Neste último sábado (01) aconteceu no Autódromo de Interlagos, o último simulado de segurança para a etapa do GP de São Paulo. Pela oitava vez, a médica Gabriela Santos Feliciano fez o papel de piloto acidentado na pista e foi levada de helicóptero para a unidade responsável por atender o evento, se acontecer algo mais sério com algum competidor.
Todos os anos as equipes de sinalização de pista e os socorristas passam por treinamento para eles tenham domínio da situação se algum competidor de acidentar. Para a prática a médica foi colocada em um cockpit oficial fornecido pela Federação Internacional de Automobilismo e passou em seguida pelo processo de extração e remoção por ambulância e helicóptero.
O tempo de duração do atendimento é acompanhado para que a FIA tenha ciência dos procedimentos. A escolha de ter uma médica no processo de extração, tem por objetivo principal a capacidade de passar para a equipe de operação quais ajustes são necessários (se tiver algum) e tornar o atendimento mais preciso.
“Todo ano tem algum pequeno ajuste. Mas tudo tem saído muito bem”, diz a médica especializada em atendimento pré-hospitalar e já acostumada com o trabalho.
Interlagos é considerado um circuito seguro, como reforça o diretor de prova Felippe Biazzi, que acompanhou de perto todo o processo de aprimoramento da pista. O último acidente que exigiu o encaminhamento de um piloto ao hospital ocorreu em 2003, envolvendo Fernando Alonso.
O diretor médico do GP de São Paulo de F1, Dr. Dino Altmann, conduziu o simulado médico ao lado do ‘rescue chief ‘ Marcos Cunha, do Hospital Sancta Maggiore, e do diretor médico adjunto Pedro Rosolen. Durante o fim de semana do evento — que inclui o treino livre, as classificações, a Sprint e o Grande Prêmio — o atendimento em Interlagos contará com uma estrutura de 33 médicos, 18 paramédicos e 25 enfermeiros. Paralelamente, equipes médicas permanecerão de prontidão nas unidades Sancta Maggiore Dubai e Itaim.
“A equipe está cada vez mais afinada. Cada um conhece bem a sua função. Estamos bem-preparados”, diz o médico Marcos Cunha.
É esperado que o próximo fim de semana seja marcado pela chuva, mas o atendimento nessas condições também faz parte do protocolo médico. Caso um acidente ocorra, em um momento que as condições impeçam a decolagem do helicóptero, o transporte até a unidade de atendimento do hospital que trabalha com o GP de São Paulo será realizado de ambulância.
Este foi o último simulado médico realizado com o uso de assentos removíveis nos carros de Fórmula 1. A partir da próxima temporada, a FIA implementará uma mudança proposta pelo Dr. Dino Altmann, eliminando os bancos removíveis devido às diferenças de padrão entre os modelos utilizados pelas equipes.
“Já estamos prontos para o novo formato de extração do piloto”, explica Altmann que é diretor médico do GP São Paulo de F1 desde 2001.

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