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Saída de Oliver Oakes da Alpine está ligada à prisão do irmão

Oliver Oakes deixou o cargo de chefe de equipe da Alpine de forma repentina, alegando motivos pessoais

A saída repentina de Oliver Oakes da Alpine foi esclarecida, depois dele alegar “motivos pessoais” para renunciar ao cargo que ocupava desde agosto do ano passado. William Oakes, foi preso pela polícia e acusado por ‘transferência de dinheiro criminoso’.

A semana começou com a Alpine confirmando a saída de Oakes. Inicialmente acreditava-se que a saída era motivada por um desentendimento entre Flávio Briatore e Oliver, impulsionada pela mudança repentina de Jack Doohan por Franco Colapinto.

No entanto, Briatore emitiu uma nota informando que esse não era o motivo: “Muito foi dito nas últimas 24 Horas, associado incorretamente a decisão de Oli renunciar um suposto desentendimento, ou que compartilhávamos pontos de vista diferentes.”

“Isso é totalmente falso e está longe da verdade. Eu e Oli temos um relacionamento muito bom e tínhamos ambições de longo prazo para levar essa equipe para frente juntos”, seguiu.

Foi relatado pelo The Telegraph que o chefe de equipe tinha deixado o cargo, após a prisão do seu irmão – William Oakes – que foi pego com uma quantidade considerável de dinheiro e foi preso sob a suspeita de ‘transferência de dinheiro criminoso’.

Um porta-voz da Polícia Metropolitana disse ao The Telegraph: “William Oakes, 31, de Rugby, foi acusado de transferência de propriedade criminosa na sexta-feira, 2 de maio, após ser parado na área de Silverstone Park, em Northamptonshire, na quinta-feira, 1º de maio de 2025, portando uma grande quantia em dinheiro. Ele compareceu ao Tribunal de Magistrados de Northampton no sábado, 3 de maio, e permaneceu em prisão preventiva.”

Os irmãos Oakes são listados como diretores da empresa Hitech GP, onde William é codiretor. A equipe participa de categoria de base como Fórmula 2 e Fórmula 1.

A Hitech tem um vínculo com a família Mazepin, foi por conta da prisão de William que questionamentos foram levantados sobre esse relacionamento. A equipe Hitech GP possui um histórico de relações com o empresário russo Dmitry Mazepin, figura central por trás da companhia da empresa de fertilizantes Uralkali. A aproximação entre as partes se intensificou em 2016, quando Nikita Mazepin, filho do oligarca, passou a competir pela equipe. Na mesma época, a Uralkali se tornou patrocinadora da equipe, e Mazepin adquiriu uma parte da estrutura da Hitech.

Essa participação foi expandida nos anos seguintes por meio da empresa Bergton Management, veículo de investimentos ligado a Mazepin, que chegou a deter 75% do controle da equipe. No entanto, após o início da guerra com a Ucrânia e a subsequente aplicação de sanções econômicas contra a Rússia por parte da União Europeia e do Reino Unido, essas ações foram transferidas para Oliver Oakes, atual dirigente da escuderia, via a holding Hitech Global Holdings, em março de 2022.

Em julho de 2024, Oakes registrou mudanças adicionais na estrutura societária da Hitech, consolidando sua posição como acionista majoritário com direito a mais de 75% das ações e poder de voto. A reorganização societária não apenas formalizou o controle de Oakes, mas também abriu caminho para uma gestão mais centralizada da equipe e eventuais negociações envolvendo seu futuro.

Acredita-se que William pode estar sendo investigado por conta dessas transações.

A Alpine foi questionada sobre o caso, mas não emitiu comentários, pois Oliver não é mais um membro da equipe.

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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