Neste fim de semana a Fórmula 1 disputa a 11ª etapa do Campeonato, a corrida acontece na Hungria, sendo a penúltima etapa antes do início das férias de verão.
Para o GP da Hungria a Pirelli confirmou a gama mais macia de pneus, que consiste nos compostos: C3 (faixa branca – duro), C4 (faixa amarela – médio) e C5 (faixa vermelha – macio), diferente da escolha que era trabalhada até o ano passado – quando os pilotos trabalhavam com a gama intermediária. O asfalto não é tão abrasivo, como o de outros circuitos, mas tem certa irregularidade na sua extensão.
Por mais que seja uma pista já muito conhecida pelas equipes, a mudança da gama dos pneus pode alterar as estratégias desse ano.
Após o cancelamento do GP da Emília-Romagna, a Pirelli reservou para Budapeste a estreia da Alocação Alternativa de Pneus (ATA), com a determinação de uso dos pneus slick para cada fase da classificação. No Q1 apenas os pneus duros estão liberados, no Q2 os pilotos vão usar os médios e no Q3 estão selecionados os macios.
Algo semelhante já vem sendo avaliado na Classificação para a prova Spint, mas nessa ocasião, os pneus médios estão liberados para o Q1 e o Q2, enquanto os pneus macios são usados no Q3 – na Sprint obrigatoriamente eles precisam usar pneus novos.
Se a classificação for realizada em pista molhada em Budapeste ou na Itália, os competidores podem usar qualquer tipo de composto, como acontece normalmente.
O número total de pneus slick para o fim de semana também será reduzido, originalmente em um fim de semana normal da categoria são fornecidos pela Pirelli 13 jogos de compostos, enquanto no formato Sprint os pilotos contam com apenas 12 conjuntos de pneus cada. Com a ATA, o número é reduzido para 11.
A alocação fica definida desta forma: 3 conjuntos de pneus duros, 4 de pneus médios e 4 macios. A alocação dos pneus de chuva segue inalterada, com 4 pneus intermediários (faixa verde) e 3 conjuntos de pneus de chuva extrema (faixa azul).
Na sexta-feira, um jogo de pneus deve ser devolvido para a Pirelli no final de cada sessão de treinos livres. Mais dois conjuntos serão entregues no sábado, após o encerramento do TL3. Cada um dos competidores contará com sete jogos de pneus slick para a classificação e corrida. Ao menos um jogo de pneus duros e jogo de pneus médios precisa ser mentido para a corrida.
A ATA será avaliada no GP da Hungria e depois no GP da Itália que acontece após o retorno das férias da Fórmula 1. A prova em Budapeste costuma ser disputada em altas temperaturas, tanto no ambiente como na pista.
Max Verstappen venceu o GP da Hungria de 2022, realizando duas paradas, o piloto começou a prova de pneus macios, depois realizou dois stints de pneus médios novos. O holandês começou a prova da décima posição e faturou a vitória. A Mercedes conseguiu encaixar Lewis Hamilton e George Russell na segunda e terceira posições respectivamente, trabalhando com estratégias diferentes, enquanto a Ferrari desperdiçou um resultado que poderia ser favorável ao time.
A prova do ano passado foi disputada em uma pista fria, diferente do que geralmente acontece na Hungria. A rajadas de ventos também foram um fator de preocupação ao longo da prova. Alguns competidores arriscaram a estratégia de uma parada, como foi o caso de Fernando Alonso e Esteban Ocon com a Alpine, mas uma parcela do pelotão deixou os pneus duros de lado por conta do traçado frio e que complicava ainda mais os competidores atingirem a temperatura adequada dos pneus.
Podemos ter mais um fim de semana com temperaturas amenas, a chuva é esperada para a sexta-feira e o sábado. Isso também altera o comportamento dos pneus, principalmente quando avaliamos o emborrachamento do traçado. A Fórmula 1 dividirá o traçado com a Fórmula 2 e a Fórmula 3, que pode colaborar para a evolução do traçado em situação de chuva.