A Fórmula E vai introduzir já em Mônaco uma mudança de regra de redução de energia, é o que informa o site The-Race.com. A medida servirá para evitar que a categoria presencie novamente o fim de corrida caótico da primeira corrida do E-Prix de Valência.
Na ocasião, diversas interrupções na prova causaram uma dedução de 19 kW de cada bateria. Faltando apenas uma volta para a corrida acabar, os carros tiveram que dar uma volta a mais que o planejado porque Antonio Felix da Costa, então líder da corrida, não conseguiu cruzar a linha de chegada antes do cronômetro zerar.
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Vários pilotos ficaram sem energia por causa da volta extra, inclusive da Costa, que viu sua vitória escapar a poucos metros da linha final, quando foi ultrapassado por Nyck de Vries.
A sequência de carros lentos no Circuito Ricardo Tormo chocaram a todos que assistiram a corrida e uma enxurrada de críticas à categoria logo tomou conta das redes sociais.
Pilotos, equipes e a própria FIA chegaram a trocar acusações sobre a culpa do ocorrido, mas o consenso era de que ninguém queria que aquela cena se repetisse.
As equipes, então, fizeram um lobby para que alguma providência fosse tomada e uma mudança será implantada já na corrida deste sábado (08) em Mônaco. A partir de agora, não haverá mais reduções de energia utilizável após a marca de 40 minutos de prova. De acordo com o site, a alteração foi confirmada pela FIA.
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Assim, os pilotos terão 5 minutos + uma volta de energia gasta naturalmente, mesmo que haja interrupção de Safety Car, por exemplo.
O atual regulamento da categoria já prevê que o diretor de corrida pode alterar ou cancelar reduções de energia quando achar necessário, mas o E-Prix de Valência mostrou que essa regra é subjetiva demais e o resultado pode ser catastrófico.
“Em relação ao que aconteceu em Valência, a FIA e o promotor não querem ver um cenário semelhante acontecer novamente”, disse um porta-voz da FIA.
“Com isso em mente, e para evitar qualquer risco adicional de erro de cálculo em relação ao consumo de energia, decidiu-se não aplicar mais a redução de energia se um período de safety car terminar além dos 40 minutos de uma corrida.
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“Isso concederá às equipes uma margem adicional de erro, sem prejudicar de forma alguma o espírito da Fórmula E, no qual a gestão de energia é um elemento-chave.”