A Hungria sempre foi um campo muito bom para a Mercedes, Lewis Hamilton conquistou oito poles e oito vitórias no circuito, o britânico conhece os caminhos da pista. Por outro lado, essa é uma nova temporada, onde a Mercedes não conta com o mesmo carro dominante dos últimos anos, desta forma estão chegando à pista com uma abordagem focada em “precisamos ser realistas”.
Desde o início da temporada a Mercedes evoluiu muito, foram várias atualizações até chegar ao ritmo que o carro tem hoje. E James Vowles, estrategista-chefe afirma que o W13 seguirá recebendo atualizações ao longo da temporada.
A Mercedes ainda não tem um carro para brigar de frente com Red Bull e Mercedes, mas agora que Hamilton não precisa mais andar com o peso adicional dos sensores para verificação do carro, notamos que o inglês tem realizado largadas melhores e até travado algumas brigas. Na França Hamilton largou tão bem que ultrapassou Sergio Pérez e foi até mesmo incomodar Verstappen.
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Contando com os abandonos da Ferrari e os erros do time italiano, a Mercedes tem contabilizado mais pódios. O que parecia ser uma temporada difícil, reforçou mais uma vez a máxima que os seus pilotos sempre ressaltam: a Mercedes conta com bons funcionários e ainda sabemos fazer carros.
No vídeo publicado pela Mercedes, no quadro Race Debrief da equipe, Vowles explicou um pouco mais sobre o GP da Hungria para a Mercedes, mesmo após o time conquistar um pódio duplo na França.
“Ainda não estamos onde precisamos estar para vencer, essa é a resposta imediata para isso, especialmente, por exemplo, no ritmo de classificação e a Hungria vai expor essa fraqueza. Somos realistas, demos passos à frente e posso ver o progresso e podemos ver o progresso de como vamos avançar novamente nas próximas corridas, mas em Budapeste temos que ser realistas”, afirmou Vowles.
Na França o ritmo de classificação da Mercedes não era ruim, mas Hamilton ficou separado por 0s893 de Charles Leclerc, mesmo começando a corrida do 4º lugar, enquanto George Russell era 1s259 mais lento. A Mercedes claramente tem um déficit para os carros das equipes que estão à frente no Campeonato. Na Hungria é extremamente necessário se classificar bem, pois não é um circuito que conta com muitos pontos de ultrapassagem.
“Contamos com um carro forte de corrida, mas podemos não conseguir usar tudo dependendo das condições que nos são apresentadas e precisamos fazer um trabalho melhor do que temos feito para garantir que estamos classificando onde o carro deveria estar, na frente”, seguiu.
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Sobre as atualizações, a Mercedes sabe que precisa fornecer novas peças para que o carro siga evoluindo.
“Em termos de atualizações, sim, são etapas incrementais, são pequenas etapas que estamos adicionando ao carro, mas o ponto importante é que temos planos de introduzir muito mais nas próximas corridas. Não seremos capazes de uma só recuperar o nosso atraso e estar logo com Ferrari e Red Bull.”
Um ponto importante da Hungria é que provavelmente choverá durante a classificação, algo que pode embaralhar o grid e até mesmo ajudar a dupla da Mercedes a conquistar um resultado melhor, mas principalmente Hamilton que tem um bom controle em pista molhada.
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“A corrida tem mais de 50 voltas e ter um carro competitivo em todas elas oferece oportunidades e normalmente conseguimos avanças na corrida com uma posição forte. Dito isso, obviamente preferimos ser mais competitivos na classificação. Haverá algumas pistas como Budapeste que nos causarão problemas e precisamos ter certeza de que estamos realmente lá ou perto para garantir que não tenhamos várias outras equipes entre nós.”
Após o pódio duplo Hamilton reforçou o que foi dito por Volwes, a Mercedes ainda não está onde gostaria