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Após incêndio observado durante pré-temporada, Di Grassi e Sette Câmara descartam problemas futuros com as baterias

Após incêndio em uma bateria da Williams durante os testes de pré-temporada, pilotos brasileiros comentam assunto e descartam problemas para o restante da temporada

A pré-temporada da Fórmula E foi realizada em Valência no final do mês de outubro. Durante os testes, ocorreu um incêndio em uma bateria no primeiro dia de atividades em pista, as sessões foram afetadas por conta de uma investigação minuciosa da FIA.

O incêndio ocorreu nos boxes da Williams Advanced Engineering (WAE), enquanto as equipes realizavam a pausa para o almoço, antes de retomar as atividades vespertinas. A situação foi controlada rapidamente e depois a FIA optou por realizar uma avaliação minuciosa da situação. As atividades da quarta-feira foram canceladas, com os carros retornando para a pista na quinta-feira..

O problema foi originado em uma bateria que fora usada por Robert Swartzman, mas estava fora do carro do competidor no momento do problema. O piloto fora convidado pela DS Penske para participar dos testes de pré-temporada ao lado dos pilotos titulares.

Entre os times, a Mahindra foi a equipe mais afetada, o incêndio causou danos nos boxes da equipe, um dos carros ficou danificado, o que fez o time indiano encerrar a pré-temporada realizando as suas avaliações com apenas um carro em pista.

O Boletim do Paddock conversou com os pilotos Lucas di Grassi e Sergio Sette Câmara sobre a situação da bateria durante o evento de lançamento do e-Prix de São Paulo. Os pilotos brasileiros comentaram se isso de alguma forma é uma preocupação para o início da 10ª temporada.

Bateria da Williams no momento que aconteceu o problema em Valência – Foto: reprodução The Race

Nos últimos anos as baterias ganharam mais autonomia e são seguras, mas a falha obviamente chamou a atenção, principalmente para quem estava acompanhando a pré-temporada de fora.

“Foi o problema de uma bateria. Uma bateria específica que não estava no carro, estava fora dele. Isso acontece porque a gente está no limite do desenvolvimento da bateria. Quando você está no limite do desenvolvimento, às vezes acontece de dar um probleminha aqui ou ali”, comentou Lucas di Grassi.

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“O que foi importante: esse é o primeiro problema que tivemos com a bateria em 10 anos. O veículo a combustão tem muito mais problema que isso. A reação da Fórmula E foi excepcionalmente alta em 20 minutos estava tudo controlado, apagado e resolvido. Não voltamos a testar no mesmo dia, porque eles precisavam saber exatamente qual era a causa, se era uma coisa que poderia acontecer novamente ou se era uma coisa aleatória. Eles analisaram lá e falaram que não era algo que aconteceria outra vez. Pelo menos esse problema ou a chance de acontecer outra vez”, seguiu Lucas di Grassi.

Quando o problema ocorreu, a primeira relação que foi realizada, foi diretamente com o modo de recarregamento rápido, afinal, era algo que a categoria estava avaliando durante os testes de pré-temporada.

“Eu não fiquei preocupado porque eu sei que são as baterias que a gente correu o ano inteiro. Inclusive aquela bateria que pegou fogo, ela pegou quando eles estavam fazendo um procedimento dela na Williams, com a bateria aberta. Quando ela está no carro, a bateria está selada. Mas obviamente eu fiquei decepcionado que eu queria estar lá na pista andando”, comentou Sergio Sette Câmara.

O piloto brasileiro que atualmente está na ERT (ex-NIO), enfrentou alguns problemas ao longo da pré-temporada que impossibilitaram Câmara de permanecer o tempo que desejava em pista realizando as avaliações com o time. Sergio comentou em entrevista que após o problema do incêndio, a bateria usada em seu carro também dificultou a sua permanência na pista.

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“Acabou que depois que ocorreu o problema lá na Williams, pegou fogo. O pessoal ficou super apreensivo com tudo que envolve a bateria e aí disparou um alarme na minha e não me deixavam andar. Basicamente a gente trocava um componente do carro, saía, dava problema. Trocava componente, saía… E por isso eu passei praticamente o dia inteiro nos boxes”, seguiu Sette Câmara.

Os pilotos não tiveram nenhum problema em retomar a atividade, pois como Di Grassi mencionou, esse foi o primeiro acidente em 10 anos. Além disso, apesar de algumas imagens realizadas no local quando o fogo surgiu, o piloto brasileiro da ABT Cupra reforça que

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“Sim, obviamente não é o ideal ter acontecido isso, mas o que eu consigo tirar de positivo é o tipo de reação e a segura. Não tive nenhum problema em voltar para o carro e andar. Dá para ver que é tranquilo. E o fogo da bateria demora muito mais, nunca pode acontecer uma situação igual a do Grosjean [GP do Bahrein de 2020] que você tem ali 5 segundos para sair, porque a gasolina não é a bateria. Se ela pegar fogo, ela é muito mais difícil de apagar o fogo, mas ela demora um tempo, 10, 15 minutos até a reação acontecer e ficar fora de controle”, comentou Di Grassi.

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Debora Almeida

Jornalista, escrevo sobre automobilismo desde 2012. Como fotógrafa gosto de fazer fotos de corridas e explorar os detalhes deste mundo, dando uma outra abordagem nas minhas fotografias. Livros são a minha grande paixão, sempre estou com uma leitura em andamento. Devoro séries seja relacionada a velocidade ou ficção cientifica.

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