ColunistasDestaquesIndyPost

Scott Dixon vence corrida caótica em Laguna Seca

A última corrida da temporada de 2023 da Fórmula Indy foi bastante acidentada, com o neozelandês sendo mais uma vez o melhor nas estratégias

O encerramento da temporada de 2023 da Fórmula Indy, realizada no circuito de Laguna Seca, transcorreu do jeito mais caótico possível, com os pilotos arriscando tudo na última corrida do campeonato e causando vários acidentes. Nem mesmo Scott Dixon ficou imune a esta situação e chegou a ser punido no começo da corrida, mas o neozelandês não se abateu e conseguiu a vitória com a melhor estratégia de paradas nos boxes.

A corrida começou complicada desde a largada. Christian Lundgaard forçou demais na segunda curva e se enroscou com Scott McLaughlin e Josef Newgarden. Mais atrás, uma séries de toques afetou pelo menos mais seis pilotos, eliminando da prova os carros de Graham Rahal e Juri Vips. Mais à frente, Scott Dixon fechou o carro em cima de Rinus Veekay, que rodou. Lundgaard e Dixon foram punidos com um drive-through quando a corrida recomeçou.

Quem se deu bem na confusão inicial foi o campeão da temporada, Alex Palou,que saltou de sexto para segundo. Na relargada o espanhol esperou a oportunidade para superar o pole Félix Rosenqvist e tomou a ponta numa manobra dura na última curva do circuito.

Logo na sequência, a bandeira amarela foi acionada após um acidente de Newgarden, ainda com o carro bastante desalinhado após a confusão da largada. O piloto da Penske, que sonhou com o título, mas terminou o ano de forma melancólica, após a consagração pela vitória nas 500 Milhas de Indianápolis.

A corrida recomeçou e Palou abriu vantagem do restante do pelotão, demonstrando ter o ritmo mais competitivo. A corrida até teve alguma estabilidade, a não ser pela saída de pista de Hélio Castroneves, pouco antes do início do ciclo de paradas nos boxes dos líderes.

Mas a bagunça começou durante o ciclo, quando um enrosco entre pilotos suecos chamou mais uma bandeira amarela. Marcus Ericsson, despedindo-se da Ganassi, tocou em Rosenqvist, que rodou. O escandinavo, em sua última prova pela McLaren, tentou voltar, mas rodou novamente com um pneu furado.

Outra bandeira amarela veio a seguir com um furdunço no pelotão já relargada, com mais carros se enroscando. A corrida recomeçou e teve outro ciclo razoavelmente tranquilo, mas no início do próximo ciclo de parada de boxes, a confusão se acentuou novamente.

Primeiro, foi um enrosco entre Santino Ferrucci e David Malukas, com o piloto da Dale Coyne levando a pior. Com a bandeira amarela, Palou não conseguiu parar nos boxes no momento exato e viu as coisas se complicarem.

Na relargada, mais uma confusão no bloco, com toques entre vários pilotos. A quantidade de voltas em bandeiras amarelas era tanta que o próprio carro de segurança precisou de reabastecimento e foi substituído por outro veículo (!)

A corrida recomeçou, mas um festival de toques ao longo do pelotão se acentuou, especialmente entre os companheiros de Juncos, Callum Ilott e Agustin Canapino, com o argentino levando a pior, com o dano no bico.

Ainda houve tempo para mais uma bandeira amarela, após Hélio Castroneves perder o controle e atingir Colton Herta. O brasileiro foi punido com um drive-through, mas ainda conseguiu salvar a 13ª posição, encerrando uma temporada complicada para ele e a Meyer Shank. Hélio encerrou seu ciclo como piloto regular da categoria, mas ainda participará de edições futuras da Indy 500, além de assumir a função de sócio da própria escuderia.

Em meio ao cenário caótico, a liderança que era de Palou e passou por Pato O’Ward e Romain Grosjean, caiu nas mãos de Scott Dixon, que aderiu a uma estratégia diferente e, com as bandeiras amarelas, conseguiu gerenciar o uso dos pneus e combustível de forma ideal e garantiu a liderança na reta final.

Enquanto isso, mais disputas ocorriam pelo pelotão, com ultrapassagens e toques. O maior drama estava com Canapino, que seguiu na corrida com o bico avariado, e precisava de uma posição boa o suficiente para garantir que seu carro estivesse classificado entre os 22 melhores da temporada, o que renderia um subsídio da IndyCar de US$ 1 milhão. Com a 14ª colocação e os problemas mecânicos de Devlin Defrancesco, o argentino atingiu o objetivo.

A corrida terminou com a terceira vitória de Dixon na temporada, sendo a primeira do neozelandês na pista de Laguna Seca. Seu compatriota, Scott McLaughlin foi o segundo, com o piloto da Penske garantindo o terceiro lugar na temporada 2023. Palou encerrou seu campeonato vitorioso com mais um pódio em uma temporada dominante. Pato O’Ward terminou em nono e foi classificado na quarta posição do campeonato, terminando à frente de Newgarden.

A temporada 2024 da Fórmula Indy deve começar no mês de março com a etapa de St. Petesburg. Embora ainda não haja divulgação do calendário da categoria, espera-se um calendário de 17 etapas novamente. O campeonato do ano que vem terá como novidade a introdução de motores híbridos, com motores elétricos em conjunto com os de combustão.

Classificação do GP de Laguna Seca:

Classificação final da temporada 2023:

1 – Alex Palou (ESP) – Chip Ganassi/Honda – 656
2 – Scott Dixon (NZL) – Chip Ganassi/Honda – 578
3 – Scott McLaughlin (NZL) – Penske/Chevrolet – 488
4 – Pato O’Ward (MEX) – McLaren/Chevrolet – 484
5 – Josef Newgarden (EUA) – Penske/Chevrolet – 479
6 – Marcus Ericsson (SUE) – Chip Ganassi/Honda – 438
7 – Will Power (AUS) – Penske/Chevrolet – 425
8 – Christian Lundgaard (DIN) – RLL/Honda – 390
9 – Alexander Rossi (EUA) – McLaren/Chevrolet – 375
10 – Colton Herta (EUA) – Andretti/Honda – 356

18 – Hélio Castroneves (BRA) – Meyer Shank/Honda – 217

Mostrar mais

Deixe uma resposta

Botão Voltar ao topo