O GP do Catar foi marcado por mais uma controvérsia, e a Federação Internacional de Automobilismo optou por explicar de forma detalhada o que aconteceu ao longo da prova. Uma série de problemas foram desencadeados por conta do retrovisor de Alexander Albon, que não foi recolhido, logo depois de se soltar da Williams.
A corrida, que estava bem morna, mudou de dinâmica depois da volta 29. Ao se soltar do carro de Albon, foi indicado com algumas bandeiras amarelas que existia um problema naquela parte do circuito. Mesmo com a sinalização mudando algumas vezes, Lando Norris, que passou rápido pelo trecho, ignorando a sinalização, foi punido com um stop/go de 10 segundos.
Mais tarde, algumas imagens mostravam que a bandeira amarela foi dada em cima do carro de Norris e seria difícil ele reduzir a velocidade naquele trecho de uma vez. No entanto, a punição foi aplicada da mesma forma.
Para agravar ainda mais a situação, o diretor de corrida, Rui Marquez, que fez a sua segunda prova da Fórmula 1 – substituindo Niels Wittich em Las Vegas – optou por não neutralizar a prova logo de cara, fazendo o uso do Virtual Safety Car ou o próprio carro de segurança em pista, para que a peça fosse recolhida.
Como o espelho ficou lá abandonado, Valtteri Bottas acabou atingindo a peça, quando dava passagem para Carlos Sainz – sendo um carro mais rápido na pista que tinha preferência.
Como o espelho se espatifou, Lewis Hamilton e Carlos Sainz pegaram detritos de pista, que ficaram espalhados pela reta, resultando em um furo de pneu para os dois carros.
O Safety Car então foi liberado para a pista, pegando os competidores para que a limpeza no trecho fosse realizada. Para liberar a reta principal, os carros passaram nos boxes. Hamilton ainda foi punido com um Drive Through, por exceder a velocidade nos boxes.
A explicação para os problemas que aconteceram no Catar, foram as seguintes:
- A prática normal é que o safety car não seja acionado se houver uma pequena quantidade de detritos fora da linha de corrida.
- Os grandes destroços após um carro bater no espelho e os furos que ocorreram logo depois forçaram a decisão de usar o Safety Car.
- O Virtual Safety Car não teria sido uma solução, pois os carros permanecem espalhados e não há tempo suficiente para um fiscal limpar os destroços.
- A FIA revisa constantemente seus métodos e processos e analisará mais detalhadamente o cenário específico e o discutirá com as equipes, a fim de verificar se no futuro será necessário adotar uma linha de ação diferente.
Sobre Lando Norris, a explicação é a seguinte:
- A penalidade estava de acordo com as diretrizes de punições aplicadas às equipes em 19 de fevereiro de 2024.
- Uma infração de bandeira amarela dupla é considerada um sério comprometimento da segurança, razão pela qual tais infrações acarretam uma penalidade tão severa.
Quando as luzes do Safety Car que apresentaram defeito em sua segunda aparição na pista, a FIA disse:
- Durante o 2º período de Safety Car, as luzes apresentaram defeito.
- Todas as equipes foram avisadas verbalmente que o SC estaria presente, então o reinício ocorreu normalmente.
- Embora a razão do mau funcionamento tenha sido identificada e corrigida, por precaução, o Safety Car foi trocado a tempo para sua terceira atuação.
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