a primeira batalha da temporada 2025, a Fórmula 1 desembarcou no Circuito Internacional de Xangai para a realização de mais uma prova. O GP da China mais uma vez foi designado para ser palco de um evento Sprint – o primeiro de seis provas com essas características nesta temporada.

Com apenas um treino livre para as verificações, apenas quatro equipes levaram alguma atualização para o circuito. Para as equipes é muito difícil lidar com muitas novidades em um evento como esse, já que eles contam com apenas uma sessão de 60 minutos para a verificação e definição do acerto para o primeiro trecho do fim de semana.

Por conta da quebra do parque fechado, os times podem definir uma configuração para a Sprint e depois redefinir o acerto para a corrida principal. Essa foi uma forma que a Fórmula 1 encontrou no ano passado para tornar esse tipo de prova ainda mais dinâmico.

Quando a sessão foi iniciada, a temperatura na pista estava na casa dos 34 °C, com 22 °C no ambiente. O circuito foi completamente recapeado para 2025, desta forma, os pilotos devem sentir uma rápida evolução da pista.

Os pilotos apostavam no uso dos pneus médios para o início da atividade, esses compostos devem ser os mais populares na corrida de 100 km, desta forma era necessário compreender a durabilidade, já que nesta corrida não existe uma parada obrigatória.

Oliver Bearman abriu a tabela de tempos com a marca com o tempo de 1m40s349, mas que foi rapidamente superado pelos próximos competidores que cruzaram a linha de chegada.

Já nos primeiros minutos de sessão, os pilotos negociavam pelo espaço na pista, para conseguir abrir uma volta rápida e limpa. Alexander Albon escapou rapidamente da pista, passando pela brita, mas seguiu pelo circuito; o mesmo aconteceu com Liam Lawson.

Após dez minutos, os dez primeiros: Piastri, Norris, Russell, Verstappen, Leclerc, Hamilton, Gasly, Tsunoda, Alonso e Sainz. O australiano da McLaren cravou a melhor marca com o tempo de 1m33s336, superando a marca de Norris por 0s026.

Instantes depois de Hamilton cometer um erro, o britânico saltou para a ponta com o tempo de 1m33s224, mas na sequência George Russell conseguiu atingir o tempo de 1m33s017.

A sessão avançou com parte do grid fazendo um stint de cerca de 8 voltas, antes de fazer uma passagem pelos boxes. Os times estavam focados na simulação de corrida, com carros mais pesados por conta da carga de combustível. Os stints mais longos com os pneus médios são uma forma de se preparar para a Sprint que será disputada em 19 voltas.

Restando 35 minutos para o final, os dez primeiros eram: Russell, Leclerc, Hamilton, Antonelli, Verstappen, Piastri, Norris, Sainz, Tsunoda e Albon. Gabriel Bortoleto e Nico Hülkenberg estavam no final da tabela de tempos, trabalhando o ritmo de corrida.

Era possível observar os pilotos testando os limites da pista, assim como dos seus carros. Por ser um circuito com áreas de escape mais generosas, os pilotos conseguiam ir um pouco mais além, sem danificar os seus carros. Os competidores também tentavam compreender melhor este novo asfalto.

Adentrando nos últimos 20 minutos de sessão, Charles Leclerc perdeu o controle do carro e rodou. O piloto monegasco ainda trabalhava com os pneus médios do início da sessão. Andrea Kimi Antonelli informou a Mercedes sobre problemas de bolhas no pneu dianteiro esquerdo.

Os pilotos e suas equipes precisavam compreender a operação dos pneus, principalmente neste novo asfalto.

Restando 13 minutos para o final, o carro de Jack Doohan apresentou um problema hidráulico, o equipamento simplesmente parou de responder nas curvas, perdendo completamente o direcional. O piloto foi instruído pela Alpine para abandonar o carro, com o A525 ficando encostado na reta menor, localizada entre as curvas 10 e 11. Doohan era o décimo quarto colocado na tabela de tempos quando sua participação na sessão foi encerrada.

Após a remoção do equipamento, a atividade foi reestabelecida. Os pilotos então retornaram ao traçado usado um jogo novo de pneus macios, para finalizar a atividade buscando o acerto para a classificação.

O final da sessão foi mais dinâmico por conta da exploração das voltas rápidas. Leclerc então tomou a dianteira com o tempo de 1m32s103, seguido de perto por Norris que tinha uma diferença mínima de 0s058 para o piloto da Ferrari. Hamilton foi empurrado para a terceira posição, com o tempo de 1m32s195.

George Russell ficou com a quarta posição, por conta da diferença de 0s274 para o líder. Oscar Piastri fechou na quinta posição, seguido por Alexander Albon, Fernando Alonso e Andrea Kimi Antonelli. Yuki Tsunoda foi o nono colocado representando a Racing Bulls, com Oliver Bearman completando top-10. Max Verstappen foi apenas o décimo quinto colocado, abortando a sua tentativa de volta rápida, com Liam Lawson em décimo sétimo.

Com o cronômetro zerado, Norris que melhorou o setor dois e três, ficou com a primeira posição com o tempo de 1m31s504, superando o tempo de Leclerc em 0s454. Piastri avançou para a terceira posição com o tempo de 1m32s153, mesmo cometendo um erro na última curva do circuito.

Nico Hülkenberg surpreendeu ao encaixar o carro da Sauber na sexta posição, com o tempo de 1m32s507, superando Albon.

Os pilotos que estavam em pista ainda tiveram a chance de treinar a largada. Os pilotos retornam ao circuito às 4h30 para a definição do grid de largada da prova Sprint.

Horários do GP da China de Fórmula 1 – Foto: Ale Ranieri / Boletim do Paddock

 

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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