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De forma inacreditável, Marcus Ericsson vence GP de Nashville

O carro de Marcus Ericsson suportou a pancada e o voo para garantir a vitória (Chris Jones/IndyCar)

Não há palavras suficientes para descrever como foi o GP de Nashville da Fórmula Indy na estreia do circuito de rua da cidade do Tennessee. A prova foi confusa, com várias entradas do safety car e com a paralisação por bandeira vermelha em duas ocasiões. O mais incrível é que o vencedor da prova, o sueco Marcus Ericsson, chegou a literalmente voar na pista e quase viu sua corrida arruinada, mas com todos os problemas à frente, o piloto da Ganassi acabou levando a melhor.

Ericsson teve um problema logo na quinta volta das 80 programadas para Nashville, quando acertou em cheio a traseira de Sebastien Bourdais quando andava em uma posição intermediária. O Dallara do sueco alçou voo e caiu com danos na parte da frente. Quem se deu pior foi o francês, que ficou com a parte de trás do seu carro toda arrebentada e acabou abandonando.

O piloto da Ganassi conseguiu parar nos boxes e retornou a prova, mas teve que cumprir uma punição de stop-and-go como responsável pelo acidente. Mas daí por diante, sua sorte na corrida mudou completamente.

Duas bandeiras amarelas ajudaram: na primeira, Scott McLaughlin levou um toque de Ed Jones e rodou. Logo depois, na volta 20 , aconteceu o caos.

No momento da relargada, alguns pilotos tentaram ultrapassar mais no meio do pelotão e a bagunça se armou. Will Power empurrou o companheiro de equipe Simon Pagenaud para a barreira de pneus e logo a seguir RInus Veekay e Takuma Sato se acharam. Com as colisões, a pista ficou fechada e quem estava mais atrás. Com a pista obstruída, a direção de prova chamou a bandeira vermelha.

Durante a paralisação, a equipe de Chip Ganassi trabalhou no carro de Jimmie Johnson, que levou uma pancada no acidente da volta 20, com o próprio piloto trabalhando em cima do carro 48, mas como é proibido para qualquer equipe mexer nos carros durante o regime de bandeira vermelha, o heptacampeão da NASCAR foi desclassificado.

Com a corrida retomada, as equipes se dividiram em diferentes estratégias, mas a confusão ainda continuava. A área de pits tinha uma saída complexa, com três linhas diferentes, na qual a marcação da passagem dos boxes gerou certo desentendimento entre as equipes, especialmente a Andretti, que tinha em Colton Herta como principal nome.

 

O filho de Bryan Herta foi dominante no fim de semana, liderando todos os treinos e largando na pole, com um ritmo muito superior ao dos adversários. O piloto da Andretti só perdeu a liderança durante as paradas, mas parecia soberano.

No entanto, outras bandeiras amarelas aconteceram ao longo da prova. Foram oito entradas do safety car até perto do fim da corrida. Na base da estratégia, Ericsson assumiu a dianteira, seguido pelo companheiro de equipe Scott Dixon e Herta ficou para o meio do pelotão, precisando escalar as posições.

Então, o piloto da Andretti iniciou a remontada, passando os adversários um a um. Nem mesmo o hexacampeão da Indy conseguiu segurar o jovem americano. Restava apenas Ericsson para Herta recuperar a ponta.

Colton Herta dominou o fim de semana, mas vacilou no fim (James Black/IndyCar)

Mas o sueco se defendeu bem, usando o push to pass nas retas e neutralizando a vantagem técnica do carro de Herta. O estadunidense tentava encostar, mas forçava o ritmo em busca da ultrapassagem. Faltando 12 voltas para o fim Herta fritou os pneus e perdeu tempo, ficando mais atrás.

Herta conseguiu encostar de novo, mas exagerou na dose mais uma vez e acertou a barreira de pneus faltando seis giros para a bandeirada, para sua decepção e da equipe Andretti.

A nona e última bandeira amarela foi acompanhada de uma nova interrupção em bandeira vermelha. Na última relargada, mesmo com um carro mais desgastado, Ericsson conseguiu abrir vantagem para Dixon e ficou para caminho livre até a bandeirada. Nada mal para quem quase decolou no começo da corrida.

Para Dixon, o segundo lugar ainda foi positivo, pois conseguiu avançar na tabela de classificação, ultrapassando Pato O’Ward (que teve uma corrida conturbada,e terminou apenas em 13º) e se colocando apenas atrás de Alex Palou. O espanhol fez uma corrida discreta, sobrevivendo aos entreveros e concluiu em sétimo. Agora, Palou tem 410 pontos, contra 368 de Dixon e 362 de O’Ward.

O atual campeão das 500 Milhas de Indianápolis, Hélio Castroneves fez uma corrida de sobrevivência, em seu retorno à categoria após a vitória em maio. O brasileiro escapou das encrencas e segurou Josef Newgarden nas voltas finais, terminando a disputa em nono.

A Fórmula Indy corre no próximo sábado (14), retornando a Indianápolis, para mais uma corrida no circuito misto, desta em fim de semana em que compartilha suas atividades com a NASCAR.

Classificação da etapa de Nashville:

Confira aqui!

Classificação do campeonato:

1 – Alex Palou (ESP) – Chip Ganassi/Honda – 410
2 – Scott Dixon (NZL) – Chip Ganassi/Honda – 368
3 – Pato O’Ward (MEX) – McLaren SP/Chevrolet – 362
4 – Josef Newgarden (EUA) – Penske/Chevrolet – 335
5 – Marcus Ericsson (SUE) – Chip Ganassi/Honda – 331
6 – Graham Rahal (EUA) – Rahal-Letterman-Lanigan/Honda – 286
7 – Simon Pagenaud (FRA) – Penske/Chevrolet – 280
8 – Colton Herta (EUA) – Andretti/Honda – 275
9 – Rinus Veekay (NED) – Ed Carpenter/Chevrolet – 263
10 – Takuma Sato (JPN) – Rahal-Letterman-Lanigan/Honda – 231

22 – Hélio Castroneves (BRA) – Meyer Shank/Honda – 125 (2 corridas)

 

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