Fórmula 1

Dança das cadeiras: O que esperar do mercado de pilotos da Fórmula 1

A temporada de dança das cadeiras na Fórmula 1 é a mais esperada, principalmente por ser o momento em que várias especulações rondam a categoria. Ferrari e Red Bull fecharam o cerco, quando confirmaram o contrato duradouro com Charles Leclerc e Max Verstappen, o do monegasco vai até 2024, enquanto o do holandês é até 2023.

Com estes dois pilotos confirmados no grid, é difícil estabelecer quem seriam os companheiros de equipe ideais para eles. É certo que não pode ser alguém que cause muito atrito, mas que ajude os times a somar pontos.

Desta forma possíveis conversas que rondaram a temporada de 2019 foram por terra, a equipe austríaca colocou um ponto final no desejo que a Mercedes vinha demonstrando em Verstappen. A Red Bull ao fornecer um carro mais confiável e arrojado, voltou ao páreo e ainda que não tenha beirado o título na temporada passada, o holandês fez o papel de ameaçar os pilotos da Ferrari de perto.

É de conhecimento geral que o holandês é o “preferiti” da equipe, portanto é natural segurarem o pupilo por mais tempo, principalmente quando enxergam a possibilidade de voltar aos tempos de glória, onde conseguiam obter títulos.

Mudando de cenário, temos um assento bem cobiçado, aquele ocupado por Sebastian Vettel, o piloto alemão tem contrato até o final da temporada de 2020. Lewis Hamilton vem flertando com o time de Maranello, desde o GP do Brasil e reforçou a ideia em Abu Dhabi, mas é difícil esperar que após esta confirmação a Ferrari aposte em ter dois pilotos de alto nível. Se a temporada de 2019 já foi caótica, não seria uma boa ideia repetir o mesmo em uma escala muito maior.

A aposta que temos é baseada no desejo que Hamilton tem de permanecer na categoria, conhecer o carro de 2021 e vencer com ele. O inglês quer manter o seu ritmo de vitórias, junto a conquista de novos títulos, e provar que pode se garantir em mais uma mudança de regulamento, além de ter um animo a mais ao saber que pilotos como Verstappen e Leclerc vão ser o seu desafio.

Olhando para os times, existe uma tendência em permanecer com aqueles pilotos que eles já conhecem e sabem como trabalham. A vaga de Valtteri Bottas também é uma das mais desejadas, mas a Mercedes entende que ele é piloto ideal, em 2019 teve uma campanha regular e serviu de escudeiro para o companheiro de equipe, na medida em que a competição se desenrolava. Bottas é aquele piloto que as flechas de prata podem manter, evitando trocar o certo pelo duvidoso, apenas para permanecer com a harmonia que já existe no time.

Se a Ferrari em algum momento optar em não renovar com Sebastian Vettel, Daniel Ricciardo poderia ser um nome forte, principalmente pela experiência e arrojo para a conquista de pontos. Mas vale ficar atento também na base de pilotos dos times, pois apesar dos pilotos “disponíveis” hoje serem estes, novas vagas como na Alfa Romeo e até mesmo a Haas que utiliza o motor da Ferrari podem surgir, além disso para outras dinâmicas, temos o retorno de Esteban Ocon.

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Está dança das cadeiras ainda vai perdurar pelos próximos meses, principalmente pelos resultados obtidos durante a primeira metade da temporada, a aposta que fica é na melhora de Vettel para que estas decisões de vagas, passem a ser ainda mais intensas.

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.
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