Por conta da pandemia de Covid-19 em 2020 várias competições foram adiadas, enquanto o mundo tentava se adequar a nova realidade os campeonatos buscavam formas para retornar e manter os seus times vivos.
O automobilismo passou pelo mesmo processo, implementou o sistema de bolhas onde as equipes tinham que viajar juntas, reduziu o número de funcionários trabalhando nas pistas e estabeleceu protocolos de segurança para que as atividades retomassem. Muitos seguiram trabalhando de suas casas, mas ainda dando o suporte necessário para aqueles que estavam deixando as suas famílias e seguindo mais uma vez para as pistas.
Com cerca de um ano desde o cancelamento do GP da Austrália em 2020, onde se você não se lembra é possível rever as imagens com o primeiro episódio de Drive to Survive. A decisão de parar o andamento do fim de semana, saiu pouco tempo antes dos carros realizarem o primeiro treino livre. Funcionários da McLaren detectados com o covid-19 mostravam que a situação não era boa. Do lado de fora do traçado uma grande quantidade de fãs sem máscaras aguardando para entrar o autódromo. Pilotos deixaram a Austrália pensando nas suas famílias, mas também na sua segurança. Na época poucos usavam máscaras e muitos não tinham ideia do que ainda estava por vir.
A F1 levou quase quatro meses para retornas as pistas, nem todos os países poderiam receber provas, então eles adotaram o sistema de repetição de circuitos para cumprir o calendário.
Na Fórmula E o esquema foi um pouco diferente para a retomada do campeonato 2019/20, por realizar as suas corridas em circuitos de rua, a categoria acaba movimentando muitas pessoas para a realização de um ePrix, desta forma optaram pelo Festival de Berlim, realizando uma maratona de provas no circuito, adaptando o traçado e se reinventando para fechar o campeonato.
Nesta temporada não será diferente, em 2021 a pandemia ainda está acontecendo e os campeonatos precisam monitorar os países onde vão realizar as suas corridas. Para a Fórmula 1 o campeonato começa agora no dia 26 de março com os primeiros treinos livres sendo realizados no Bahrein, enquanto a Fórmula E já realizou a sua primeira disputa na Arábia Saudita, mas já precisou lidar com o adiamento de etapas.
“Respeitamos a situação”, afirma o presidente da FIA Jean Todt. “Fomos muito criativos, também na organização dos calendários, e pudemos retomar campeonatos importantes. Ao trabalharmos juntos como uma equipe, demonstramos que é possível enfrentar situações difíceis com sucesso.”
O público deve retornar aos poucos pois ainda é um momento de muita cautela, os eventos talvez comecem a receber os espectadores que já foram vacinados, mas seguindo as recomendações de cada fabricante dos imunizantes, além de como cada país está enfrentando a pandemia.
Alguns pilotos e equipes no Bahrein aceitaram a oferta de vacinação – Pirelli, Alfa Romeo e AlphaTauri. Entre os pilotos dizem que Sergio Pérez, Carlos Sainz e Kimi Raikkonen já tomaram a primeira dose durante os testes de pré-temporada. Outras equipes e membros optaram por se vacinar em seus países, com cada time podendo optar pelo o que achasse melhor.
Os carros vão entrar nas pistas mais uma vez para que o sufoco daquele início de 2020 – onde alguns times precisaram pensar em demissões – não volte a acontecer.
Por conta de variantes que estão surgindo, alguns países estão tomando medidas mais rígidas para conter a propagação do vírus. Durante o ano cancelamentos podem voltar a acontecer, mas a categoria se prepara para agir rapidamente. A F1 pretende realizar em 2021, 23 etapas.
A Extreme E, campeonato de rally elétrico terá a sua primeira disputa realizada entre os dias 03 e 04 de abril, também seguindo os protocolos por conta da pandemia. Eles vão abrir a primeira temporada na Arábia Saudita.