Após o encerramento do GP de São Paulo, a invasão de pista se tornou um ponto a ser discutido. Um representante da organização do GP de São Paulo foi convocado pela FIA para se explicar sobre a forma como a invasão de pista foi realizada.
Ao longo dos anos os torcedores têm esperado cada vez mais pelo momento da invasão, durante as últimas voltas da prova os fãs já vão se encaminhando para pontos estratégicos para que possam invadir o traçado e participar da festa do pódio ou simplesmente caminhar pelo traçado que os carros acabaram de competir.
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O ato de invadir a pista não acontece apenas no Brasil, sendo popular em várias provas do calendário e já se tornou uma tradição. No entanto, o grande problema na prova em São Paulo, foi o fato de os torcedores invadirem o traçado quando a prova ainda estava sendo finalizada.
Segundo o documento divulgado pela FIA, um grupo de torcedores conseguiu romper as linhas de segurança e acessar a área de escape da curva 1, no “S do Senna” quando os carros ainda estavam pelo traçado. A segurança e os procedimentos que são esperados não foram cumpridos e/ou não foram suficientes para controlar a situação.
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A etapa que aconteceu no Brasil contou com a presença de 267 mil espectadores nos três dias de evento. O GP de São Paulo precisou se explicar e admitiu a falha que ocorreu no último domingo. A decisão dos comissários cita a infração do artigo 12.2.1.h do Código Esportivo Internacional da FIA, que relata quando medidas “não foram aplicadas e/ou não foram suficientes, resultando em um ambiente inseguro”.
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“[Os organizadores] admitiram abertamente as falhas em termos dos protocolos e medidas de segurança”, afirmou o órgão dirigente.
“[Eles] concordaram com o relatório do Delegado Esportivo da FIA e do Diretor de Prova e concordaram que circunstâncias comparáveis já ocorreram no Brasil e que esta era uma situação inaceitável que poderia ter tido consequências desastrosas”.
No ano passado um problema semelhante foi observado na prova que aconteceu em Interlagos. Ao longo de 2022 algumas outras falhas foram observadas em circuitos, como o problema que se repetiu na Austrália – também pela invasão de pista acontecer enquanto a prova era concluída. No Albert Park, torcedores tiveram acesso ao carro de Nico Hülkenberg que estava estacionado na curva 2, segundo os comissários o carro ainda estava com a luz vermelha piscando, indicando uma condição insegura para a aproximação e risco de uma possível descarga elétrica.
Na Espanha o problema foi com o jogador brasileiro Neymar Jr e outros convidados que estavam posicionados no gramado na reta principal instantes antes da largada ser dada. Enquanto no Azerbaijão Esteban Ocon quase certou alguns fotógrafos e fiscais que já ocupavam a área de pit-lane antes da bandeirada – na ocasião o piloto tinha se dirigido na última volta para substituir os pneus e cumprir a parada obrigatória. As falhas foram observadas, promovendo mudanças na sequência.
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Os organizadores do GP de São Paulo apresentarão à FIA até o dia 30 de janeiro de 2024 “um plano formal de remediação que resolva adequadamente as sérias preocupações”, referente ao que ocorreu em Interlagos.
Se as imagens dos carros já não fossem ruins o suficiente, ainda existem imagens que mostram os torcedores lutando contra os seguranças para escalar as cercas e realizar a invasão ao traçado. A atitude do público colaborou para sobrecarregar aqueles que estavam presentes para garantir a segurança do público.
Durante o evento a F1 aproveitou o momento para confirmar a permanência da prova no calendário ao menos até 2030.
Pancadaria na Fórmula 1: Seguranças trocam socos com torcedores após acesso à pista ser negado.
Cenas foram registradas no ‘Heineken Village’ logo após o fim da corrida. pic.twitter.com/yOOb7El3nC
— Metrópoles (@Metropoles) November 5, 2023
