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Pirelli define pneus mais duros da gama para GP da Holanda

Por das forças laterais, Pirelli aposta mais uma vez nos pneus mais duros da gama para o fim de semana em Zandvoort

A Fórmula 1 retorna à Holanda para disputar a segunda prova desde o retorno desta pista ao calendário da categoria. A corrida do ano passado contou com vitória de Max Verstappen, depois de um intenso jogo de estratégias travado entre Red Bull e Mercedes.

O time austríaco esteve atento para responder as paradas realizadas pela Mercedes, para levar o piloto holandês ao lugar mais alto do pódio. No ano passado Hamilton e Verstappen tinham um desempenho alucinante e foram empurrando a decisão do Campeonato até a final.

O traçado é famoso pelas inclinações de cerca de 18 graus das Curvas 3 e 14. Um traçado que no último ano se mostrou ser muito desafiador, principalmente nos treinos livres quando os times ainda estavam realizando o reconhecimento da pista.

Na temporada passada os times aproveitaram para coletar alguns dados, mas certamente eles não foram suficientes, por conta do número de interrupções que ocorreram durante os treinos livres. Com os novos carros, além dos novos pneus, as equipes vão precisar se dedicar a coleta de dados e preparação dos equipamentos.

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Assim como no ano passado a Pirelli fornecerá aos times mais uma vez os pneus mais duros da gama: C1 (faixa branca – duro), C3 (faixa amarela – médio) e C4 (faixa vermelha – macio). É importante lembrar que os pneus deste ano são um pouco diferentes daqueles usados no ano passado, a composição foi alterada, assim como a categoria passou a trabalhar com os pneus de 18 polegadas.

Pneus escolhidos para o GP da Holanda de 2022 – Foto: reprodução Pirelli

Na prova passada a estratégia vencedora contou com duas paradas, Max Verstappen largou com os pneus macios, seguindo para os pneus médios e finalizando a prova com os pneus duros. Lewis Hamilton por outro lado trabalhou com três paradas (macio – médio – médio e macio), a última parada foi voltada para instalar os compostos macios e a tentativa de buscar a volta mais rápida.

Mesmo com o nível de degradação e stress dos pneus, os compostos macios operaram bem no ano passado, com vários times incluindo a utilização deste pneu em suas estratégias.

Os pneus sofrem com as inclinações da pista, desta forma, cuidar dos pneus se torna um critério importante dentro da avaliação dos times. Frear nas curvas 1 e 11, gera um impacto com a desaceleração de 5g, enquanto na curva 7 as forças laterais também são de cerca de 5g.

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O traçado também é afetado pela sujeita, com areia sendo levada para a superfície, dada a localização costeira do traçado.

Zandvoort conta com 4.259 KM, onde os pilotos vão completar 72 voltas. São duas zonas de utilização do DRS, uma que que começa pouco depois da curva 13 e encerra próximo da curva 1, enquanto a outra está localizada entre a curva 10 e 11.

A prova do ano passado foi uma corrida de mais estratégia e pouca ação na pista, desta forma a FIA e a Fórmula 1 pensaram em uma forma de tornar a corrida mais movimentada, modificando um pouco a zona de ativação do DRS.

“Na posição atual, teremos o DRS antes da curva final, para melhorar a corrida em Zandvoort. Mas estamos mantendo de uma maneira aberta, contando com os feedbacks das equipes. E se sentirmos que há qualquer risco para a segurança teremos a atitude de mudar após o TL1” informou o diretor técnico da FIA, Nikolas Tombazis.

Mario Isola acredita que com os novos pneus, a prova terá mais ultrapassagens. Além disso, o diretor de operações da Pirelli, também acredita que os times vão trabalhar mais com os pneus médios e macios, pois os compostos duros são de difícil aquecimento e podem colaborar para erros.

“Zandvoort provou ser uma adição espetacular ao calendário no ano passado. As partes mais desafiadoras para os pneus são as curvas 3 e 14, que são tomadas em alta velocidade e colocam forças combinadas por um longo período no carro: downforce, bem como demandas laterais. Juntamente com as outras demandas do layout do circuito, por isso que nomeamos os três compostos mais duros da gama apenas pela quarta vez em 2022, depois dos GPs do Bahrein, Espanha e GP da Inglaterra”, disse Isola.

“O novo pacote de pneus nesta temporada deve facilitar a ultrapassagem em uma pista onde foi difícil passar no ano passado. A maioria dos pilotos parou apenas uma vez para manter a posição na pista, mas desta vez poderá haver mais foco nos compostos mais macios – o que poderia levar a mais duas paradas com os pilotos forçando ainda mais”.

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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