A Fórmula 1 desembarca neste fim de semana na Inglaterra. Para o evento deste ano a Pirelli promoveu um ajuste na seleção dos pneus.
Vamos aos compostos
Normalmente, a Pirelli trabalha com a gama dura de pneus em Silverstone, por ser um traçado muito exigente, no entanto, para o evento deste ano, a gama média será fornecida e ela é formada pelos pneus: C2 (duro – faixa branca), C3 (médio – faixa amarela) e C4 (macio – faixa vermelha). A escolha é um passo mais macia que aqueles escolhidos para a última corrida nesta pista.

A ideia da Pirelli é ampliar as estratégias de corrida, movimentando a escolha das equipes. Em 2024, quando o C3 foi fornecido como os pneus macio (médio neste ano), mas ele foi usado por poucos pilotos e apareceu mais na fase final da prova, depois da chuva. Esse ano, atuando como o composto médio, ele ganha um destaque maior, pois precisará fazer parte das escolhas para a corrida.
Se as equipes ainda arriscarem a estratégia de apenas uma parada, será necessário gerenciar os compostos com ainda mais cuidado. Em Silverstone a parada nos boxes não é muito longa (durando uma média de 20,5 segundos), além de ser um circuito favorável para as ultrapassagens.
A expectativa para o fim de semana, aponta que a sexta-feira será de tempo encoberto, mas com um sábado e domingo chuvoso.
Com 5.861 km, com um traçado que permaneceu praticamente inalterado ao longo dos anos. Esse é um dos circuitos mais longos do calendário, formado por 18 curvas (10 para a direita e 8 para a esquerda). Algumas delas, com o complexo Maggots-Becketts-Chapel, envolvem mudanças rápidas de direção em alta velocidade, o que gera forças laterais muito intensas, semelhantes às de Spa-Francorchamps e Suzuka.
O pneu dianteiro esquerdo é o que mais sofre neste circuito ao longo da prova, pois ele absorve mais cargas ao longo do traçado. É muito comum observar os pneus apresentando bolhas, desta forma a eficiência deles é prejudicada.
Diferente de alguns circuitos que estão no calendário da Fórmula 1, Silverstone é utilizado praticamente o ano todo por várias categorias, o que garante uma boa aderência desde a primeira sessão de treinos livres.
Apesar do evento acontecer no auge do verão, o clima instável marca o local da prova, tendo variações bruscas de temperatura, além das rajadas de vento e a presença da chuva.
Em 2024
Durante o GP da Grã-Bretanha de 2024, os cinco compostos disponíveis — dos slicks aos intermediários — foram levados ao limite. A maioria do grid, 17 pilotos, optou por iniciar a prova com os pneus médios, enquanto Ocon e Zhou largaram com os macios. Pérez, por sua vez, partiu dos boxes calçados com os duros. O composto C2 demonstrou boa eficiência mesmo com os carros mais pesados no início, oferecendo aderência suficiente para ataques e, ao mesmo tempo, estabilidade quando a pista começou a ficar úmida. Os médios também deram margem para diferentes estratégias, já que a ameaça de chuva já rondava antes mesmo da largada.

Quando a pista começou a molhar, os pneus intermediários passaram a ser a escolha natural. Porém, os pilotos que anteciparam a troca, como Leclerc e Pérez, acabaram penalizados: a chuva demorou a se intensificar de fato, e o primeiro jogo de pneus acabou se desgastando antes do ideal, exigindo uma nova parada. Ao contrário do aguaceiro do TL3, a precipitação na corrida foi mais leve e acabou fazendo a pista secar mais rápido, o que acelerou o desgaste dos compostos de faixa verde. No trecho final da prova, com o asfalto praticamente seco, os três compostos slick (macio, médio e duro) mostraram desempenho equilibrado. A vitória de Hamilton com os pneus macios, o forte ritmo de Verstappen com os duros e a boa performance de Piastri com os médios ilustraram como diferentes estratégias funcionaram bem entre os líderes.

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