Os três dias de testes no Bahrein contaram com oito horas de atividade, mas foram completamente diferentes entre eles. O primeiro dia foi marcado pelas rajadas de vento que deixavam os carros instáveis, além de muita areia na pista no final da tarde. Quem se arriscou na tempestuosa atividade vespertina sabia que a aderência dos pneus seria prejudicada.
A Pirelli forneceu para os times 30 conjuntos de pneus para a utilização nestes 3 dias de atividade, mas aproveitou o momento para testar um protótipo, o composto C3 que foi produzido pela fábrica da Romênia, enquanto regularmente os pneus são feitos na fábrica da Turquia. A fornecedora italiana queria saber a diferença entre eles, desta forma no primeiro dia de atividades alguns pilotos registraram as suas melhores voltas com ele.
LEIA MAIS: Como funciona a distribuição de pneus na pré-temporada?
No segundo dia de atividades as temperaturas estavam razoavelmente altas, mas o circuito ainda permanecia um pouco sujo por conta da areia, a aderência dos pneus voltou a ser prejudicada assim como a sua degradação.
Mas o terceiro dia de atividade foi perfeito, as temperaturas estavam altas pela manhã, uma desvantagem para os pneus C4 e C5, os compostos mais macios da gama, no entanto os times começaram trabalhando suas simulações de corrida com os pneus duros e médios e alternavam entre alguns giros rápidos com os compostos macios.
Com o entardecer chegando, temperaturas mais baixas e um horário mais favorável para a coleta de dados em modo de simulação de classificação, vários pilotos como Max Verstappen, Yuki Tsunoda, Carlos Sainz e Kimi Raikkonen partiram com os pneus mais macios da gama para anotar a sua melhor volta e encerrar a pré-temporada em alta. Infelizmente Lewis Hamilton que tentou fazer o mesmo não conseguiu o resultado esperado e se deparou com muita instabilidade.
“Ao longo dos três dias, todos os compostos tiveram um bom desempenho e não surgiram problemas como a granulação, apenas uma leve abrasividade nos compostos mais macios. Assim como as condições climáticas, os tempos de volta foram naturalmente influenciados pelas diferentes cargas de combustível de cada equipe, tornando as comparações de desempenho com a corrida do ano passado e os treinos livres no Bahrein muito difíceis. Também é difícil avaliar com precisão a diferença de desempenho entre os compostos, devido à evolução da pista. Agora estamos ansiosos para o início de uma temporada que será a última com pneus de 13 polegadas antes da mudança para os pneus de 18 polegadas de 2022”, afirmou Mario Isola, Mario Isola, chefe de operações da Pirelli para a F1.