Max Verstappen venceu o GP do Catar, uma corrida que foi marcada por um final dramático, por conta do caos instaurado no final da corrida.
O desempenho da Red Bull chamou a atenção ao longo de todo o fim de semana, mas a equipe austríaca geralmente consegue tirar um melhor proveito de eventos assim. Com a disparidade entre Verstappen e Sergio Pérez na Sprint, a equipe testou algumas configurações diferentes no carro do mexicano, ao aplicar no carro do holandês, ele conseguiu extrair mais desempenho.
O sábado
Quando a Fórmula 1 chegou ao Catar, as equipes se depararam com um cenário diferente. Não estava tão quente como o ano passado, desta forma, a pista estava mais agradável para a coleta de dados.
Novamente os times tiveram apenas um treino livre para obter as suas referências, já que era um evento com Sprint. Mas vale dizer, que com cenários bem diferentes da prova de 2021 e 2023, as equipes precisavam realmente colocar os carros em pista e completar algumas voltas.
Oscar Piastri venceu a prova Sprint, apesar de Lando Norris liderar basicamente todas as voltas da prova. O australiano teve uma reação na largada, melhor que a de Russell e junto com Norris, eles trabalharam a utilização do DRS, para evitar uma ultrapassagem do piloto da Mercedes.
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Norris optou por ceder aquela vitória na Sprint para Piastri, depois do companheiro de equipe ter ajudado o competidor na busca pelo título de pilotos em 2024. Norris inverteu a posição com Piastri próximo da linha de chegada. Apesar de instruções claras para que não fizesse a manobra, pois Russell estava perto, o piloto da McLaren arriscou e devolveu o favor realizado pelo companheiro.
Ao final da prova, Russell ficou um pouco bravo com o jogo de equipe realizado pelos pilotos da McLaren.
- Para a prova Sprint como já era esperado, a maior parte do grid optou por pneus médios para a largada. Por ser uma corrida rápida e que a temperatura não estava tão quente, foi possível completar todas as voltas com esse composto;
- 19 dos 20 pilotos do grid usaram pneus médios na corrida Sprint, apenas Zhou Guanyu usou pneus macios na largada, mas precisou fazer uma troca de compostos, instalando os pneus duros para fechar a corrida;
- Começaram do pit-lane Franco Colapinto e Sergio Pérez, suas equipes realizaram mudanças de configuração nos carros, quebrando o regime de parque fechado;
- Os pneus usados pela dupla da Ferrari na Sprint, foram preparados no TL1, com uma volta controlada para o aquecimento dos compostos, tentando torná-los mais resistentes.
- Na classificação que definiu o grid de largada da corrida do domingo, Russell fez o mesmo processo que a Ferrari, preparando um jogo de pneus médios para a prova;
Domingo
Como a corrida Sprint já tinha apontado, os pneus médios seriam essenciais para a prova. Diferente do ano passado quando a Pirelli e a FIA precisaram implementar um número máximo de voltas para ser completado com os compostos – forçando as equipes a realizarem três paradas, neste ano as equipes não tiveram essa indicação.
A pista passou por um ajuste, modificando as zebras que tinham formato piramidal nas partes mais críticas do circuito. Além disso, como existia o risco dos pilotos irem um pouco além, instalaram caixas de brita em alguns trechos do circuito, punindo imediatamente os pilotos que extravasavam os limites de pista.
Com o Safety Car que surgiu logo depois a largada, foi possível para muitos pilotos estenderem o stint com os pneus médios e instalar os compostos duros, apenas no momento que ocorreu uma nova neutralização da prova.
A Pirelli já apostava que essa seria uma corrida de apenas uma parada e a combinação pneus médios e duros seria suficiente para dar conta das 57 voltas previstas para a prova.
Uma nova neutralização da corrida aconteceu a partir da volta 35, quando Valtteri Bottas atingiu o retrovisor que caiu do carro de Alexander Albon na volta 30. Uma bandeira amarela chamou outra, pois na tentativa de relargada que aconteceu na volta 40, Sergio Pérez e Nico Hülkenberg abandonaram a prova.
- Novamente nesta prova, 19 de 20 pilotos optaram por usar os pneus médios na largada. Nico Hülkenberg foi o único piloto que optou pelos pneus duros para o início da prova;
- Tirando os pilotos que se envolveram no incidente depois da largada, todos os outros tentaram alongar o stint e realizar as suas paradas depois da volta 30;
- George Russell realizou a sua troca de pneus muito cedo, parando na volta 23, o piloto que tinha um carro rápido, ficou no meio do pelotão após realizar a sua parada obrigatória. O britânico foi forçado a parar mais uma vez durante o período de Safety Car, para ter a possibilidade de brigar de igual para igual com os adversários;
- Acompanhando Russell, Valtteri Bottas e Kevin Magnussen também realizaram as suas paradas mais cedo, o finlandês durante o giro 24 e o dinamarquês na volta 27;
- O restante do pelotão, parou depois da volta 34, com a presença do Safety Car em pista. Antes disso, as equipes viveram um momento de tensão, pois bandeiras amarelas foram usadas para sinalizar que na reta existia um pedaço de carro, os times esperaram evoluir para um Virtual Safety Car ou Safety Car, para realizar as suas paradas, mas a direção de prova deixou a corrida acontecer normalmente, até Bottas atingir o pedaço de retrovisor;
- Basicamente Fernando Alonso realizou toda a corrida com pneus médios, o espanhol cumpriu a parada obrigatória na volta 35, parando no giro 36 para voltar aos pneus médios. O espanhol conseguiu concluir a corrida na sétima posição, depois de um início difícil, onde perdeu várias posições;
- Zhou Guanyu conquistou os primeiros pontos da Sauber na temporada 2024, usando a estratégia pneu médio e duro, trabalhando como Max Verstappen e Charles Leclerc;
- Lando Norris deveria encerrar a corrida na segunda posição, mas foi apenas o décimo colocado, acometido com uma punição de 10 segundos – stop/go, pois ignorou as bandeiras amarelas na reta principal, quando ela sinalizava a peça na pista. O piloto foi aos boxes para cumprir a punição, mas não pode instalar um novo jogo de pneus e precisou recorrer aos compostos duros para fazer ultrapassagens e voltar a zona de pontuação;
- Yuki Tsunoda, Liam Lawson e Alexander Albon usaram os pneus macios no final da prova. O tailandês instalou o jogo na volta 35, enquanto os pilotos da Racing Bulls fizeram uma segunda parada na volta 40, mas eles não conseguiram fazer as ultrapassagens esperadas e avançar no pelotão;
- Hülkenberg largou com os pneus duros, por conta de um incidente na largada foi aos boxes mais uma vez e se manteve na estratégia, usando mais um jogo de duros. A escolha não colaborou para o piloto estar entre os dez colocados. Hülk abandonou a prova antes de chegar ao final da corrida, mas cumpriu a sua parada obrigatória na volta 31;
- Lewis Hamilton e Carlos Sainz lidaram com furos de pneus, apenas o espanhol conseguiu se recuperar do problema e fechou a prova em sexto.
Por conta dos furos de pneus nos carros de Sainz e Hamilton, ambos sendo o dianteiro esquerdo. A Pirelli realizará uma checagem dos compostos, para ver às tensões pelas quais os pneus passaram ao longo da corrida. Embora as zebras tenham mudado, ainda é uma corrida muito crítica para os pneus.
Essa pista cobra realmente muito dos pneus, ao passo que as equipes tentam alongar os stints para fazer apenas uma parada, pois o pit-lane do Catar é bem longo.
Alguns carros tiveram o desgaste tão elevado dos pneus, que estavam no limite, mesmo um mínimo detrito de pista pode furar o pneu nessas condições.
Os desempenhos dos pneus C1 e C2 nessa pista foram bem semelhantes.
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