Neste fim de semana Franco Colapinto estria na Alpine. O piloto argentino ganhou cinco corridas para mostrar o seu desempenho no time francês, depois disso o quadro será novamente reavaliado.
O momento na Alpine é de muita pressão, depois das múltiplas trocas que aconteceram nos últimos anos – seja no âmbito de chefe de equipe ou de pilotos – essa é uma equipe que está em busca de resultados e de ter melhores condições para competir, só que já sem muita paciência, por tudo o que enfrentou.
O cenário é complicado para qualquer piloto, mas para um estreante é ainda mais duro. Jack Doohan foi sacado do carro, justamente por não entregar o que era esperado, os erros e as batidas também comprometeram as suas chances com a equipe. Mas assim como Colapinto, ele entrou sabendo que tinha poucas corridas para provar o seu valor.
Mesmo assim, Colapinto está feliz em retornar para a F1: “Estou muito feliz em retornar à F1. Era meu sonho de infância e voltar depois de muito trabalho duro e momentos difíceis no final do ano passado… Era para isso que estava trabalhando e estou realmente ansioso.”
Sobre esse começo, o argentino comentou: “Estou muito animado, tudo é novo, estou começando do zero. Tive a oportunidade de refletir sobre o ano passado e aprender com ele. Nunca são circunstâncias agradáveis para assumir o lugar de outro piloto, mas você não pode escolher as circunstâncias em que entra na F1. Você só precisa aproveitá-las ao máximo”.
Basicamente Colapinto repete a mesma movimentação do ano passado, quando a Williams optou pela substituição de Logan Sargeant. Colapinto terminou o campeonato no lugar do piloto norte-americano, mas sabia que não tinha uma vaga na Fórmula 1 para 2025, pois os assentos na Williams já estavam fechados.
Ele provou ser um piloto rápido, a performance com a Williams foi observada e Flávio Briatore foi em busca de levar o argentino para o time. Como a equipe de Grove não tinha como ofertar uma vaga para Colapinto até o próximo ano, optou por ceder o competidor para a Alpine.
“Estou muito mais tranquilo agora. No fim das contas, quando você tem a experiência de entrar na Fórmula 1, de já ter feito um fim de semana de corrida, de passar por um pouco de todos os processos, você tem a tranquilidade de já saber como as coisas vão ser e entende um pouco mais sobre como tudo vai acontecer. No ano passado eu não sabia de nada, não tinha muita ideia, mas este ano eu tenho, então isso me dá um pouco de tranquilidade.”
Colapinto sabe que está em desvantagem para o restante do grid, pois seis corridas já foram disputadas e o piloto não estava no grid, esse é um ponto de atenção para o piloto: “Faz tempo que não participo de um fim de semana de corrida e me sinto um pouco enferrujado. Acho que vai demorar um pouco para me acostumar e ficar afiado novamente.”
Como parte da preparação, Colapinto assumiu o simulador na Alpine desde que foi confirmado como piloto reserva em janeiro. A equipe francesa também organizou dois testes com o carro de 2023, um na Itália e outro em Zandvoort para não ficar tão enferrujado.
“Carlos [Sainz] e Lewis [Hamilton] disseram que precisavam de dez corridas para se acostumar com o carro. Imagina eu que não tenho um décimo da experiência deles.”
Sobre o que espera deste momento, Colapinto disse: “Quero fazer as coisas direito neste fim de semana. Ir aos poucos. Não conheço o carro e tenho que começar do zero. Obviamente Pierre [Gasly] é a referência da equipe, e o objetivo é melhorar e colocar a equipe de volta onde ela deveria estar. Esse é o objetivo do time.”
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