O ePrix do México costuma ser uma corrida emocionante, principalmente do meio para o final da prova, vemos as estratégias em ação. Neste sábado (12) Pascal Wehrlein enfim conquistou a sua primeira vitória com a Porsche, a conquista foi ainda mais especial, pois também foi a primeira vez que o time esteve no degrau mais alto do pódio na Fórmula E.
O piloto travou uma disputa com Edoardo Mortara, ele viu a vitória escapar das mãos quando a Porsche começou a perder desempenho. O time estava conservando as baterias, tática que deu certo, pois no momento que começaram a usar a potência do modo ataque, aliado da boa estratégia, a Porsche ganhou terreno mais uma vez na competição.
O mesmo aconteceu com André Lotterer durante a prova, aquele desempenho excepcional da classificação parecia algo momentâneo, mas o piloto também conseguiu se recuperar. Ao final da prova, Lotterer e Wehrlein mostraram um desempenho tão superior que travaram uma disputa sozinhos, onde era possível nem se preocupar com o segundo colocado.
A dupla da DS Techeetah também surpreendeu, se aproveitando de uma dupla da Mercedes apagada, o time ganhou terreno na disputa. Vergne conquistou o 3º lugar, enquanto Da Costa foi o 4º colocado.
O final da prova foi emocionante, mais uma vez vimos aquela tensão por conta do gerenciamento da bateria. A dupla da Porsche ainda estendeu a corrida quando fechou o que deveria ser a penúltima volta da prova, dois segundos ates do cronometro zerar.
A Venturi não teve um desempenho fácil neste final de semana, Mortara até liderou a corrida, mas enfrentou a queda de desempenho, como Di Grassi e os pilotos da Mercedes. O suíço encerrou a prova no 5º lugar, depois de ser superado por Jean-Éric Vergne e Antonio Félix da Costa.
Di Grassi largou do 14º lugar, se aproveitou da queda de desempenho de outros pilotos ao final da corrida para cruzar a linha de chegada em 8º, entretanto, o brasileiro da Venturi foi punido com cinco segundos por um toque, desta forma caiu para o 12º lugar.
Saiba como foi o ePrix do México
Quando a prova teve início, a temperatura na pista estava na casa dos 26°C, com 20°C no ambiente.
Pascal Wehrlein conquistou a pole para o ePrix do México, depois de derrotar Mortara durante o duelo mata-mata realizado mais cedo. A Porsche apresentou um grande desempenho na classificação, Lotterer conseguiu o terceiro lugar para o início da prova. Diferente da Arábia Saudita, apenas uma prova seria disputada neste final de semana.
A largada aconteceu com Wehrlein mantendo a ponta, Mortara foi agressivo nos primeiros metros, mas o piloto da Porsche soube defender a sua posição, desta forma o suíço da Venturi permaneceu no segundo lugar. Os primeiros colocados conseguiram manter as suas posições. Di Grassi fez uma boa largada, realizou três ultrapassagens para assumir o 11º lugar.
A ativação do modo ataque estava liberada a partir da segunda volta. Alexander Sims foi o primeiro piloto a abandonar a prova, ele provocou uma bandeira amarela localizada na curva 11, após ficar parado naquele ponto da pista. A remoção do carro da Mahindra ocorreu e o trecho foi liberado.
Wehrlein seguia na liderança durante a 4ª volta, mas ele não conseguia abrir tanta vantagem para Mortara. Lotterer acionou o modo ataque tentando manter a disputa com Mortara ativa, o piloto foi orientado a ativar a potência extra no início da corrida. Mortara respondeu a estratégia da Porsche, portanto ativou o modo ataque no 5º giro.
Neste começo da corrida não aconteceram muitas disputas, mesmo com alguns pilotos andando bem próximos. No sétimo giro, pouco depois de Wehrlein ativar o modo ataque, Mortara aproveitou a potência extra para fazer a ultrapassagem no piloto da Porsche, Lotterer que também estava próximo da disputa, quase se ganhou a posição do companheiro de equipe. Mortara mostrou que tinha um carro superior, depois de assumir a liderança da prova, abriu mais de um segundo de vantagem para o Wehrlein.
OUT OF NOWHERE @edomortara takes the lead of the Mexico City E-Prix! Full send activated ⚡️
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Pouco depois, no momento em que Da Costa tinha acionado o modo ataque, Frijns acompanhou o piloto português, mas deixou a linha em sequência, tentando fazer uma ultrapassagem no adversário.
Di Grassi passou a ser investigado por uma colisão com Günther na curva 11. Os dois pilotos estavam com o modo ataque ativo e o brasileiro assumiu o décimo lugar.
Durante a 11ª primeira volta, estávamos vendo uma batalha interna entre Vergne e Da Costa. A Porsche começou a perder muita performance durante a corrida, não sustentando as posições adquiridas na classificação. Lotterer foi ultrapassado por Vergne e Da Costa, pouco depois Vergne chegou em Wehrlein e assumiu a segunda posição.
A Porsche tentava se defender usando o modo ataque, fazendo Wehrlein e Lotterer ativarem ele na mesma volta. Da Costa foi tocado por Wehrlein e com a lateral da carenagem esquerda danificada, caiu para o sexto lugar, perdendo a posição para Lotterer e Frijns.
Damage for @afelixdacosta 💥
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Com quinze voltas, os dez primeiros eram: Mortara, Vergne, Wehrlein, Lotterer, Frijns, Da Costa, Cassidy, Vandoorne, De Vries e Di Grassi. Sette Câmara tinha superado o companheiro de equipe e assumiu o 19º lugar, entretanto, a disputa da Dragon era realmente com os pilotos da NIO 333.
A Porsche conseguiu recuperar o seu desempenho, conservando o 3º e o 4º lugar. Vergne tentou atacar Mortara, se aproximando, mas o piloto da Venturi aproveitou por um pouco mais de tempo a potência extra.
A votação do fanboost foi anunciada: Giovinazzi, Da Costa, Vandoorne, De Vries e Di Grassi foram contemplados com a potência extra pelos fãs. Da Costa fez logo o acionamento desse botão, tentando se defender de Frijns, mas o piloto da Envision estava bem agressivo em pista e conseguiu ganhar a posição do português, assumindo o 5º lugar.
Vandoorne, Di Grassi, De Vries e Cassidy brigavam pelo 7º lugar, com a aproximação os pilotos ficavam lado a lado na pista. Cassify conservou o seu modo ataque para o final da corrida e como estava no 11º lugar, tinha duas ativações de oito minutos para usar em cerca de dezoito minutos de prova; como fez o acionamento em uma estratégia diferente da dos rivais, poderia ganhar posições nesta fase final da prova.
Restando cerca de quinze minutos para o final, os dez primeiros eram: Mortara, Wehrlein, Lotterer, Vergne, Frijns, Da Costa, Vandoorne, De Vries, Di Grassi e Evans. Neste momento vimos Vergne perdendo posições, desta forma os pilotos da Porsche recuperaram o 2º e o 3º lugar, enquanto Frijns também se aproveitou da queda de desempenho do rival para assumir o 4º lugar.
Foi na volta 26, que a Porsche mostrou que por ter conservado um pouco mais de bateria no início da corrida, podia brigar nesse final de prova. Wehrlein e Lotterer ultrapassaram Mortara, desta forma a Porsche reassumia a liderança da prova.
A tática de usar o modo ataque no final, fez com que Cassidy ocupasse a 7ª posição durante a volta 30, Vandoorne, De Vries e Di Grassi foram superados pelo piloto da Envision. Giovinazzi abandonou a corrida, seguindo para os boxes com problemas.
A disputa foi se intensificando, Frijns também ganhou a posição de Mortara, empurrando o piloto da Venturi para o 4º lugar. A corrida estava se aproximando do final e com cinco minutos restantes, a dupla da Porsche havia se isolado na liderança.
Di Grassi apresentava queda de desempenho e mesmo com a volta mais rápida no giro 33, o brasileiro despencou para o 13º lugar.
Mortara travava a roda traseira, e Vergne estava atento ao erro do piloto da Venturi. E realmente no final da corrida, Mortara foi superado pela dupla da DS Techeetah. A disputa do final foi intensa, a bateria estava no final, mas alguns pilotos não se importavam e ainda tentavam ganhar algumas posições. Frijns também ultrapassado pelos pilotos da DS Techeetah, caindo para o 6º lugar, atrás até mesmo de Mortara.
Wehrlein e Lotterer cruzaram a linha de chegada quando ainda restavam dois segundos para o encerramento da prova, desta forma a corrida teria mais dois giros. Muitos pilotos estavam com 3% ou 2% de bateria.
Vandoorne despencou para a 16ª posição. Como tinham pilotos com um pouco mais de bateria, se aproveitaram deste final emocionante. Di Grassi se recuperou, obtendo o 8º lugar. Wehrlein viu a bandeira quadriculada primeiro, o alemão conseguiu obter sua primeira vitória na Fórmula E, além disso, a Porsche conquistou a sua primeira vitória na categoria com uma dobradinha.